sábado, 12 de dezembro de 2009

Contra as previsões, os suíços aprovaram a proibição de construir mais minaretes nas mesquitas


Minaretes


De todos os lados - mundo islâmico, ONU, União Europeia, Governo helvético, líderes das comunidades religiosas: judeus, protestantes, católicos - choveram críticas, pois está em causa o direito fundamental à liberdade religiosa. O Vaticano, através do arcebispo Antonio Maria Sveglio, presidente do Conselho Pontifício para as Migrações, condenou: "Não vejo como se pode travar a liberdade religiosa de uma minoria ou impedir um grupo de pessoas de ter a sua igreja"; e, referindo-se indirectamente às perseguições e limitações da liberdade dos cristãos nalguns países islâmicos, acrescentou: "Há um sentimento de aversão e medo, mas um cristão deve saber ultrapassar isso, mesmo se não tem reciprocidade." O secretário da Conferência Episcopal Suíça declarou que o resultado é "um duro golpe contra a liberdade religiosa e a integração". Na mesma linha se pronunciou a Federação das Igrejas Protestantes da Suíça: trata-se de "um atentado às liberdades fundamentais", que só pode causar novas tensões sociais.

Para preparar o Natal



Em que se fala do Menino Jesus

Fiz a maldade e olhei Jesus.
Ele baixou os olhos e corou,
e toda a gente julgou
que quem fez a maldade foi Jesus.

E todos lhe perdoaram...

- Obrigado, Menino! Mas agora
tira os olhos do baile e vem brincar,
que eu prometo, pra não Te ver corar,
já não fazer das minhas.
Anda jogar, ao pé das flores, no chão,
comigo, às cinco pedrinhas...!
anda jogar, pra não esqueceres
o preço do meu perdão…

Sebastião da Gama



sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


Árvore ecológica

Movimentação pelo planeta


12 de Dezembro de 2009

A cimeira que está a realizar-se em Copenhague, na Dinamarca, pelo ambiente, mais do que começar a deitar cá para fora propostas de solução do problema, parece sim, apostada em gerar uma enorme polémica.
Os países mais desenvolvidos, logo, os mais responsáveis pela emissão dos CFCs, que estão a contribuir inequivocamente para o aquecimento global, não parecem querer assumir a responsabilidade pela diminuição desses gases poluentes.
A representação portuguesa reunir-se-á por estes dias em Bruxelas para ai tomar uma posição forte e determinada, em prol do planeta e de cada um de nós.
Sem dúvida que os nossos políticos têm uma enorme e nobre missão em suas mãos! Defender a habitabilidade do planeta em que vivemos, é um grande objectivo, mas as pequenas acções, que todas juntas irão promover a diferença, têm de partir do cidadão anónimo. As Escolas desdobram-se em campanhas pedagógicas, no sentido de sensibilizar os alunos e seus agregados familiares, para uma alteração de comportamentos. Ainda hoje, o grupo de Ciências Experimentais, promoveu a campanha das lâmpadas: dava 4 lâmpadas economizadoras em troca de uma lâmpada incandescente, virgem ou já usada. Noutros Departamentos, pratica-se há muito tempo já, a reutilização de materiais de desperdício, que muita gente deita fora, aumentando, em grande escala, as montureiras que por aí abundam, muitas vezes a céu aberto.
São afixados estudos e cálculos do consumo de água em actos banais do nosso quotidiano, levando os alunos a reflectir sobre a poupança que urge fazer, neste bem perecível que é a água.


Árvore de Natal

Prémio Pessoa 2009 para D. Manuel Clemente, Bispo do Porto



D. Manuel Clemente


"D. Manuel Clemente é uma referência para a sociedade portuguesa", salientou Balsemão


A caminho de casa, de uma viagem a Coimbra, ouvi pela rádio que o Prémio Pessoa 2009 foi atribuído a D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. Foi um prazer muito grande, o que eu senti ao ouvir esta boa nova, merecidíssima, mas inesperada para mim. Não que D. Manuel Clemente não merecesse tal galardão, atribuído pelo Expresso e pela Caixa Geral de Depósitos, no valor de 60 mil euros, mas tão-só por estar habituado a ver o prémio seguir para personalidades de outras culturas, não necessariamente de inspiração cristã. Um homem da Igreja como ele sempre foi, mas aberto ao mundo contemporâneo, com uma capacidade de diálogo fascinante e com uma cultura que nos inebria, fica bem com esta distinção.
Tive o privilégio de o ouvir diversas vezes, em encontros relacionados com a pastoral da cultura. O seu jeito de estar próximo de todos, as suas respostas oportunas e convincentes, a sua capacidade para ouvir e o seu sorriso permanente, de quem testemunha a vida alicerçada em Cristo, são um claro e iniludível exemplo de como deve ser um bispo para o nosso tempo.
Os meus parabéns, não apenas para D. Manuel Clemente, mas também para o júri que soube olhar e ver, num bispo da Igreja Católica, alguém que sabe viver na sociedade e para a sociedade, num contínuo diálogo entre fé e cultura, na certeza de que ambas as componentes se complementam, sem necessidade de guerras ridículas, entre crentes e não crentes.

Fernando Martins



quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Manoel de Oliveira: 101 anos de vida cheia



Exemplo de vida para toda a gente

O realizador de cinema Manoel de Oliveira completa hoje, 11 de Dezembro, a bonita idade de 101 anos. É, como todos os portugueses devem saber, o mais velho realizar em plena actividade, sendo para toda a gente um exemplo de amor ao trabalho e à vida.
Independentemente de se gostar ou não dos seus filmes, a verdade é que ficará na história da sétima arte, em Portugal e até no mundo, como modelo do amor à arte e à cultura, não dando tréguas nem cedendo à vontade de se manter na ribalta. Quando muitos buscam a reforma ou a aposentação para parar na vida, dedicando-se a nada fazer de útil para a sociedade, é bom que se recorde e se apresente este cidadão que se recusa a parar. Não é verdade que parar é morrer?

O Elogio da Loucura espelha os cenários de uma época controversa


O novo elogio da loucura?

1. Decorria o início do século XVI e a sociedade europeia vivia sobressaltos de nunca vista desumanidade. A exploração escrava de outros povos descobertos, o egoísmo da riqueza e as cruéis guerras religiosas no coração da Europa registaram nos anais da história das piores páginas de sempre. Neste duro ambiente, alguns grandes autores procuraram interpretar o seu tempo propondo caminhos a seguir de forma humana e digna. Algumas dessas grandes personalidades inscreveram-se no chamado pensamento da renascença, o qual proporcionou uma recriação actualizada das ideias e artes clássicas. Se o problema da sociedade da época era humano, estes autores apostaram na resolução da “questão antropológica” (ou seja, do repensar o agir humano).


Revista Visão: De profundis, de António Lobo Antunes



"O meu pai tinha quatro irmãs mais novas e um irmão que morreu pequenino, de meningite, por volta da idade em que tive essa doença. Parece que comecei com muita febre e horas depois estava em coma. Inexplicavelmente sobrevivi. Há de certeza pessoas que, pelo que vou dizer, me acharão tonto, mas ninguém me tira da cabeça que Santo António me salvou. E lá me levaram, aos sete anos, a Pádua, tocar no túmulo do Santo e fazer a primeira comunhão. A minha relação com Deus tem sido sempre tumultuosa, cheia de desacordos e discussões: longos períodos em que me afasto, alturas em que me aproximo, amuos, quase insultos, discussões. Creio firmemente que, nos livros que escrevo, é Ele que guia a minha mão e não passo de um instrumento da Sua vontade. Quantas vezes me vem à cabeça aquele pequenino poema de Sebastião da Gama: a corda tensa que eu sou o Senhor Deus é quem a faz vibrar; ai linda longa melodia imensa: por mim os dedos passa Deus e então já sou apenas som e ninguém se lembra mais da corda tensa. É que não escrevo assim tão bem, trabalho sem plano e quase me limito a assistir ao que vai ficando no papel. O meu único mérito é fuçar o dia todo, até ser apenas som. Componho-os numa espécie de febre, no fundo de um abismo em que me perco, cego e surdo, não resultam nunca de uma deliberação mental, um propósito, um plano definido. Não concordo com Jean Daniel, quando afirma que a única desculpa de Deus é não existir: há alturas em que o sinto tão fortemente em mim, alturas em que o sei tão longe.

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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