A alegria é o melhor lenitivo do coração humano: espelha a saúde orgânica, manifesta a qualidade dos afectos, dá nobreza aos sentimentos, revigora a generosidade da doação, alarga ao Infinito os horizontes das aspirações. O testemunho mais eloquente do que acaba de ser afirmado é dado por Jesus de Nazaré, testemunho recordado no evangelho: “Disse-vos estas coisas para a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa.”
1. E que coisas são essas? – pode perguntar-se.
A resposta é clara: o amor que se faz doação, a verdade que liberta, a sabedoria que atrai, a comunhão nas diferenças que enriquece, o serviço aos outros que humaniza.
Esta resposta tem rosto humano, sempre que cada pessoa assume atitudes e cultiva sentimentos como os de Jesus Cristo, sempre que os grupos sociais e as organizações políticas e culturais se regem pelos valores da solidariedade e pela ética da responsabilidade.
2. Há pessoas que, nestes dias, se destacam no anúncio das “coisas” que geram alegria, lançam sementes de paz e apontam caminhos concretos de humanização da sociedade e das relações entre os seus membros e as suas organizações.
Bento XVI abre a lista destas pessoas. Na Terra Santa, faz gestos e deixa mensagens cheias de realismo sadio e esperança confiante. O seu núcleo principal pode condensar-se no apelo ao “derrubar muros”, não apenas os materiais, mas os do coração que separam, segregam, discriminam, marginalizam. “É necessário abater os muros que construímos em redor dos nossos corações, as barreiras que levantamos contra o nosso próximo”.
Também o presidente da Caritas Internacional, Cardeal Maradiaga, mantém o tom do anúncio que interpela e abre horizontes de nova humanidade. Em Fátima, onde preside à peregrinação de 13 de Maio e em entrevistas aos meios de comunicação, não se cansa de afirmar: Estamos a tratar a crise de forma superficial, o dinheiro é preciso, mas o mundo perdeu o norte, está vazio e desorientado. “O homem precisa de um GPS (sistema de orientação por satélite) espiritual”, de “coisas” que dão consistência, alegria e saúde ao coração humano e à sua nova relação com os bens.
Georgino Rocha
sexta-feira, 15 de maio de 2009
ESTEJA EM VÓS A MINHA ALEGRIA
A alegria é o melhor lenitivo do coração humano: espelha a saúde orgânica, manifesta a qualidade dos afectos, dá nobreza aos sentimentos, revigora a generosidade da doação, alarga ao Infinito os horizontes das aspirações. O testemunho mais eloquente do que acaba de ser afirmado é dado por Jesus de Nazaré, testemunho recordado no evangelho: “Disse-vos estas coisas para a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja completa.”
1. E que coisas são essas? – pode perguntar-se.
A resposta é clara: o amor que se faz doação, a verdade que liberta, a sabedoria que atrai, a comunhão nas diferenças que enriquece, o serviço aos outros que humaniza.
Esta resposta tem rosto humano, sempre que cada pessoa assume atitudes e cultiva sentimentos como os de Jesus Cristo, sempre que os grupos sociais e as organizações políticas e culturais se regem pelos valores da solidariedade e pela ética da responsabilidade.
2. Há pessoas que, nestes dias, se destacam no anúncio das “coisas” que geram alegria, lançam sementes de paz e apontam caminhos concretos de humanização da sociedade e das relações entre os seus membros e as suas organizações.
Bento XVI abre a lista destas pessoas. Na Terra Santa, faz gestos e deixa mensagens cheias de realismo sadio e esperança confiante. O seu núcleo principal pode condensar-se no apelo ao “derrubar muros”, não apenas os materiais, mas os do coração que separam, segregam, discriminam, marginalizam. “É necessário abater os muros que construímos em redor dos nossos corações, as barreiras que levantamos contra o nosso próximo”.
Também o presidente da Caritas Internacional, Cardeal Maradiaga, mantém o tom do anúncio que interpela e abre horizontes de nova humanidade. Em Fátima, onde preside à peregrinação de 13 de Maio e em entrevistas aos meios de comunicação, não se cansa de afirmar: Estamos a tratar a crise de forma superficial, o dinheiro é preciso, mas o mundo perdeu o norte, está vazio e desorientado. “O homem precisa de um GPS (sistema de orientação por satélite) espiritual”, de “coisas” que dão consistência, alegria e saúde ao coração humano e à sua nova relação com os bens.
