quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Manoel de Oliveira: um século de vida, com o cinema por paixão

Quando estou a fazer um filme estou a descansar. Esta frase, dita por Manoel de Oliveira, traduz bem a paixão que Manoel de Oliveira nutre pela nobre arte, que é o cinema. Completa hoje um século de vida e quer passá-lo a trabalhar, fazendo aquilo de que gosta. Com paixão, qual cântico solene à vida! Sem queixumes nem renúncias. Com amor e entusiasmo por uma arte que viu nascer e que abraçou, desde a primeira hora, para nos ensinar a reflectir emoções, sentimentos, beleza, arte. Penso que já tudo foi dito sobre este HOMEM do cinema, que não se cansa de transportar para a tela uma visão original do mundo que o ocupa. Cinema de autor. Cinema com assinatura. Que nem todos os cinéfilos entendem, mas que o mundo gosta de ver. E distingue. FM

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Nascemos, nascemos, nascemos

Enganam-se os que pensam que só nascemos uma vez. Para quem quiser ver a vida está cheia de nascimentos. Nascemos muitas vezes ao longo da infância quando os olhos se abrem em espanto e alegria. Nascemos nas viagens sem mapa que a juventude arrisca. Nascemos na sementeira da vida adulta, entre invernos e primaveras maturando a misteriosa transformação que coloca na haste a flor e dentro da flor o perfume do fruto. Nascemos muitas vezes naquela idade onde os trabalhos não cessam, mas reconciliam-se com laços interiores e caminhos adiados. Enganam-se os que pensam que só nascemos uma vez. Nascemos quando nos descobrimos amados e capazes de amar. Nascemos no entusiasmo do riso e na noite de algumas lágrimas. Nascemos na prece e no dom. Nascemos no perdão e no confronto. Nascemos em silêncio ou iluminados por uma palavra. Nascemos na tarefa e na partilha. Nascemos nos gestos ou para lá dos gestos. Nascemos dentro de nós e no coração de Deus. O que Jesus nos diz é: "Também tu podes nascer", pois nós nascemos, nascemos, nascemos. José Tolentino Mendonça

Participar mais na vida comunitária

Nas comemorações da elevação da Gafanha da Encarnação a vila, foi lembrado, no encontro entre autarcas do concelho e da freguesia e forças vivas da terra, que seria importante criar mais acção no sentido de colocar os três mil habitantes a participar mais na vida comunitária. Tanto na Gafanha da Encarnação como nas demais freguesias, sente-se, de facto, um certo divórcio entre a população e a vida da comunidade. Até parece que, para o povo, a vida comunitária é monopólio de uns tantos iluminados, quando, na realidade, ela é das pessoas e para as pessoas. Penso que faltará, nesta área como em tudo, uma dinâmica de envolvimento de todos em tarefas comuns. Ninguém pode ser excluído nem excluir-se, ninguém pode nem deve ficar indiferente ao que à comunidade interessa, tanto no âmbito social e cultural, como desportivo, político e religiosos. E se é verdade que cabe a cada um assumir as suas responsabilidade na comunidade a que pertence, não deixa de ser importante começar a pensar-se, de forma programada e consistente, na melhor maneira de envolver toda a gente em acções que são de todos. Eu sei, por experiência própria, que por vezes se corre o risco de confiar demasiado nos líderes, que existem em toda a parte. Mas nem por isso podemos ficar à margem, alheando-nos dos projectos e iniciativas que dizem respeito a toda a gente. Fiquei, por isso, satisfeito por saber que na Gafanha da Encarnação se pensou seriamente nisto, no dia em que se celebrou a elevação a vila daquela freguesia vizinha. Fernando Martins

Questões da Educação

A Igreja portuguesa está “preocupada com as questões da educação e faz votos para que se encontre uma solução o mais rapidamente possível” – disse à Agência ECCLESIA D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), no encerramento do Conselho Permanente da CEP.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

NATAL - 2008

NATAL Natal. Nasceu Jesus. O boi e a ovelha deram-lhe o seu alento, o seu calor. De palha, o berço, mas também de Amor. Desce luz, desce paz de cada telha. Nem um carvão aceso nem centelha de lume vivo. A dor era só dor, até que a mão trigueira dum pastor floriu em pão, em leite, em mel de abelha. Natal. Nasceu Jesus. Dias de festa. Até o cardo é hoje rosa, giesta, até a cinza arde, como brasa. E nós? Que vamos nós dar a Jesus? Vamos erguer tão alto a sua Cruz que não lhe pese mais que flor ou asa.
Fernanda de Castro In “Natais… Natais” Antologia de Vasco Graça Moura
NOTA: Ilustração: Adoração do Menino Jesus à Beira-Mar, xilogravura de João Carlos Celestino Gomes (1899-1960)

Gafanha da Encarnação: Vila há quatro anos

A Câmara Municipal de Ílhavo em cooperação com a Junta de Freguesia da Gafanha da Encarnação realiza hoje uma acção comemorativa do 4º aniversário da elevação da Gafanha da Encarnação a Vila, que hoje se assinala. Pelas 13 horas, realiza-se um almoço de trabalho com representantes das forças vivas da Vila da Gafanha da Encarnação, no Restaurante da ANGE (Associação Náutica da Gafanha da Encarnação). Na agenda deste encontro evocativo, estão questões ligadas aos investimentos perspectivados pela Câmara Municipal de Ílhavo para o próximo futuro, assim como a dinamização social da Vila da Gafanha da Encarnação, rentabilizando o potencial de intervenção das suas Entidades e Associações.

Na Universidade de Aveiro: 60 anos - Direitos Humanos em Globalização?

Nos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Amanhã, 10 de Dezembro, 21 horas, Grande Auditório da Reitoria da UA
Abertura: Coral da Associação Amizade – Associação de Imigrantes dos Países de Leste (Porto) Lançamento: FÓRUM UNIVERSAL – 3 ANOS, 30 IDEIAS – DEBATE SOBRE A ACTUALIDADE Conferência: com Pedro Jordão, do Centro de Estudos Internacionais António Eloy, da Amnistia Internacional Portugal Adriano Moreira, da Academia das Ciências de Lisboa Moderação: Teresa Soares, da UA:UNESCO Encerramento: Danças Tradicionais de Leste
NOTA: Entrada livre