
2. Nesta decorrência, uma medida já está decidida: a partir de 1 de Julho todos os milhões de computadores na China deverão ser vendidos tendo incorporado o chamado Green Dam (barragem verde), um filtro que impede o acesso a determinados conteúdos. Claro que em termos comerciais e no que se refere à óptica da liberdade americana, os Estados Unidos criticaram fortemente a aplicação que «viola as regras comerciais, enfraquece a segurança dos computadores e levanta sérias questões quanto à censura na Internet», refere a BBC. Situação que abre novas dimensões delicadas como apeladoras às múltiplas responsabilidades e aos equilíbrios em jogo nestas estradas da comunicação virtual que cada vez mais têm impacto real.
3. Delicadíssimo este bloqueio no Google que vai dar que falar: reflecte o encontro desencontrado de duas liberdades – 1.ª dos estados (China) ao impedir a pessoa/cidadão de aceder livremente aos conteúdos; 2.ª das ferramentas e utilizadores, na formação de uma liberdade à qual não pertencerão conteúdos deseducativos. Pergunta ainda sem resposta: nesta expansão da consciência global que se efectua, conseguirá a liberdade ser ética, das pessoas aos estados?
Alexandre Cruz