domingo, 23 de setembro de 2007

Um artigo de Anselmo Borges, no DN


DIFICULDADES DA IGREJA
NO MUNDO ACTUAL

Tudo começa com um equívoco. Hoje, quando se fala da Igreja, é numa gigantesca instituição e nos seus altos e médios hierarcas que de facto se pensa: Papa, bispos, padres. Já se esqueceu que, no princípio, não era assim, pois Igreja significava a reunião das Igrejas, entendidas como assembleias dos cristãos congregados em nome de Jesus.
Foi com Constantino e Teodósio que tudo se modificou, quando o cristianismo se tornou religião oficial do Estado e a Igreja acabou por transformar-se numa instituição de poder. Desde então, de um modo ou outro, espreitou o perigo de esquecer a Igreja enquanto comunidade dos fiéis a Cristo, que caminha na fé e na tentativa de actualizar no mundo o reinado de Deus a favor de todos os homens e mulheres, sobretudo dos mais pobres e abandonados, para sublinhar sobretudo uma Igreja-instituição, hierarquizada e poderosa. Quem congrega é menos Jesus do que a hierarquia, e a fé está mais dirigida ao dogma do que à pessoa de Jesus e ao Deus salvador.
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Todo o artigo em DN

LIBERDADE - Vieira da Silva

epois de ter permanecido em depósito durante mais de uma dezena de anos, Liberdade, a pintura que Maria Helena Vieira da Silva doou ao Estado português por alturas do 10º aniversário do 25 de Abril, vai voltar a estar, em breve, ao alcance do olhar do público. A peça será exposta no Teatro Aveirense, por ocasião das comemorações do Congresso Republicano de 1957, no próximo dia 6 de Outubro.
Datada de 1984, a pintura alusiva à revolução dos cravos integra o acervo artístico que a Direcção-Geral das Artes do Ministério da Cultura entregou à guarda da Câmara Municipal de Aveiro e da Universidade de Aveiro - em regime de comodato - e tem vindo a ser alvo de trabalhos de restauro. "Estava em muito más condições, mas, juntamente com o centro de conservação e restauro da Câmara de Comércio Italiano, temos conseguido fazer um bom trabalho", nota Maria da Luz Nolasco, directora do Teatro Aveirense (TA).
Leia o artigo de Maria José Santana, na página CULTURA

ARES DO OUTONO


OUTONO

Outono
Quem diria que viria
num domingo
de alegria
e de ternura

Outono
Quem diria que me traria
logo hoje
a saudável bonomia
que não esperava

Outono
Veio de mansinho
pé ante pé
a dizer devagarinho
que é hora de chegar

Outono
Veio como esperado
para a folha caída
para o sorriso desmaiado
de quem está sem norte

Outono
Reflexo de vida
no sol poente
na manhã sofrida
no entardecer

NOTA: Por lapso, não indiquei a autoria deste poema. Se alguém souber, agradeço informação.

Na Linha Da Utopia

O calcanhar do Chelsea 1. Factos são factos. O famoso treinador saiu e um novo treinador entrou. Nada de especial nestas lides do futebol comércio (escândalo com espectáculo), não fosse todo o historial de vitórias inéditas a par da estratégia mediática sempre no fio da navalha, mantendo (em polémicas ou não) cada dia a chama acesa. Assim, muito mais que um simples treinador, este caso envolve tudo o que se poderá considerar como comunicação, inteligência e emoção pública, num país onde o futebol é a própria metáfora original da nação inglesa. 2. O milionário presidente russo do clube londrino é que não compreendeu o jogo onde se meteu. Talvez melhor fosse que o seu jogo económico também fosse mais “limpo” (pelo que parece a sua fortuna petrolífera não lhe permite voltar à justiça da Rússia). A certa altura, quem só sabe lidar com milhões de dinheiro acaba por nada entender do que são as emoções mediáticas, não sabendo ler como actuar. É o caso. Os adeptos adoram (é isso mesmo, é mau, mas é verdade, “adoram”) o treinador que por sua vez sabe lidar com eles e com todos; o treinador que se demite. É o fim! 3. E o futuro? É incrível mas é mesmo assim, o treinador “special” que sai continua a somar milhões, ora no bolso próprio ora na algibeira dos apostadores da (e do) capital. O treinador que entra, aflito, diante de adeptos que querem o seu “pescoço”, aguarda pelos golos dos jogadores que já não querem jogar à bola. Até onde irá o jogo do presidente do clube ex-campeão? Mais que o treinador, o presidente mudo concluirá que em todo este processo ele escolheu ser a vítima favorita dos adeptos. Quanto mais José Mourinho se mostra “livre”, mais Avram Grant (novo treinador) treme e mais ainda o riso do presidente Abramovich se converterá em fuga. Enquanto é tempo e os adeptos deixarem!
Alexandre Cruz

