Bem sabemos que muitas considerações se têm levantado em tor-no da palavra missão. Tem origem no “envio” e durante muito tempo foi tomada como dirigida a um grupo de chamados com excepcionais carismas de entrega, generosidade e aventura e fé. Fossem surdos esses convocados e ainda hoje povos inteiros desconheceriam não apenas o nome de Jesus, mas também toda a profusão de sinais no campo da cultura, do desenvolvimento e do sentido libertador da salvação. O cristianismo mudou a história do mundo e deu um rumo novo a povos inteiros de toda a terra. Sempre à mistura com as imperfeições dos portadores da Boa Nova.
Os tempos mudaram. E mesmo com a necessidade de prosseguir o anúncio por mensageiros firmes e corajosos, portadores do archote da esperança e da libertação, uma exigência mais aberta e comprometida se desenha para a comunidade evangelizada: ser comunidade evangelizadora. Isso supõe a ultrapassagem da visão tímida de esconder o talento recebido para ser fruído num qualquer fragmento de eternidade.
O apelo de hoje, na proposta de Bento XVI, é responsabilizar a Igreja, todas as Igrejas por todo o mundo. O que abre uma perspectiva de missão global. Não sendo nova, expressa a urgência que não deixa ninguém quieto, nem excluído, nem dispensado da missão. Rompe as portas estreitas do apostolado circular, ou que se limita a franjas próximas na prática religiosa, na cultura comum, ou na área onde possam chegar restos de onda por inércia.
“Toda a Igreja para todas as Igrejas e para todo o mundo” implica uma mobilização corajosa e eficaz de atravessar mares, visitar culturas, conhecer religiões, oferecer o Evangelho como Boa Nova. De forma viva, testemunhal, pacífica, dialo-gante e apaixonada. Implica uma partilha real de bens, meios, pessoas, na solidariedade sublime da fé. A 150 anos da partida dum grupo de missionários para a África – incluindo Comboni, como lembra o Papa - a Igreja pode reacender a aventura da missão, mais purificada pelos novos dados de diálogo cultural que o nosso tempo oferece. O tempo é de partir com o coração mais forte, a fé mais viva e as mãos mais puras. Ainda que o lugar de missão seja o outro lado da rua.
Os tempos mudaram. E mesmo com a necessidade de prosseguir o anúncio por mensageiros firmes e corajosos, portadores do archote da esperança e da libertação, uma exigência mais aberta e comprometida se desenha para a comunidade evangelizada: ser comunidade evangelizadora. Isso supõe a ultrapassagem da visão tímida de esconder o talento recebido para ser fruído num qualquer fragmento de eternidade.
O apelo de hoje, na proposta de Bento XVI, é responsabilizar a Igreja, todas as Igrejas por todo o mundo. O que abre uma perspectiva de missão global. Não sendo nova, expressa a urgência que não deixa ninguém quieto, nem excluído, nem dispensado da missão. Rompe as portas estreitas do apostolado circular, ou que se limita a franjas próximas na prática religiosa, na cultura comum, ou na área onde possam chegar restos de onda por inércia.
“Toda a Igreja para todas as Igrejas e para todo o mundo” implica uma mobilização corajosa e eficaz de atravessar mares, visitar culturas, conhecer religiões, oferecer o Evangelho como Boa Nova. De forma viva, testemunhal, pacífica, dialo-gante e apaixonada. Implica uma partilha real de bens, meios, pessoas, na solidariedade sublime da fé. A 150 anos da partida dum grupo de missionários para a África – incluindo Comboni, como lembra o Papa - a Igreja pode reacender a aventura da missão, mais purificada pelos novos dados de diálogo cultural que o nosso tempo oferece. O tempo é de partir com o coração mais forte, a fé mais viva e as mãos mais puras. Ainda que o lugar de missão seja o outro lado da rua.
António Rego