Georgino Rocha
quinta-feira, 14 de maio de 2009
BÊNÇÃO DE BENTO XVI À CIDADE E DIOCESE DE AVEIRO
Em carta dirigida ao Bispo de Aveiro, o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone, informa que Bento XVI concede Bênção Apostólica à Cidade e à Diocese no Dia de Santa Joana.
Excelentíssimo e Reverendíssimo D. ANTÓNIO FRANCISCO DOS SANTOS Bispo de Aveiro
sabendo que terá lugar, no próximo dia 12 de Maio (festa litúrgica da Beata Princesa Joana, celeste Padroeira dessa cidade e diocese), uma solene acção de graças pelos duzentos e cinquenta anos da elevação a cidade dessa Sede Episcopal, o Santo Padre associa-Se de bom grado a tal preito de gratidão pela benevolência divina manifestada a Aveiro na pessoa de quantos fielmente têm guiado e servido os seus destin os e cuja memória permanece viva nas suas obras e no coração sensível e justo dos que delas beneficiam. Queira Deus fortalecer cada vez mais a alma da cidade, ou seja, o amor recíproco entre os seus habitantes, para que cada família, cada rua, cada bairro se torne uma comunidade, onde ninguém se sinta sozinho, indesejado, rejeitado, desprezado ou odiado. A corroborar tal prece, Sua Santidade o Papa Bento XVI concede à cidade de Aveiro com todo o seu povo fiel a implorada bênção Apostólica.
Vaticano, 28 de Abril de 2009.
Card. Tarcísio Bertone
Secretário de Estado de Sua Santidade
CONFUSÕES GRAVES QUE PERSISTEM
A Igreja, o Papa e alguns bispos vêem-se, com crescente frequência, na praça pública, em virtude do que dizem e até do que não dizem. Tanto a palavra como o silêncio são ocasião de apreciação e de julgamento público, de acolhimento e de rejeição. Agora, foi-se mais longe. Na Bélgica e na Espanha, países de tradição cristã, mas de há muito sob a influência de um laicismo mortífero e arrasador, que não se priva de nada para destruir tudo e todos quantos, no mundo de hoje, falam de Deus ou apelam aos valores transcendentes da vida, foram os parlamentos, nacional e regional, que decidiram, por votação de maioria, fazer com que o Papa se retratasse e pedisse perdão ao mundo pelas intervenções dissonantes, de ordem ética e moral. Nada menos.
A opinião pública é progressivamente manipuladora. As pessoas ouvem e repetem sem refletir. Minimizam-se ou desconhecem-se as razões contrárias, mesmo se expressas por gente não afeta à Igreja, mas aberta ao bom senso e a exigências éticas normais. Neste contexto, a Igreja e os seus mais responsáveis são ditos a expressão pública do que é ser reacionário e o obstáculo maior a que o mundo vá para a frente…
Esta rejeição do cristianismo, e do que ele significa e ensina, não é novidade. Não acabará, e o clima social atual até a fará aumentar. Não se muda por via de decretos, cruzadas ou influências. Faz parte da mensagem cristã ser sinal de contradição, num mundo em que a verdade e os valores morais essenciais não favorecem os seus objetivos. Aumentam os intolerantes que exigem respeito, mas não sabem respeitar. A Igreja, servidores e comunidades, não pode alhear-se a esta realidade e terá de aprender a confrontar-se com as críticas e a saber discernir o seu significado e o apelo que comportam à sua purificação e ação, bem como à sua linguagem habitual. Para o crente não há muros a separar praticantes e não praticantes, amigos e inimigos.
Há gente que Deus ama e quer salvar, fazendo da sua Igreja, tal como ela se entende a si própria, mediadora deste projeto. Em tudo, por isso mesmo, ela deve acolher e discernir os “sinais dos tempos”, que são o novo modo de Deus se revelar. Deve acordar e advertir, no complexo mundo atual, onde é enviada em missão, que é este o seu mundo, e não aquele já passado, que parece ainda encher cabeças paradas e corações nostálgicos.
