terça-feira, 1 de maio de 2007

Citação

"Teoricamente, todos gostaríamos que o mundo fosse justo. Na prática, ninguém protesta se ele for injusto a nosso favor"
Rui Tavares,
no PÚBLICO de hoje

Dia do Trabalhador


Igreja de Nossa Senhora dos Campos

PRIMEIRO DE MAIO, JORNADA DE FESTA

Celebra-se hoje o Dia do Trabalhador, que é, também, o Dia de S. José Operário. Se o Dia do Trabalhador continua a ser festa e encontro de muitos trabalhadores, já o Dia de S. José Operário começa a ficar de lado. Estou convencido de que muitos, no meio da alegria dos festejos próprio do 1º de Maio, se esquecerão do patrono dos trabalhadores, que é S. José, lembrado, no entanto, pela Igreja Católica. E seria bom que os trabalhadores não se esquecessem do mais famoso carpinteiro da história, ou não tivesse sido ele o pai adoptivo de Jesus Cristo.
Não importará, neste dia, voltar a falar das lutas travadas há muitas décadas pelos trabalhadores, quando reivindicavam melhores condições de trabalho e horários justos. Importa, isso sim, apoiar quantos, ainda hoje, não têm ambientes de trabalho justos, dignos e, por isso, humanizados.
Não sou dos que dizem que os sindicatos não fazem falta. Eles são, como os partidos políticos, alavancas fundamentais da democracia. Daí que todos os trabalhadores deviam esforçar-se para se filiarem nos sindicatos e para aí terem voz activa, na defesa dos seus direitos.
Eu sei, como toda a gente sabe, que algumas vezes os sindicatos são cegos face à realidade económica do País, reivindicando o impossível. Mas também é verdade que noutras tantas vezes, se não fossem as campanhas sindicais, a injustiça seria muito maior e muito mais flagrante. Aí, os trabalhadores deviam ter uma palavra a dizer, participando, concretamente, nos plenários sindicais, e não deixando, como muitos fazem, que as chefias se deixem levar por pressões partidárias.
O princípio da separação entre sindicatos e partidos políticos seria o ideal, mas como isso é muito difícil, então só há uma resposta a essa realidade, que tem de passar, inevitavelmente, pela militância sindical dos trabalhadores, na defesa de organizações sindicais independentes, numa sociedade democrática.
Hoje, a festa estende-se a todo o mundo livre. Também em Portugal não faltam manifestações de alegria, com convívios por todo o lado. Aqui na região, o encontro mais importante será na Colónia Agrícola da Gafanha. Trabalhadores de todo o lado começaram a concentrar-se ontem ao fim da tarde, no largo central, marcado pela presença da igreja de Nossa Senhora dos Campos. A festa, logo mais, depois do almoço, por ali improvisado, será rija. Se quiser ver como é, passe por lá.
Bom 1º de Maio para todos os trabalhadores, que somos nós todos, de uma forma ou doutra.

Fernando Martins

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Área social descurada pela Igreja?

Trabalho levado a cabo nos vários âmbitos da pastoral serve como ponto de partida para a análise da sociedade



