Como gafanhão que me prezo de ser, ontem fui à Mata da Gafanha, para respirar o ar puro que os pinheiros e alguns arbustos nos oferecem, neste Outono. O Outono não é só folhas castanhas de várias tonalidades. O verde persiste para nos purificar o ar de que precisamos. E a Mata, extensa, não tem apenas pinheiros, mas também por lá há instituições que nos podem ajudar na recuperação das nossas vitalidades emocionais ou outras. Por isso, aqui fica esta sugestão, em dia que vai ser quente, como rezam as previsões meteorológicas.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
MISSÃO GLOBAL
Bem sabemos que muitas considerações se têm levantado em tor-no da palavra missão. Tem origem no “envio” e durante muito tempo foi tomada como dirigida a um grupo de chamados com excepcionais carismas de entrega, generosidade e aventura e fé. Fossem surdos esses convocados e ainda hoje povos inteiros desconheceriam não apenas o nome de Jesus, mas também toda a profusão de sinais no campo da cultura, do desenvolvimento e do sentido libertador da salvação. O cristianismo mudou a história do mundo e deu um rumo novo a povos inteiros de toda a terra. Sempre à mistura com as imperfeições dos portadores da Boa Nova.Os tempos mudaram. E mesmo com a necessidade de prosseguir o anúncio por mensageiros firmes e corajosos, portadores do archote da esperança e da libertação, uma exigência mais aberta e comprometida se desenha para a comunidade evangelizada: ser comunidade evangelizadora. Isso supõe a ultrapassagem da visão tímida de esconder o talento recebido para ser fruído num qualquer fragmento de eternidade.
O apelo de hoje, na proposta de Bento XVI, é responsabilizar a Igreja, todas as Igrejas por todo o mundo. O que abre uma perspectiva de missão global. Não sendo nova, expressa a urgência que não deixa ninguém quieto, nem excluído, nem dispensado da missão. Rompe as portas estreitas do apostolado circular, ou que se limita a franjas próximas na prática religiosa, na cultura comum, ou na área onde possam chegar restos de onda por inércia.
“Toda a Igreja para todas as Igrejas e para todo o mundo” implica uma mobilização corajosa e eficaz de atravessar mares, visitar culturas, conhecer religiões, oferecer o Evangelho como Boa Nova. De forma viva, testemunhal, pacífica, dialo-gante e apaixonada. Implica uma partilha real de bens, meios, pessoas, na solidariedade sublime da fé. A 150 anos da partida dum grupo de missionários para a África – incluindo Comboni, como lembra o Papa - a Igreja pode reacender a aventura da missão, mais purificada pelos novos dados de diálogo cultural que o nosso tempo oferece. O tempo é de partir com o coração mais forte, a fé mais viva e as mãos mais puras. Ainda que o lugar de missão seja o outro lado da rua.
António Rego
PORTO DE AVEIRO ATRAI VISITANTES
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Na Linha Da Utopia
“Pena da Vida”
1. É uma virtude apreciar a vida! Não só quando ela escapa ou quando é colocada em perigo por visões que a desprestigiam, mas todos os dias o apreciar a vida como um “dom”, superior à nossa própria ordem da racionalidade, ao nosso “querer”, é sinal de autêntica profundidade de uma existência pessoal que abre “portas” a um autêntico sentido de vida. Como em tudo, só quando se reflecte e aprecia se pode proteger!...
2. Na pressa agitada e “stessada” dos tempos que correm cada vez tornar-se-á mais difícil esse apreço pelo mistério do “Ser pessoal” que nos envolve tudo o que somos; os tempos são mais de quantidade que de qualidade. Talvez o altíssimo conhecimento científico do nos viesse garantir (quase como obrigação ética) esse nova sensibilidade no apreciar da vida; mas nem por isso, com pena, mais conhecimento tantas vezes não é sinónimo de maior zelo cuidadoso…
3. Dia 10 de Outubro, Dia Mundial da Saúde Mental e Dia Mundial Contra a Pena de Morte, o Conselho da Europa decidiu proclamar este dia como “Jornada Europeia Contra a Pena de Morte”, decisão esta que havia sido bloqueada ao nível da União Europeia pelo veto de Varsóvia, Polónia. A irreverente razão polaca toca no essencial, dizendo que a Europa precisa de fazer um reflexão mais ampla sobre o direito à vida, aspecto que toca problemáticas como o aborto e a eutanásia. Fracturante, mas é a verdade da vida!...
