sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

ARES DO INVERNO


A Natureza está, de facto, bem feita. Ou não fosse ela criada por Deus, como creio. Com o frio que o Inverno traz, as árvores refugiam-se num sono profundo de três meses. Descansam da labuta da Primavera e do Verão e olham para o Outono a ver o que isso lhes dá. Quando chegam à conclusão de que o frio, o vento e a chuva não perdoam, resolvem dormir por uns tempos. Quando vier uma temperatura mais amena, quando o vento e a chuva cessarem, então elas voltarão à vida com toda a pujança armazenada.

Política exclusivamente economicista?




Penso que ninguém porá em dúvida a conveniência de o Governo, qualquer que ele seja, procurar reformar o Estado. É sabido que a máquina estatal está sobrecarregada com despesas incomportáveis para o nosso frágil Orçamento do Estado, cujo equilíbrio tem sido difícil de conseguir. Excesso de funcionários, muitos deles já substituíveis pelas novas tecnologias, tornam difícil esse equilíbrio orçamental. Contudo, qualquer reforma tem sempre de ter em conta as pessoas, sob pena de se criarem novos problemas sociais, com reflexos negativos incontornáveis nas famílias. O que se tem feito, atirando funcionários para o desemprego ou para situações equiparadas, não está correcto, humana e socialmente falando. O Estado vive para as pessoas.
Com a pressa de se acabar com o défice orçamental, têm surgido outras decisões gravosas para o povo. Sobretudo para o povo que não nada em dinheiro. Fechar Centros ou Postos de Saúde, Urgências e Atendimentos nocturnos, obrigando os doentes a deslocarem mais de 100 quilómetros, à sua custa, não está certo. Ainda hoje de manhã, nos noticiários habituais, ouvi um comandante de uma Corporação de Bombeiros dizer que o transporte de um doente, distante do hospital cerca de 100 quilómetros, custará 40 euros. A ambulância deixará o doente para ser assistido e terá de regressar. O doente, se não ficar internado, terá de alugar um táxi ou requisitar outra ambulância. Conclusão: Uma ida a uma urgência poderá ficar por 80 euros. Se a pessoa for rica, não virá daí nenhum mal ao mundo. E se for pobre?
O que eu penso é que muitas vezes os estudos económicos e sociais são elaborados por comissões técnicas, que nem sempre conhecem suficientemente bem a realidade do país e dos portugueses que somos. Com uma visão economicista da vida, desprezam-se por vezes as situações concretas das pessoas. As suas dificuldades e os seus dramas serão, disso estou certo, profundamente afectados. Mas o Governo, em nome da urgência de reformar o Estado, realidade que não podemos ignorar, teima em fechar os olhos, caminhando soberana e ostensivamente, contra tudo e contra todos. Para que o défice seja anulado será mesmo necessário anular as pessoas?

Fernando Martins

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Menos fumo a partir de 1 de Janeiro



É já no primeiro dia do ano que o tabaco vai acabar nos edifícios públicos e nos restaurantes. Excepto nos que declaradamente optem por fumadores. Os não fumadores ficam a ganhar. Ainda há tempos aqui disse que tive de suportar, num conhecido restaurante da Bairrada, o fumo de um indivíduo, que, pelos vistos, não tem qualquer noção do respeito que deve aos outros. Como não fumador, concordo plenamente com a lei que vai entrar em vigor, mas não sou fundamentalista, ao ponto de pedir que se acabe com a comercialização do tabaco. Nada disso. Cada um que viva a sua liberdade, tendo sempre em consideração a liberdade dos outros.
Com esta nova lei, não faltam uns “filósofos” a atacar os direitos dos não fumadores. Que a sua liberdade, dizem eles, está a ser prejudicada. Que é um atentado fundamentalista a ao direito dos que gostam de fumar. Que o tabaco até é inspirador de artistas e de trabalhadores. Que o tabaco é companheiro em horas de angústias. Que o tabaco, afinal, não faz o mal que apregoam. Que tanto morrem de cancro os fumadores como os não fumadores. Que há outros produtos viciantes e maléficos, como o vinho, e que ninguém os proíbe. E por aí adiante…
Pode ser que seja como eles dizem. Mas então que fumem onde possam usufruir desses benefícios, sem conspurcarem o ar puro que outros desejam. Onde houver, por exemplo, restaurantes para eles, sirvam-se aí à vontade. Que eu prometo que só entrarei onde houver o dístico “Para não fumadores”. E que todos vivam felizes!