DIOCESE QUER CONHECER
REALIDADE SOCIAL
DE AVEIRO



A pastoral social é uma das mais vastas áreas que a Igreja se dedica. Uma das mais vastas, mas talvez uma das mais descuradas, segundo o Padre João Gonçalves Vigário Geral da Pastoral, em Aveiro.
Esta diocese vai dedicar-se a um levantamento da sua realidade social, a que promete dedicar-se no próximo ano pastoral. Por entendimento do Bispo diocesano, D. António Francisco dos Santos, que dedica uma atenção especial a esta área, foi criada uma vigararia, que tem como finalidade a promoção, desenvolvimento, ajuda e formação de todas as pessoas que estão ligadas à pastoral social.
É uma área, que nesta diocese, engloba cinco campos de acção: a solidariedade presente nas Instituições da Solidariedade Social, a mobilidade humana e as migrações, a saúde, o voluntariado e as prisões. Cada uma apresenta grandes diferenças e problemas específicos. A pastoral social de uma forma geral nas dioceses “não é prioritária”, afirma o Padre João Gonçalves. A evangelização, a liturgia, são as grandes áreas, “a parte social necessita de um maior arranque”, um impulso que a Encíclica Deus Caritas Est pode trazer, uma vez que sublinha o “fundamento do amor e a caridade organizada” como essencial para os cristãos.
A área “mais descurada”, é apontada como a pastoral prisional, que não conta com uma organização paroquial como acontece nas outras áreas. A prevenção da criminalidade, a atenção à família dos reclusos, a reinserção social são pontos que, o também coordenador nacional da pastoral prisional, aponta como alvo de um maior trabalho “não apenas na diocese de Aveiro, mas em todas no geral”.
Sobre estas questões debruçou-se o XIX Encontro Diocesano de Grupos Cáritas Paroquiais, que contou com o contributo do Padre João Gonçalves e a sua reflexão sobre a “Missão/Papel dos Grupos Cáritas Paroquiais na Pastoral Social”.
A Caritas é uma instituição que na diocese de Aveiro ganha terreno a nível paroquial, não sendo a única, claramente. “Manifesta uma atenção próxima às famílias”, mas há muito a fazer “com respostas organizadas e adequadas”, especialmente com as novas formas de pobreza que surgem.
Problemas de alimentação, de roupas “inclusivamente roupas de camas”, o alcoolismo, a toxicodependência, as famílias desestruturadas, o desemprego, “são áreas que nos preocupam pois são situações algumas emergentes e a sua maioria urgentes”, sublinha o vigário geral da Pastoral, que precisam de uma atenção permanente, individualizada, inclusivamente para os próprios agentes “que precisam de formação”. Algumas destas respostas podem ser dadas a nível paroquial, “e estão já a ser dadas”.
Aveiro investe num retrato social a ser realizado durante o próximo ano pastoral. “Há um trabalho que vamos fazer”, com maior profundidade, com objectivo de “conhecendo melhor a diocese, dar melhor formação aos grupos e às paróquias”.
Criar nas pessoas uma mentalidade de rede e de parcerias é a chave para um trabalho eficaz, assim como a formação a dar quer a “quem faz caridade como aos que trabalham em solidariedade”, ligados a paróquias, hospitais, dirigentes das IPSS, e de voluntariado.
:
Fonte: Ecclesia
:
Foto do meu arquivo - Padre João Gonçalves

Dia Nacional do Associativismo

NÃO PODEMOS SER UMA ILHA
Hoje, 30 de Abril, é o Dia Nacional do Associativismo. Porquê celebrar este dia? Pela simples razão de que temos de lutar contra a ideia de vivermos como se fôssemos uma ilha. E é isso que muitos de nós somos: ilhas sem qualquer ligação ao mundo, próximo ou mais alargado. O homem é, por natureza, um ser solidário e social. Não pode nem deve viver apenas para si. Tem de experimentar, no dia-a-dia, o prazer de estar com os outros, partilhando emoções e sensações, ideias e projectos, alegrias e tristezas. Tem de se associar com todos os que quiserem trabalhar na comunidade e para a comunidade, na certeza de que a união faz a força. Tem de apoiar associações e outras instituições, na esperança de que o contributo de todos e de cada um, em ligação com mundo agora mais global, possa tornar a humanidade mais fraterna e mais solidária. Em qualquer canto do País há associações, as mais diversas, capazes de nos ajudarem na integração e na partilha, mas também na valorização das nossas capacidades. Ninguém é tão pobre que não tenha nada para dar, nem tão rico que não tenha nada para receber. É na partilha que nos transformamos em gente mais capaz de dar e de receber. E nas associações, por norma, há sempre alguém que nos abre portas para sermos mais felizes com os outros. Sozinhos, fechados, é que não iremos a lado nenhum.

CALDEIRA DO FORTE DA BARRA
:
Desde menino que convivi com a Caldeira do Forte da Barra, a mesma que o Ângelo Ribau me ofereceu um dia destes. Hoje, tudo isto está transformado ou em vias de transformação. O progresso é fundamental à vida das regiões e das pessoas. Não sou dos que protestam contra tudo e contra todos, pelo facto de nem sempre se preservarem as nossas memórias. A vida é assim. Porém, as novas tecnologias permitem-nos tornar presente o que outrora nos encantou. E se olharmos bem à nossa volta, verificaremos que coisas bonitas, que já desapareceram, acabaram por dar lugar a outras. Será este o caso?