sábado, 22 de setembro de 2007

ERA DO SENTADO



DEPOIS,
QUEIXEM-SE…


Depois da já longínqua era industrial, veio a era da comunicação. De permeio outras surgiram. E de há uns anitos para cá temos a era do sentado.
Pois é verdade. A era do sentado leva-nos a passar grande parte do dia abancados em qualquer canto. Haverá sempre quem, por temperamento ou por profissão, tenha que andar de um lado para o outro. Mas a norma, que está a generalizar-se, é passarmos grande parte do dia sentados.
Logo de manhã, tomamos o pequeno-almoço à mesa, sentados. Depois, de carro, sentados, arrancamos para o emprego, onde nos espera, a grande maioria das vezes, uma actividade que nos obriga a estar numa (des)confortável cadeira. A seguir vamos almoçar a casa ou a outro sítio qualquer, de carro, mesmo que esse sítio fique a escassas dezenas ou centenas de metros. Comemos sentados e apressados saltamos para o volante. No emprego repetimos a dose da cadeira. E no fim do dia de trabalho, cansados de tanta cadeira, regressamos a casa, onde um sofá nos convida a descansar das agruras do trabalho exaustivo que tivemos durante umas boas horas. Um lanchezito, talvez sentados, e logo a seguir a televisão, sentados, porque noutra posição não se vê bem. Na janta, abancamos mais uma vez e o serão, na televisão, outra vez, ou na Net, vai ser bem vivido na posição já habitual de sentados. Ainda há quem passe pelas brasas num convidativo sofá. Na cama é que estamos, de facto, deitados.
Toda a gente entendida em questões de saúde (cada um de nós tem um pouco de médico e de louco) garante que precisamos de caminhar. O coração, os músculos e os nossos pulmões, que gostam do ar puro, convidam-nos a caminhar. Porém, poucos aderem a essa necessidade.
O Dia Europeu Sem Carros, que hoje se vive, é um convite à mobilidade. Temos, realmente, de caminhar. Quem não caminha arrisca-se a sofrer disto e daquilo. Se não o fizermos, depois não nos podemos queixar.
Boa saúde
F.M.

DIAS POSITIVOS

O PODER DE SCOLARI Mário Soares um dia disse que era patriota sem ser nacionalista. A distinção é tão simples quanto necessária e luminosa. Ser patriota sem ser nacionalista é como alguém reconhecer que os seus pais são os melhores do mundo, sem excluir que outros pais também o sejam para outros filhos. Disse pais, não país. Mas “pátria” vem de “pater”, pai. Depois veio Scolari, e fez o que nenhum político conseguiu, em parte, penso eu, porque estava do outro lado do Atlântico antes de 1974. Quando cá chegou, pôde invocar os símbolos da nação sem ver pairar sobre si próprio os fantasmas da ditadura. Pôs o país a vestir-se de verde e vermelho (apesar de serem “cores que não combinam bem”, como dizia a minha professora primária) e reconciliou-nos com o Hino e Bandeira. O que ele fez na passada quarta-feira, a agressão ao jogador sérvio, mesmo que só tentada, mancha qualquer currículo, embora a memória colectiva seja cada vez mais curta e o povo português esteja disposto a perdoá-lo em troca da qualificação e de uma boa figura na Áustria em 2008. De qualquer forma, gostava de adiantar um elemento em defesa de Scolari. Poucos dias após o Euro 2004, num bairro lisboeta, vi quatro ou cinco crianças de origem africana a cantar o Hino Nacional enquanto brincavam. Pareceu-me evidente: “O poder da selecção na era Scolari”. J.P.F.
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In CV

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Dia Mundial Sem Carros

Casa de Ílhavo. Foto da HERA

À DESCOBERTA
DE PEQUENOS E GRANDES TESOUROS
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Amanhã, sábado, 22 de Setembro, Dia Mundial Sem Carros, será inaugurado mais um percurso realizado no âmbito da parceria CMI-HERA-GEMA. Trata-se do percurso urbano "Cidade de Ílhavo". Um agradável passeio de cerca de seis quilómetros (duas horas de passeio), que será efectuado com o acompanhamento de um guia da HERA, pelas ruas da Cidade, à descoberta dos grandes e pequenos tesouros históricos, artísticos e naturais. O local de encontro será a Rua Direita, em Ílhavo, pelas 16h30.

Para mais informações: http://www.heraonline.org/

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