Fernando Martins

NB: Um dia destes hei-de contar uma história que vivi num hospital, a propósito do tabagismo.

O tempo da generosidade acabou?


Natal é dia de ser bom, assim diz o poeta. Como aconteceu Natal no dia 25, não faltará quem pense que já podemos olhar de soslaio para os feridos da vida que se cruzam connosco nas ruas dos nossos quotidianos. Não direi que agora já podemos ser maus, mas, infelizmente, penso que não seremos tão bons. Agora, há que trabalhar. O tempo da generosidade e das manifestações de solidariedade acabou. Vamos à vida, que se faz tarde.
Por estranho que pareça, é mesmo assim. As festas para os sem-abrigo, com televisões a filmar e rádios e demais comunicação social a noticiar, fecharam as portas até ao próximo Natal. As consciências já ficaram cheias do muito que cada um fez, do muito que se conseguiu para os mais pobres, do muito (ou pouco?) que se partilhou. E tão cheias ficaram, que até vão ficar tranquilas durante um ano. De qualquer modo, foi bom o que se fez. E é natural pensar que lá há-de vir o tempo em que a generosidade se tornará hábito de todos os dias, para todos, e não apenas para alguns. Que estes, felizmente, continuarão nos caminhos dos que andam perdidos na vida, sem pão e sem norte.
Durante Dezembro, aqui se falou do Natal. Apenas 25 temas. Mas prometo que, de forma directa ou indirecta, o Natal continuará por aqui. Com a ajuda, obviamente, dos meus leitores e amigos.

Fernando Martins

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

BISPO DE AVEIRO CELEBRA NATAL NA CADEIA




D. António Francisco irá presidir à Eucaristia na Cadeia de Aveiro, amanhã, dia 26, pela manhã, em celebração festiva de Natal, acompanhada por um Grupo de Jo-vens e pelos Visitadores Voluntários do Estabe-lecimento Prisional.
D. António Francisco já visitou a Cadeia, durante o seu primeiro ano de presença na Diocese e, agora, manifestou vontade de presidir à Missa de Natal, tal como fez, ao chegar à Diocese, celebrando no Hospital da Cidade.
Para o Padre João Gonçalves, da Diocese de Aveiro, que trabalha pastoralmente junto dos reclusos, este “é um gesto de dimensão profética, já que as Pessoas que sofrem merecem um carinho particular, por parte da Igreja, e isto tem também a ver com a dinâmica da Diocese, neste Ano Pastoral, voltada para a Pastoral Sociocaritativa”.
Foi nesse contexto que um Grupo de Jovens da Paróquia de Recardães, Águeda, promoveu um Encontro-Convívio na Cadeia de Aveiro.

Fonte: Ecclesia

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 56



FIGURAS DO MEU PRESÉPIO

Caríssima/o:


Novamente o armar do Presépio.
E, como vem sendo hábito, procuro novos figurantes para o embelezar. E a busca resultou:

1- O ti Sarabando foi uma figura mítica – ele que não só nos introduziu no mundo da Bíblia mas também nos sacudiu as asas da imaginação. A sua pessoa recorta-se como alguém lendário no decorrer da nossa juventude. Assim sendo, neste ano em que passei pelas lendas das nossas terras, ponho junto do quentinho da fogueira o ti Sarabando e a sua Joana.

2- Certamente que não nos negará a sua companhia o Padre Domingos.
Natural ali da Murtosa, passou uns bons anos morando na nossa Residência Paroquial – cuja garagem cedeu para as reuniões da Juventude.
Poderíamos recordá-lo a compor o telhado da nossa Igreja, que depois afincadamente restaurou; ou escutá-lo como pregador; ou lê-lo no Timoneiro; ou sei lá quantos “ou...” poderíamos acrescentar...Mas uma coisa é certa: é com a Juventude que vejo o Padre Domingos, promovendo e participando nas suas actividades e passeios. Se o S. Pedro puser o dedo no ar, vá lá, olhe para nós e veja os traços positivos que ele rabiscou nas nossas vidas...
E então como “castigo”, no nosso Presépio, não o porei dentro da Igreja, mas no meio da Juventude a cantar!

