
terça-feira, 8 de abril de 2008
BENTO XVI: Três anos de pontificado

JOÃO PAULO II: NA MORTE UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA
O balanço possível do seu pontificado ainda está por fazer e só o tempo, com a sua sabedoria e paciência, se encarregará de dar respostas para as tantas perguntas que se fazem sobre esta figura ímpar da história da Igreja e do mundo.
Muita gente, ainda hoje, continua a interrogar-se sobre o que é que aquele homem tinha para ser admirado, respeitado e atentamente escutado por tantos milhões de pessoas, independentemente das suas religiões, das suas opções políticas, da cor da sua pele, de ser jovem ou idoso, rico ou pobre.
Nunca, como no seu funeral, tantos Chefes de Estado, de Governo, Reis, Príncipes e líderes Religiosos se juntaram, num mesmo lugar, para prestarem homenagem a uma só pessoa.
E que dizer do povo anónimo que, de todas as partes do mundo, literalmente, invadiu a cidade de Roma, como nunca ninguém tinha presenciado até aí?
Porquê tudo isto? Qual o sentido deste tipo de comportamentos? O é que é que eles podem acrescentar à vida futura do homem? Afinal, será que podemos aprender alguma coisa com o que foi a vida e a morte de João Paulo II?
O filósofo e historiador inglês Christopher Dawson (1889-1970) tem uma afirmação que diz: “Para mudar o mundo, ao cristão, basta sê-lo”, não me parecendo abusivo dizer que, por o ser, João Paulo II era um dos grandes protagonistas pelas transformações que se estavam a passar no mundo.
Ultraconservador para uns, sobretudo em questões de moral e costumes, ou demasiado progressista, para outros, pela maneira exagerada como incentivou o diálogo ecuménico ou o diálogo inter-religioso, João Paulo II não foi um homem que procurasse a falsa unanimidade, sempre estéril e perigosa. Procurava, isso sim, construir pontes e derrubar barreiras, para que, deste modo, os homens bons se aproximassem uns dos outros e, nas suas legítimas diferenças, pudessem encontrar aquilo que os unia, o amor, a paz e o bem de toda a Humanidade.
Entrou em sinagogas, vergou-se no Muro das Lamentações, rezou com budistas, muçulmanos, chefes índios e africanos, como se sentisse a obrigação de ser o primeiro a dar testemunho daquilo em que acreditava. Não excluía ninguém. Todos não eram demais!
Dalai Lama percebeu muito bem o que movia aquele Papa e disse que o louvava pela vontade de “ajudar a Humanidade através da espiritualidade.”
Nessa manhã, do dia 8 de Abril de 2005, naquela urna de cipreste, estava um homem que tinha feito do seu poder espiritual a sua grande força, a tal força que os chamados poderosos e líderes políticos mundiais não têm para oferecer.
Do dia 2 ao dia 8 de Abril de 2005, em Roma e por todo o mundo, os milhões e milhões de pessoas do povo anónimo, que sofre e é esmagado nos seus direitos fundamentais, estiveram, sempre, enviando mensagens claras aos chamados senhores do mundo e que eu me atreveria a interpretar assim: Aquilo que mais precisamos vocês não nos podem dar. Contudo, este homem devolveu-nos a esperança de que é possível reaver este valor essencial: o valor da dimensão espiritual do homem, através da qual se busca a verdade e a justiça para todos. Isto não se compra com o vosso dinheiro e poder e não se disfarça com o consumismo que teimam em oferecerem-nos.
Tal há três anos, esta mensagem de esperança tem que continuar a fazer-se ouvir no mundo, para que este nunca esqueça que existem homens bons – ontem, hoje e sempre!
segunda-feira, 7 de abril de 2008
ISCRA: Marketing para evangelizar melhor
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Na Linha Da Utopia