4. Cruzaram-se, nesse contexto, as visões diplomáticas com a visão objectiva da própria realidade. Dir-se-á que, mais que dias “contra” (que têm o seu lugar como início de um caminho) a Europa pós-racionalista precisará, para se refrescar, dos dias a favor dos valores fundamentais, entre eles o valor que fundamenta a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a dignidade da Pessoa Humana. Terá de ser esta a fonte, quando não reflectimos já “poluídos”! Talvez seja hora, para além destes dias comemorativos, de incentivar todos os esforços dos que têm “pena da vida”.
5. Quando não, continuamos a querer o sol na eira e a chuva no nabal. Defendemos dias “contra” os males terríveis que se fazem (entre eles a pena de morte que todos os anos continua a ceifar milhares de pessoas em países chamados de modernos), por outro lado, esquecemo-nos da coerência interna dessa defesa da dignidade humana ao permitir, diplomática e elegantemente, outras execuções de vidas inocentes. Devolvamos (pedagogicamente) à VIDA toda a sua grandeza, não estraguemos. Ela é, por essência, intocável, inviolável, única, um “dom” que nos ultrapassa e que não temos o direito de gerir como dá jeito! Seja em que latitude for. Só assim haverá rumo certo! Enquanto isso, vamo-nos enganando e a vida passa!
Alexandre Cruz
OS POLÍTICOS E O CULTO MARIANO
Um não crente, Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, admite que é impossível ignorar aquilo a que chama “um movimento cultural e social” com raízes profundas na sociedade portuguesa. “O facto de eu não acreditar não me permite atribuir nada relativamente às crenças das pessoas. Respeito as pessoas que assim se sentem e que vivem e que vibram com esse movimento”, sublinha Francisco Louçã, que diz à Renascença ter ido ao Santuário de Fátima apenas uma vez.
O mesmo não se pode dizer de Vera Jardim. O deputado socialista já passou muitas horas em recolhimento e meditação no Santuário. “Foi, e hoje talvez menos, um local de recolhimento e meditação importante. Portanto, é nesse sentido que acho que ele é importante: é um dos grandes locais da peregrinação”, explica.
Mota Amaral avalia Fátima como crente. O antigo Presidente da Assembleia da República confessa ter “uma adoração muito especial” pela sua madrinha de baptismo. O social-democrata afirma ter sido “criado com uma devoção especial a Nossa Senhora de Fátima” que mantém.
De resto, garante Mota Amaral, sempre fez questão de colocar em patamares bem diferentes a sua religiosidade e a sua actividade política.
Fonte: Rádio Renascença
FÁTIMA PARA O SÉCULO XXI
Ao logno do último ano foi celebrado o 90.º aniversário das Aparições do Anjo e de Nossa Senhora do Rosário aos três Pastorinhos.A passagem desta data contextualiza a celebração do Ano da Misericórdia do Senhor e a inauguração da igreja dedicada à Santíssima Trindade.
De facto, a revelação da Mensagem de Fátima começa (Aparições do Anjo) e termina (Visão da Santíssima Trindade), anunciando aos homens que Deus tem sobre a humanidade, dilacerada pelos seus erros e pecados, desígnios de Misericórdia. Para o efeito, a «Senhora mais brilhante que o sol» veio pedir – através de testemunhas escolhidas: três crianças – «conversão e oração». A culminar o programa das celebrações, o Santuário de Fátima, um dos centros mais importantes de respiração sobrenatural do mundo católico, convida todos os interessados a participar no congresso “Fátima para o Século XXI”.
Será uma oportunidade para, com a ajuda de reconhecidos estudiosos da sua Mensagem, aprofundar o sentido do evento fundador e reler os acontecimentos com ele relacionados; colher o essencial da vivência espiritual dos Pastorinhos e projectar o futuro do Santuário, como fermento de renovação da Igreja e da sociedade contemporânea, pela vivência do Evangelho, que encontra, na mística e na espiritualidade de Fátima, como que a sua síntese.
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Dia Mundial dos Correios

ESCREVA HOJE UMA CARTA
Festeje o Dia Mundial dos Correios: pegue na sua caneta de aparo (esferográfica também serve...) e escreva uma carta. Ou duas. Ou muitas. Àquele amigo que não vê há muito. À prima Joana. Ao tio Zé. Ao Presidente da República. Ao seu actor preferido. E quanto àquela pessoa a quem ainda não teve coragem de se declarar... É agora!
Nota: Foto e sugestões da agenda "Pequenas Grandes Ideias", do EXPRESSO
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