A história da Igreja, vivida, por séculos, em países e continentes, está repleta de ações permanentes e sérias, ao serviço das pessoas e da sociedade. Chamada a agir num mundo dominado por uma nova cultura, pelo diálogo necessário com uma sociedade marcada por vazio e ansiedades, a Igreja depara com sérias dificuldades, na sua comunicação e ação. Porém, não pode regredir em relação ao caminho traçado pelas suas raízes evangélicas, retomado, com nova sensibilidade e vigor, pelo Concílio Vaticano II. A exigência de caminhos novos num mundo plural, levam-na a assumir, sempre mais, a sua identidade de Povo de Deus, peregrino na sociedade e na história.
Um Povo humilde de servidores, com todos os seus membros a gozar da mesma dignidade e a realizar uma missão comum: Um Povo que tem de mostrar vontade e coragem para não se identificar, nem aparecer como uma sociedade à maneira humana, desligando-se, por isso, de atitudes e roupagens históricas, que nunca foram fundamentais à sua vida e ação, e que constituem, hoje, um peso que prejudica e dificulta a sua imagem e missão.
Caminho novo é desejar que o magistério do Papa, sem que perca a dimensão pessoal própria, se torne mais colegial; é contar, em questões importantes e decisivas para a missão, com os bispos, com o saber e experiência de quem conhece e sente os desafios que tocam a vida dos que lhes foram confiados; é dar mais valor às Conferências Episcopais de cada país, estruturas necessárias, mas pouco aproveitadas; é tentar que os seus servidores a tempo inteiro, clérigos e consagrados, se assumam como dom de Deus à Igreja e à sociedade, centrando a sua vida e ação no essencial, e investindo os seus talentos, pessoais e comunitários, na causa permanente da evangelização, e no que esta exige, em testemunho de vida, marcado pela unidade, comunhão e coerência; é dar aos leigos, que vivem a sua fé no meio das contradições e da dureza da vida, mais formação adequada, mais tempo para os escutar, mais respeito pelas suas opiniões, intervenções e autonomia no que lhes é próprio; é escutar os jovens, penetrar no seu coração, perscrutar-lhe os sonhos, adivinhar-lhes os seus desejos e projetos…
Então, o rosto e a linguagem da Igreja irá mudando e o mundo que é chamada a amar começará a entendê-la e apreciá-la. A renovação ou vem de dentro ou nunca se dará. É preciso que quem se sente Igreja o entenda e o assuma. Não há outro caminho.
António Marcelino
Um poema de Domingos Cardoso
Sorriso
Naquele fim de tarde tu não viste
Nascer a madrugada no meu peito
E, se o mundo era belo e tão perfeito,
Tive o sol na mão, quando me sorriste.
Foi sorriso tão doce que resiste
Ao vil correr do tempo e ao seu efeito
E então, de alma curvada eu rendo preito
Ao amor que, entre nós, ainda existe.
Mas Deus, que quer consigo quem Ele ama,
Levou-te do calor da nossa cama
Que, sem ti, ficou seca de alegrias.
Abriga-te num Céu sem dor ou penas
Mas, sofrendo e descrente, eu sei apenas
Que Jazemos os dois em campas frias.
Domingos Freire Cardoso
Papa convida a uma convivência pacífica na Terra Santa
Bento XVI dedica dia à cidade de Nazaré, centrado na comunidade cristã
Bento XVI visita esta Quinta-feira a cidade de Nazaré, na Galileia, que os Evangelhos identificam como a terra de Jesus. Neste lugar simbólico para a comunidade cristã, o Papa deixou apelos em favor de uma “convivência pacífica” entre os fiéis das várias religiões.
“Nazaré sentiu, em anos recentes, tensões que feriram as comunidades muçulmana e cristã. Insto as pessoas de boa vontade de ambas as comunidades a repararem o mal cometido e, fiéis à sua crença comum em Deus, Pai da família humana, actuarem para construir pontes e para encontrar caminhos de convivência pacífica”, disse na homilia da Missa celebrado no Monte do precipício.
“Que todos ponham de lado o poder destrutivo do ódio e dos preconceitos, que ainda antes de matar o corpo, mata a alma”, acrescentou, perante cerca de 40 mil fiéis.
Em Nazaré, o Papa terá esta tarde um encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, e visitará vários locais ligados à vida de Jesus.
Fonte: Ecclesia
Peregrinação
Nesta época do ano, Maio, mês dos lírios e das rosas e de tantas flores multicores, depara a nossa vista, para além da beleza que os jardins nos oferecem, com um outro espectáculo sazonal – ranchos de peregrinos que calcorreiam as nossas estradas, de mochila às costas e a alma cheia de devoção. São os peregrinos portugueses que se dirigem a Fátima para a 1ª grande peregrinação, do ano, a Nossa Senhora. Desde os princípios do século passado, que esta localidade, na serra de Aire, acolhe milhares de forasteiros, vindos dos mais recônditos lugares do país e estrangeiro.
Movidos todos pela fé que move montanhas, segundo a Bíblia, percorrem distâncias enormes, fazendo sacrifícios, às vezes sobre-humanos... em súplica ou gratidão à mãe de Jesus.
É, na verdade, comovente ver com que desprendimento, as pessoas abandonam temporariamente os seus afazeres para cumprir promessas ou simplesmente dar graças por algum benefício concedido.
Durante toda a minha vida, me debrucei sobre esta questão. Nunca tive a coragem de me pôr ao caminho e querer alcançar uma graça que muito desejasse... a Providência dá-nos aquilo de que precisamos para nos realizarmos e o que no fundo é o melhor para nós.
A única peregrinação que fiz foi ao local onde a Nª Sra deu à luz o seu filho e onde Este percorreu as estações duma jornada que viria a ser considerada santa – a via-sacra.
Aí, sim, experimentei o peso de uma cruz de madeira que os peregrinos carregaram, por uns instantes. Eram muitos e a cada um cabia só uma fracção de tempo, para que todos comungassem no espírito desta via-sacra dos tempos modernos e deste circuito turístico.
Imitando a cena bíblica em que Jesus foi ajudado pelo Cireneu, também, ali, na Palestina, eu “carreguei” o madeiro, com uma pessoa amiga... Ali, tive a ajuda de alguém, ao contrário do que muitas vezes acontece na nossa terra natal, em que nem sempre há uma alma caridosa que dê um jeitinho a aliviar o peso da nossa “cruz”.
No final dos escassos minutos em que a transportei, saiu-me espontaneamente esta constatação: Aqui, na Terra Santa, esta cruz é tão leve… parece uma peninha... Lá em Portugal... ui... aí é bem mais pesada!
Claro que naquele circuito, na Terra Santa, os agentes turísticos conservaram o simbolismo religioso nas cerimónias vivenciadas, mas encomendaram uma cruz de madeira, grande sim, com espectacularidade, mas simplesmente oca, cheia de ar... por dentro!
E... foi esta a única peregrinação em que participei com espírito devoto, de sã camaradagem e sobretudo pela alegria de poder vivenciar as agradáveis sensações de percorrer os locais onde o meu Modelo assinalou a sua passagem. E... para cumular de sentido esta minha viagem às origens, senti nascer-me uma alma nova, uma nova vida se iniciou ali! Fui “baptizada” no rio Jordão, tal como todos os outros companheiros de viagem, numa brincadeira simbólica, em que o padre alinhou; baixámos a cabeça, ajoelhámos nas águas correntes e mornas do rio Jordão e, num misto de religiosidade e desportivismo, o prelado aspergiu-nos com essa bendita água, quando por lá passávamos no nosso périplo por terras de Israel.
As temperaturas elevadíssimas que se faziam sentir depressa secaram as vestes encharcadas, daquele banho de águas santas! Ninguém se constipou! Graças a Deus!
Ainda hoje, recordo com alguma nostalgia os momentos agradáveis que passei numa terra conturbada, mas em que não senti o mínimo de hostilidade. Com alguma ousadia e muito atrevimento, inquiri a um Palestiniano, na zona oriental de Jerusalém, se eles se davam bem com os vizinhos Israelitas! Foi surpreendente a resposta! Eles dão-se muito bem... os responsáveis pelos conflitos armados... são os Chefes! Sentia-se ali, bem presente, o espírito pacífico, conciliador e humanista dum grande Homem, por quem tenho o maior respeito e veneração – Jesus – do qual herdei, generosamente, o nome!
M.ª Donzília Almeida
Alunos dão aulas de socorrismo na Secundária da Gafanha da Nazaré
Na Secundária da Gafanha da Nazaré segundo notícia lida no Diário de Aveiro, alunos elucidam colegas e funcionários sobre socorrismo. São eles Pedro Matos, Rafael Santos, João Monteiro e José Figueira, do 12.o ano da Secundária da Gafanha da Nazaré. O trabalho insere-se no âmbito da disciplina Área de Projecto.
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