1. Não há redomas de vidro. O que somos no “sentir” revela-se na vida em sociedade. O que somos em casa acaba por se manifestar na estrada, nos jardins, na escola. Por vezes, nas alturas em que determinados “casos” saltam para a luz do dia, muitas reflexões centram-se mais na preocupação da atribuição de uma “culpa” para outrem do que da co-responsabilidade social de todos nos problemas comuns. Estabelecem-se, fragmentadamente, compartimentos estanques; dividem-se áreas até ao limite; tecnicizam-se as relações humanas (ou a sua desordenança violenta) no detectar das causas dos factos perturbadores. Nesse caminho de procura de respostas aos “porquês”, muitas vezes, não há tempo ou não se dá a justa importância ao essencial da “humanidade” das pessoas. Prefere-se a técnica. Mas sem o alicerce humano a construção vai-se “utilitarizando” na superfície...
2. O que de inquietante “perturba” (ou melhor interpela e desafia) a escola contemporânea brota da comunidade social. A escola, “simplesmente”, é tempo e lugar de lançar a semente, na expectativa de que o terreno queira dar frutos. A escola vive no “meio”, entre (pelo menos) dois meios: quer queira quer não, sente as complexidades do e no “meio” social em que está inserida, e, simultaneamente, está na fronteira de todas as expectativas (hoje maiores que nunca), vive no “meio” da (trans)formação das gerações... Quando alguém entra na escola, leve a sociedade em que vive, mas, com os conhecimentos adquiridos, recebe a nobre responsabilidade de aperfeiçoar a mesma comunidade social. Talvez este seja mais um esquema pré-formatado que a nova complexidade socioeducativa rapidamente desmonta e desinstala...
3. Há muito a aprender de tudo aquilo que na sociedade vai conseguindo motivar as mais novas gerações. É imperioso tirar partido do que pode estabelecer ponte comunicativa e viver esse caminho da aprendizagem permanente. Como fazê-lo? No tempo das mobilidades…cristalizar, parar, será “morrer”, desligar, desconectar. Fronteiras novas e sensíveis, que não podem perder o contacto do essencial, o humano de cada um de nós. Se uma transversalidade inédita de factores entram pela escola dentro surpreendendo-a (por vezes desordenadamente), o eixo de todas as (possíveis) soluções só lhe pode corresponder na expectativa de sua ordem reconfigurada. Não “incluir” será desligar a “ficha” que ofereceria as situadas novas possibilidades. É certo que este é já um caminho de longos séculos, mas que “em” globalização recebe desafios na sua directa proporcionalidade.
4. A escola parece não estar preparada para os “mundos e fundos” que se lhe pedem. Talvez seja reflexo d’“o que somos”. A escola, como a vida, merece que lhe seja dado mais “tempo humano”… formação, mas com sensibilidade. Que o diga António Damásio ao recolocar no “mapa” o “sentimento de si”, do que somos de mais profundo. É esse o “lugar” invisível e supra-técnico privilegiado a moldar pessoal e socialmente. Mas nunca tantos instrumentos existiram em “mãos educandas”. Pormenores decisivos…
Alexandre Cruz
BICENTENÁRIO DA ABERTURA DA BARRA DE AVEIRO - 6


“A Barra e os Portos da Ria de Aveiro 1808 – 1932,
no Arquivo Histórico da Administração do Porto de Aveiro”
Está patente ao público, na antiga capitania, em Aveiro, até 3 de Maio, uma exposição de cartografia, intitulada “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro 1808 – 1932, no Arquivo Histórico da Administração do Porto de Aveiro”.
A historiadora Inês Amorim é a comissária da exposição, a par com o Prof. Doutor João Garcia. Os dois especialistas foram os responsáveis científicos pela equipa que, durante mais de um ano, inventariou parte do espólio do arquivo do Porto de Aveiro, tratando-se a APA da única administração portuária a proceder a este tipo de trabalho.
A propósito desta exposição, o presidente do Conselho de Administração da APA, José Luís Cacho, lembra, no catálogo da exposição, que “O património histórico-documental do Porto de Aveiro deixa, a partir de agora, a clausura que o agrilhoava em inútil penumbra, fomentando-se o seu usufruto público”. E acrescenta que, em breve, “com a webização do nosso Arquivo Histórico-Documental (…), os residentes na sala-mundo poderão desfolhar catálogo com vários milhares de páginas”. Todos ficamos à espera.
FM
NOTA: Ilustrações do catálogo da exposição
Imagens da Costa Nova

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