3- O barco moliceiro, que expressamente e com tanto carinho construiu para a nossa Família, está exposto bem no alto da Sala.
O cuidado que pôs na vela! A primeira não lhe encheu as medidas!
E a pintura dos painéis?! Foi de requinte!
Agora todas as vezes que olho para o moliceiro ali está o Amigo Manuel Soares Sardo e, a seu lado, retocando o painel da proa, o Emanuel, pintor! Como a cadeia dos Amigos é engenhosa!
Não mais esquecerei o seu entusiasmo contagiante na preparação e participação dos cortejos dos Reis e outros! Aquilo sim! Toda a sua pessoa espichava gotas de ser gafanhão!
Sem mais delongas, aconcheguemo-lo junto ao lago do Presépio, à revessa daquelas tramagueiras.

4- Por fim, amorosamente carrearei quatro cadeiras que colocarei no adro da Igreja.
A quem as destino? Quereis saber?
Andei em busca dos traços de meu Pai que fez, a 20 deste mês, cem anos, pois nasceu em 1907!
E o curioso é que descobri que os seus pais, José Facica e Maria Olívia, foram parceiros de Manuel Joaquim Tomás e de Rosalina, pais de Maria das Dores, minha Mãe.
Pela mão deles, meus Avós, vi melhor as minhas raízes - e procurei resguardá-las para as oferecer a meus netos.
Vou então sentá-los ali onde conversarão os quatro e, podemos imaginá-lo sem muito esforço, meia Gafanha irá reverentemente ajoelhar e abraçá-los com um “Bote-me a sua bênção, sôr Pai!”, “Bote-me a sua bênção, sôra Mãe!”, “Bote-me a sua bênção, Avô!”, “Bote-me a sua bênção, Avó!”.

Muitas outras ficaram à espera da sua vez... Se Deus quiser, continuaremos.
Por agora, um Santo Natal para todos.

Manuel

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Um livro de Amaro Neves




“O Natal em Aveiro e sua Região – Tradição e Arte”

Há livros que vêm na hora certa. “O Natal em Aveiro e sua Região – Tradição e Arte”, do historiador aveirense Amaro Neves, é um deles. Chegou-me às mãos há pouco, já dei uma espreitadela, já li umas páginas e vou ler o que falta, que é muito, por estes dias. Na quadra natalícia, como está bem de ver. Porque vale a pena, ou não fosse esta obra, como todas as de Amaro Neves, o fruto de um trabalho cuidado e de pesquisas constantes, ou não fosse o autor um historiador competente.
Com capa de Humberto Gaspar, as tradições e a arte desta região ficam agora à disposição de todos os amantes da cultura e das diversas expressões artísticas que enformam o perfil religioso e a sensibilidade das nossas gentes, graças não só ao texto, mas também às belas e sugestivas ilustrações.
Num texto introdutório, António Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro, realça que “Este livro informa, dá sentido às coisas, valoriza as artes, esclarece dúvidas, sublinha a importância de um acontecimento ímpar que, sendo do tempo, ultrapassa o tempo. Porque não se trata de um Natal qualquer, mas do Natal de Jesus Cristo, um ‘Homem para os outros’, ‘Deus connosco’, Alguém de quem sempre se dirá ‘Passou fazendo o bem’”.
Em Notas de Apresentação, o autor manifesta o desejo de que este seu livro possa “contribuir para que prevaleçam estes valores e princípios [doNatal] que, sendo bons, farão a nossa sociedade um pouco melhor, isto é, mais humana e rica de vida espiritual”.
Aqui fica, pois, como sugestão de leitura para este tempo de Natal, o livro “O Natal em Aveiro e sua Região – Tradição e Arte”.



Fernando Martins

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue