É URGENTE REPENSAR
A ECONOMIA
“É urgente repensar a economia”, defendeu ontem, no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), Francisco Sarsfield Cabral, conhecido jornalista e director de Informação da Rádio Renascença, em mais uma Conversa Aberta do Fórum::UniverSal. Debruçando-se sobre o tema, pertinente, “Globalização, Economia e Desenvolvimento Humano”, o convidado do CUFC abordou diversas questões complexas de forma simples, como é seu hábito, num tom intimista que convidava à reflexão, antes de se colocar à disposição de todos para responder às questões que não faltariam, como não faltaram.
Depois de recordar que os portugueses, com os Descobrimentos, foram um povo que assumiu, na prática, a globalização, frisou que esse conceito é hoje aceite por todo o mundo, como inevitável, embora careça de uma atenção muito especial por todos. "Graças à globalização, muito milhões de chineses escaparam à miséria extrema”, garantiu.
Defendeu que nem o comunismo nem o seu colapso trouxeram o paraíso ao mundo, nem o capitalismo o poderá dar. Só nos EUA, a pátria do capitalismo, há mais de 40 milhões de pessoas sem qualquer segurança social e sem seguros que lhes garantam apoios na doença e na velhice. No entanto, foi o capitalismo que levou a que grande parte dos proletários passasse para a classe média, frisou Sarsfield Cabral.
O director de Informação da RR falou da importância das novas tecnologias e dos benefícios que delas poderemos usufruir; da mediatização da vida, sendo certo que há uma grande diferença entre o que ganham os melhores (os que aparecem na televisão) e os outros; e dos condomínios fechados e dos que ali vivem bem, que não vêem a pobreza que os cerca.
Referiu que a globalização dá, realmente, muitas oportunidades a imensa gente, mas desfavorece o trabalhador em detrimento do capital. E sobre isto, disse que o Evangelho não dá receitas políticas, sociais e económicas, mas impõe uma atitude de respostas, concretas, aos que mais precisam. A este propósito, recordou o microcrédito que já está implantado em dezenas de países, com apoios efectivos a grande número de famílias.
Nessa linha, defendeu uma globalização diferente, que respeite os direitos humanos e que proponha a solidariedade, estimulando a justiça social. Considera inadiável que, no seguimento da Doutrina Social da Igreja, “os cultores da ciência económica, os operadores do sector e os responsáveis políticos devem advertir para a urgência de se repensar a economia”.
Afirmou que nesta aldeia grande em que vivemos “os pobres pobres estão marginalizados e sem capacidade de autodefesa”, sendo premente o envolvimento das pessoas na luta contra a resignação e contra a indiferença, perante o sofrimento dos outros.
“É urgente repensar a economia”, defendeu ontem, no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), Francisco Sarsfield Cabral, conhecido jornalista e director de Informação da Rádio Renascença, em mais uma Conversa Aberta do Fórum::UniverSal. Debruçando-se sobre o tema, pertinente, “Globalização, Economia e Desenvolvimento Humano”, o convidado do CUFC abordou diversas questões complexas de forma simples, como é seu hábito, num tom intimista que convidava à reflexão, antes de se colocar à disposição de todos para responder às questões que não faltariam, como não faltaram.
Depois de recordar que os portugueses, com os Descobrimentos, foram um povo que assumiu, na prática, a globalização, frisou que esse conceito é hoje aceite por todo o mundo, como inevitável, embora careça de uma atenção muito especial por todos. "Graças à globalização, muito milhões de chineses escaparam à miséria extrema”, garantiu.
Defendeu que nem o comunismo nem o seu colapso trouxeram o paraíso ao mundo, nem o capitalismo o poderá dar. Só nos EUA, a pátria do capitalismo, há mais de 40 milhões de pessoas sem qualquer segurança social e sem seguros que lhes garantam apoios na doença e na velhice. No entanto, foi o capitalismo que levou a que grande parte dos proletários passasse para a classe média, frisou Sarsfield Cabral.
O director de Informação da RR falou da importância das novas tecnologias e dos benefícios que delas poderemos usufruir; da mediatização da vida, sendo certo que há uma grande diferença entre o que ganham os melhores (os que aparecem na televisão) e os outros; e dos condomínios fechados e dos que ali vivem bem, que não vêem a pobreza que os cerca.
Referiu que a globalização dá, realmente, muitas oportunidades a imensa gente, mas desfavorece o trabalhador em detrimento do capital. E sobre isto, disse que o Evangelho não dá receitas políticas, sociais e económicas, mas impõe uma atitude de respostas, concretas, aos que mais precisam. A este propósito, recordou o microcrédito que já está implantado em dezenas de países, com apoios efectivos a grande número de famílias.
Nessa linha, defendeu uma globalização diferente, que respeite os direitos humanos e que proponha a solidariedade, estimulando a justiça social. Considera inadiável que, no seguimento da Doutrina Social da Igreja, “os cultores da ciência económica, os operadores do sector e os responsáveis políticos devem advertir para a urgência de se repensar a economia”.
Afirmou que nesta aldeia grande em que vivemos “os pobres pobres estão marginalizados e sem capacidade de autodefesa”, sendo premente o envolvimento das pessoas na luta contra a resignação e contra a indiferença, perante o sofrimento dos outros.
Fernando Martins