sexta-feira, 26 de junho de 2009

Férias em tempo de crise

Sem de algum modo querer aceitar a crise como coisa boa, não posso deixar de admitir que, com ela ou sem ela, até podemos aproveitar uma situação destas, como a que estamos a viver, para passar umas férias com sentido muito positivo. Sem dinheiro para extravagâncias ou para grandes despesas, podemos muito bem usar o tempo livre para visitar alguns familiares e amigos um tanto ou quanto esquecidos, por força da vida agitada que levamos. Alguns, já de idade avançada ou doentes, talvez se regozijem com a nossa visita, provavelmente há muito esperada. Umas tardes dedicadas a esta meritória forma de preencher os dias de férias serão, por certo, enriquecidas pelo prazer de recordar tempos idos em família ou em encontros de amigos, com episódios e situações que, revividos, nos hão-de dar algumas alegrias do dever cumprido. Depois, poderá surgir a descoberta de que afinal ainda podemos ser úteis a muita gente, desenvolvendo em nós o espírito de solidariedade, tão necessário nos dias que correm. Fazendo isto em época de férias, em momentos de crise, afinal saberemos contribuir um pouco para tornar mais felizes os que são menos felizes do que nós.
FM

Bloqueio ético na Internet!

1. Ninguém duvida de que a auto-estrada da informação traz novas possibilidades que transportam as correspondentes responsabilidades. O recente bloqueio da China durante duas horas ao Google (uma das fontes de informação planetária mais usadas onde em cada momento pode ser encontrado de tudo), sugere uma ampla reflexão. As agências noticiosas chinesas criticaram fortemente em termos de regime educativo o livre acesso do Google à pronografia, o que foi a fundamentação estatal para o bloqueio. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian o fundador do site China Digital Times, Xiao Oiang, sublinha que «é claramente um aviso ao Google bem como a outras companhias estrangeiras», ainda que tal facto represente que o governo quer manter o controlo sobre a Internet.
2. Nesta decorrência, uma medida já está decidida: a partir de 1 de Julho todos os milhões de computadores na China deverão ser vendidos tendo incorporado o chamado Green Dam (barragem verde), um filtro que impede o acesso a determinados conteúdos. Claro que em termos comerciais e no que se refere à óptica da liberdade americana, os Estados Unidos criticaram fortemente a aplicação que «viola as regras comerciais, enfraquece a segurança dos computadores e levanta sérias questões quanto à censura na Internet», refere a BBC. Situação que abre novas dimensões delicadas como apeladoras às múltiplas responsabilidades e aos equilíbrios em jogo nestas estradas da comunicação virtual que cada vez mais têm impacto real.
3. Delicadíssimo este bloqueio no Google que vai dar que falar: reflecte o encontro desencontrado de duas liberdades – 1.ª dos estados (China) ao impedir a pessoa/cidadão de aceder livremente aos conteúdos; 2.ª das ferramentas e utilizadores, na formação de uma liberdade à qual não pertencerão conteúdos deseducativos. Pergunta ainda sem resposta: nesta expansão da consciência global que se efectua, conseguirá a liberdade ser ética, das pessoas aos estados?
Alexandre Cruz

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ruas da Gafanha da Nazaré: Alameda D. Manuel II


D. Manuel II foi o único rei português 
que passou pela Gafanha da Nazaré

Tanto quanto sabemos, D. Manuel II, o último rei de Portugal, foi, provavelmente, o único soberano português a passar pela Gafanha. Mereceria, por isso, ter uma rua com o seu nome. Porém, houve uma razão muito mais forte para que os nossos autarcas dele se lembrassem, já que foi D. Manuel II quem assinou o decreto da criação da freguesia da Gafanha da Nazaré, em 23 de Junho de 1910. Em 5 de Outubro, como é sabido, foi implantada a República, exilando-se o rei em Inglaterra, sem resistência, ao jeito de quem aceita as circunstâncias. 
Sua própria mãe, a rainha D. Amélia, tê-lo-á acusado de falta de empenho na luta pela causa monárquica. Mas a sua atitude também é vista como a de um homem que soube pôr os interesses da Pátria acima dos interesses pessoais. 
A Alameda D. Manuel II é fácil de localizar. Seguindo pela Rua João XXIII, a Alameda dá acesso ao novo mercado da Gafanha da Nazaré. E já agora, permitam-nos que lembremos aqui a pertinência de uma outra homenagem ao rei que, mesmo destituído do trono, nunca deixou de amar Portugal e os portugueses. Merecia ele, na nossa óptica, numa qualquer praça que venha a nascer na nossa terra, um simples busto, sublinhando-se que foi a sua assinatura que determinou a criação da freguesia. 
D. Manuel II visitou Aveiro em 27 de Novembro de 1908, já lá vai mais de um  século. Depois, deslocou-se à Barra de automóvel, “acompanhado pela sua comitiva e por muitas outras pessoas, que se deslocavam, quer em automóveis, quer em carruagens, indo «á frente do cortejo um verdadeiro exercito de cyclistas»”, como recorda Armando Tavares da Silva, no seu livro “D. Manuel II e Aveiro – Uma Visita Histórica (27 de Novembro de 1908)”. 
Esteve no Forte da Barra, onde embarcou num barco saleiro, que o transportou até Aveiro. E na sala das sessões da Câmara, “El-Rei poz ao peito do barqueiro Antonio Roque, da Gafanha, uma medalha de mérito, phylantropia e generosidade, abraçando-se ambos enternecidamente”, como recorda Armando Tavares da Silva, no seu livro já aqui citado. Esta referência a um gafanhão, que foi homenageado por D. Manuel II, merece que alguém tente descobrir quem era este nosso concidadão, provavelmente o único a ser distinguido por um rei português.

Fernando Martins

A ARTE E A ALEGRIA DE EDUCAR

A E.M.R.C. confere à oferta curricular
um contributo essencial de formação
no quadro da educação integral


1. O ano lectivo aproxima-se do termo. Anuncia-se já o desejado e merecido tempo de férias. Um ano lectivo significa e implica muito tempo de trabalho realizado, de preocupações sentidas, de horizontes sonhados, de alegrias vividas, de êxitos alcançados e de dificuldades ultrapassadas. A escola é tudo isto. Mas é sobretudo uma comunidade de pessoas que se sentem responsáveis e se sabem participantes num projecto educativo comum. A escola nasceu para abrir caminhos novos ao futuro e para ajudar a ver mais longe. Em cada escola brilha já o amanhecer do amanhã. O dia de cada escola é sempre um acto de fé num mundo melhor. Esta é, por isso, uma hora de gratidão por tanto trabalho aí realizado e por todo o bem que na escola nasce.

António Francisco,
Bispo de Aveiro
Ler toda a Nota Pastoral aqui

Dia da Igreja Diocesana: Domingo, 28 de Junho, no Santuário de Santa Maria de Vagos

Santuário de Santa Maria de Vagos
:
Todos os diocesanos estão convidados
O Dia da Igreja Diocesana celebra-se no Domingo, 28 de Junho, no Santuário de Santa Maria de Vagos. Este dia é sempre uma ocasião de convívio, oração e reflexão das paróquias, padres, leigos, grupos, movimentos e outras estruturas que compõem a Diocese. Todos os cristãos estão convidados para este dia, que conclui com a Eucaristia presidida por D. António Francisco, às 16 horas. No canal de TV Online da Diocese de Aveiro (http://www.diocese-aveiro.pt), será transmitida em directo, pelas 16 horas, a Eucaristia do Dia da Igreja Diocesana, presidida pelo Bispo de Aveiro.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Um Livro de Manuel da Cerveira Pinto: “BOASSAS – Uma aldeia com história”





“A neblina da manhã amaciava os longes. As quebradas dos montes vinham juntar-se em baixo, suavemente, segredando o caminho do rio. Os refegos, acastelados, ficavam no horizonte, como panejamentos de cores suaves, onde havia cinzentos fimbrados de moreno baço com laivos de neve, tão branco se tornara o nevoeiro com o contacto da luz do sol. Nos primeiros planos das dobras dos montes ainda de desenhavam copas de árvores em borrão; mas, lá adiante, só ficava o dentado dos cerros mais altos em caprichos de formas. E aldeias espalhadas. Porto Antigo e do outro lado do Avestança, Souto do Rio. Depois Buaças, lá longe, onde os homens trazem tatuado nos braços um sino-saimão.”

Alves Redol In Porto Manso
(Na introdução ao livro)


Para todos os que cuidam
da preservação da nossa identidade


Tenho andado a ler, há meses já, com o cuidado indispensável, que aumenta o prazer, uma monografia interessante, como quase todas as monografias o são. Trata-se do livro “BOASSAS – Uma aldeia com história”, com edição do jornal “Miradouro”, que assino, defensor dos interesses de Cinfães, Castelo de Paiva e Resende. 

O verdadeiro Paulo é um desafio para a Igreja

Sem São Paulo não estaríamos aqui a conversar. 
O Cristianismo seria uma seita, que talvez já tivesse morrido. 
Não teria universalidade.

São Paulo não teve medo. Movia-se bem nos ambientes gregos e romanos. Pensava converter o mundo inteiro em pouco tempo, diz o biblista Joaquim Carreira das Neves em entrevista ao Correio do Vouga, quando o Ano Paulino está a chegar ao fim. 
No dia 28 de Junho, Bento XVI preside na Basílica de São Paulo Extramuros (Roma) às Vésperas da solenidade litúrgica dos santos Pedro e Paulo, encerrando um ano que teve como finalidade principal realçar a importância do Apóstolo para o acesso do mundo a Cristo

Leia toda a Entrevista aqui

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O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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