terça-feira, 7 de abril de 2009

Fé e cultura: São Paulo poeta

São Paulo
1.Estamos na antigamente chamada «Semana da Paixão», agora a quinta da Quaresma, e parece-me oportuno chamar hoje a atenção para alguns textos de Paulo.Falar de Paulo como poeta parece mais um título provocador e, de facto, não está nos esquemas habituais dos teólogos e exegetas falar de Paulo como poeta, mas antes como um judeu convertido, um pregador itinerante de Jesus morto e ressuscitado, um catequista de adultos, um organizador de comunidades cristãs, um apologista da mensagem cristã, um pensador, um homem da reflexão a tender para o sisudo. É verdade, mas também é verdade que, nas suas catequeses escritas ou cartas pastorais, Paulo inclui alguns textos poéticos de fina sensibilidade que a Igreja utiliza na «Liturgia das Horas» com o nome de «hinos» ou «cânticos». Alguns exegetas discutem se eles serão todos da iniciativa de Paulo ou recolhidos nas assembleias cristãs. Seja como for, a sua inclusão nas cartas revela a sensibilidade de Paulo e a força evangelizadora desses textos. Ao falar de «hinos», não deve pensar-se em textos com rima. Essa nem é característica essencial da poesia. O texto poético traduz em poucas palavras, escolhidas e densas, o dinamismo interior de um acontecimento, de um gesto, de uma pessoa. Faz apelo ao rosto oculto das coisas e o texto releva o que está para além da sintaxe gramatical. A poesia ultrapassa a prisão da morfologia mas não a verdade das coisas e dos factos «Ser poeta é ser mais alto», «é ter sede de infinito e dar de beber». Aquilo que na poesia parece excessivo é, afinal, o espaço exigido pela abundância da Criação e dos gestos divinos. É esse mistério da abundância que Paulo exprime nesses textos, o «comprimento, largura, altura e profundidade» do amor de Cristo.
D. Joaquim Gonçalves
Bispo de Vila Real
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segunda-feira, 6 de abril de 2009

ARGUS "REGRESSA" A PORTUGAL



O Argus entrou na Barra de Aveiro. Mesmo longe, não fico indiferente à notícia do "regresso" do velho bacalhoeiro ao nosso País, onde, penso, foi feliz. Mas para conhecer a sua história, clique aqui. Outro futuro, espero que risonho, lhe auguro.

Renascença lança uma «campanha pela positiva» na imprensa

PELA POSITIVA
Congratulo-me com a "campanha pela positiva" encetada pela Rádio Renascença. Há anos que ando nela, no meu blogue, e não só, mas é óbvio que não chego tão longe e tão alto. Quem nos dera que outros alinhassem. O mundo seria bem diferente.

Dois prémios para João Alberto Roque


João Alberto Roque, 47 anos, professor de Biologia e Geologia na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, contista, inscreveu dois primeiros prémios no seu currículo literário. O primeiro alcançado no concurso Matilde Rosa Araújo, patrocinado pela Câmara Municipal da Trofa, em 2006, com o conto “Pirilampo e os deveres da escola”, e o segundo no concurso António Feliciano Rodrigues (Castilho), organizado pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Funchal, em 2008, com “O primeiro passo na Lua”. 
O “Pirilampo e os deveres da Escola” foi editado com ilustrações de Helena Zália e entrou já no Plano Nacional de Leitura (PNL). “O primeiro passo na Lua”, para além da edição por conta da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, tem já agendada publicação na Editora Nova Vega, esperando o autor que o seu conto veja a luz do dia a 20 de Julho de 2009, quando perfaz 40 anos sobre a chegada do homem ao satélite da Terra. 
João Roque sempre gostou de escrever, mas foi no Timoneiro, há anos, que descobriu a sua veia ficcional, quando alimentava, mensalmente, a rubrica “À volta de um provérbio”. Os anos foram passando, até que alguém colocou na escola onde lecciona um cartaz anunciando um concurso literário da Câmara da Trofa. “Aquilo desafiou-me; eu era capaz de escrever e de concorrer; em dois ou três dias tinha o conto escrito e quando o acabei gostei muito do que tinha escrito; pedi à colega Cláudia Ribau que o ilustrasse e enviei o trabalho; surpreendentemente, acabei por ganhar.”
Para o nosso entrevistado, os concursos têm de interessante a certeza de que o que escrevemos “vai ser lido por alguém; alguém que, em princípio, tem capacidade crítica; no concurso da Trofa, por exemplo, o júri era constituído por gente de pergaminhos: António Torrado, Viale Moutinho, Armandina Maia, António Pontes (vereador da autarquia) e, sobretudo, Matilde Rosa Araújo, que representou, para mim, uma satisfação muito grande”. 

A complexidade da Justiça

1. Se a complexidade apresenta-se como um eixo de interpretação de todo quanto se move, então o “simplificar” com eficácia para actuar em conformidade será o lema a seguir. Não custa a compreender que sistemas como o de justiça, num mundo global que pula e a avança a toda a pressa, são facilmente surpreendidos e fintados com todas as mil-e-uma tecnologias que hoje têm poderes de comunicação e agilidade muito acima das instituições dos estados. A desarticulação actual entre as justiças nacionais e as sociedades efectivamente (nos valores e nos defeitos) transnacionais, apesar de instâncias que vão procurando responder aos novos desafios, essa desarticulação será hoje uma das grandes batalhas sociais a vencer.

Um poema de Domingos Cardoso

Favor
Olhando-me ao espelho, devagar, Vejo as marcas que o tempo foi deixando Nas rugas que me cercam o olhar brando Lavado por um pranto por chorar.
Vejo-me de alma aberta, par em par, E ressaltam desse ar tão venerando, Alegrias compradas, contrabando, Quem, por feliz, se quer fazer passar.
Vida, que és repetido recomeço, Concede-me um favor que não mereço, E eu te entrego o meu ser hipotecado.
Tomando a esperança por esteio, Neste mudar de vida o mais que anseio É viver sem os erros do passado.
Domingos Cardoso

Um Alentejo mais verde

Ontem atravessei o Alentejo, região do nosso País tão expressiva. Dele se fala tanto com histórias que nos transportam a fantasias que não cansam. No horizonte, uma viagem até ao Reino dos Algarves, onde se acomoda mais o sol com uma temperatura amena. O Alentejo que ontem vi, por onde passei, deu-me a sensação de estar mais verde. Planície a perder de vista, como sempre, aqui e ali os meus olhos fixaram-se em oliveiras plantadas com planos previamente traçados, A simetria indiciava cuidados especiais. Grandes extensões de terra agricultada. Pastos verdejantes, com sistemas de rega operacionais. Gado que tosa a erva macia entre arvoredo ou no descampado. Montes abandonados também havia, mas a ideia com que fiquei garante-me que o Alentejo pode recuperar a vitalidade que já teve. Faço votos para que isso seja possível.
FM

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