Escola de Música Gafanhense



JOVENS NÃO FALTAM
NA ESCOLA DE MÚSICA GAFANHENSE



A região de Ílhavo, como outras por aqui à volta, está cheia de instituições para todos os gostos e necessidades. Desde culturais e desportivas até de solidariedade social e religiosas. Umas mais conhecidas do que outras, mas todas apostando na valorização das pessoas, sejam elas jovens ou mais idosas.
No sábado passado participei, como sócio, que o sou há 25 anos, na festa das Bodas de Prata da Escola de Música Gafanhense, uma instituição que promove o ensino e a divulgação da arte musical.
Para além de tudo o que me foi dado ver, desde o empenhamento dos dirigentes à cooperação com outras instituições que comungam dos mesmos propósitos, nomeadamente a Filarmónica Gafanhense, onde nasceu a Escola de Música, quero realçar, hoje aqui, a participação da juventude. Vi, de facto, muitos jovens como executantes dos mais diversos instrumentos, alguns dos quais, pelo seu tamanho, só próprios de adultos. Mas os jovens, alguns ainda crianças, lá estavam todos compenetrados a dar o seu melhor nos concertos que ofereceram a convidados e à população em geral.
Presentemente, a Escola de Música Gafanhense tem 45 alunos, distribuídos pelas diversas classes actualmente existentes. E pretende, com eles e com os que quiserem aderir, continuar a ensinar música e a dinamizar uma orquestra ligeira, fundamentalmente para unir os jovens. E também para que os mesmos possam, mais tarde, representar a Escola e a Gafanha da Nazaré.
Os meus parabéns pelo trabalho desenvolvido durante estes 25 anos de vida, com votos de que prossigam com o ensino da música, que é, como todos sabem, a rainha das artes.

domingo, 29 de abril de 2007

FÓRUM::UNIVERSAL, NO CUFC

A NÃO PERDER - 2 de Maio

Para ver melhor, clique na foto


NOTA: Ouço, por aí, muitas pessoas a protestar contra tudo e contra todos, por pouco ou nada se fazer, segundo dizem, nas nossas comunidades, de âmbito cultural e formativo. Os que protestam, tenho-o constatado, não têm razão. Há muitas ofertas, a vários níveis, para a formação de todos. O que acontece é que muitos não olham para o lado, para depois seleccionarem e optarem pelo que há de melhor.
O tema proposto pelo CUFC - A fome que nos (pré) ocupa - é por demais interessante e merecedor de uma reflexão profunda. Mas as pessoas, novas ou velhas, as que se envolvem nestes assuntos, têm de participar, quando temas como este nos são oferecidos. Como é o caso. A entrada é livre.

Etiquetas

A Alegria do Amor A. M. Pires Cabral Abbé Pierre Abel Resende Abraham Lincoln Abu Dhabi Acácio Catarino Adelino Aires Adérito Tomé Adília Lopes Adolfo Roque Adolfo Suárez Adriano Miranda Adriano Moreira Afonso Henrique Afonso Lopes Vieira Afonso Reis Cabral Afonso Rocha Agostinho da Silva Agustina Bessa-Luís Aida Martins Aida Viegas Aires do Nascimento Alan McFadyen Albert Camus Albert Einstein Albert Schweitzer Alberto Caeiro Alberto Martins Alberto Souto Albufeira Alçada Baptista Alcobaça Alda Casqueira Aldeia da Luz Aldeia Global Alentejo Alexander Bell Alexander Von Humboldt Alexandra Lucas Coelho Alexandre Cruz Alexandre Dumas Alexandre Herculano Alexandre Mello Alexandre Nascimento Alexandre O'Neill Alexandre O’Neill Alexandrina Cordeiro Alfred de Vigny Alfredo Ferreira da Silva Algarve Almada Negreiros Almeida Garrett Álvaro de Campos Álvaro Garrido Álvaro Guimarães Álvaro Teixeira Lopes Alves Barbosa Alves Redol Amadeu de Sousa Amadeu Souza Cardoso Amália Rodrigues Amarante Amaro Neves Amazónia Amélia Fernandes América Latina Amorosa Oliveira Ana Arneira Ana Dulce Ana Luísa Amaral Ana Maria Lopes Ana Paula Vitorino Ana Rita Ribau Ana Sullivan Ana Vicente Ana Vidovic Anabela Capucho André Vieira Andrea Riccardi Andrea Wulf Andreia Hall Andrés Torres Queiruga Ângelo Ribau Ângelo Valente Angola Angra de Heroísmo Angra do Heroísmo Aníbal Sarabando Bola Anselmo Borges Antero de Quental Anthony Bourdin Antoni Gaudí Antónia Rodrigues António Francisco António Marcelino António Moiteiro António Alçada Baptista António Aleixo António Amador António Araújo António Arnaut António Arroio António Augusto Afonso António Barreto António Campos Graça António Capão António Carneiro António Christo António Cirino António Colaço António Conceição António Correia d’Oliveira António Correia de Oliveira António Costa António Couto António Damásio António Feijó António Feio António Fernandes António Ferreira Gomes António Francisco António Francisco dos Santos António Franco Alexandre António Gandarinho António Gedeão António Guerreiro António Guterres António José Seguro António Lau António Lobo Antunes António Manuel Couto Viana António Marcelino António Marques da Silva António Marto António Marujo António Mega Ferreira António Moiteiro António Morais António Neves António Nobre António Pascoal António Pinho António Ramos Rosa António Rego António Rodrigues António Santos Antonio Tabucchi António Vieira António Vítor Carvalho António Vitorino Aquilino Ribeiro Arada Ares da Gafanha Ares da Primavera Ares de Festa Ares de Inverno Ares de Moçambique Ares de Outono Ares de Primavera Ares de verão ARES DO INVERNO ARES DO OUTONO Ares do Verão Arestal Arganil Argentina Argus Ariel Álvarez Aristides Sousa Mendes Aristóteles Armando Cravo Armando Ferraz Armando França Armando Grilo Armando Lourenço Martins Armando Regala Armando Tavares da Silva Arménio Pires Dias Arminda Ribau Arrais Ançã Artur Agostinho Artur Ferreira Sardo Artur Portela Ary dos Santos Ascêncio de Freitas Augusto Gil Augusto Lopes Augusto Santos Silva Augusto Semedo Austen Ivereigh Av. José Estêvão Avanca Aveiro B.B. King Babe Babel Baltasar Casqueira Bárbara Cartagena Bárbara Reis Barra Barra de Aveiro Barra de Mira Bartolomeu dos Mártires Basílio de Oliveira Beatriz Martins Beatriz R. Antunes Beijamim Mónica Beira-Mar Belinha Belmiro de Azevedo Belmiro Fernandes Pereira Belmonte Benjamin Franklin Bento Domingues Bento XVI Bernardo Domingues Bernardo Santareno Bertrand Bertrand Russell Bestida Betânia Betty Friedan Bin Laden Bismarck Boassas Boavista Boca da Barra Bocaccio Bocage Braga da Cruz Bragança-Miranda Bratislava Bruce Springsteen Bruto da Costa Bunheiro Bussaco Butão Cabral do Nascimento Camilo Castelo Branco Cândido Teles Cardeal Cardijn Cardoso Ferreira Carla Hilário de Almeida Quevedo Carlos Alberto Pereira Carlos Anastácio Carlos Azevedo Carlos Borrego Carlos Candal Carlos Coelho Carlos Daniel Carlos Drummond de Andrade Carlos Duarte Carlos Fiolhais Carlos Isabel Carlos João Correia Carlos Matos Carlos Mester Carlos Nascimento Carlos Nunes Carlos Paião Carlos Pinto Coelho Carlos Rocha Carlos Roeder Carlos Sarabando Bola Carlos Teixeira Carmelitas Carmelo de Aveiro Carreira da Neves Casimiro Madaíl Castelo da Gafanha Castelo de Pombal Castro de Carvalhelhos Catalunha Catitinha Cavaco Silva Caves Aliança Cecília Sacramento Celso Santos César Fernandes Cesário Verde Chaimite Charles de Gaulle Charles Dickens Charlie Hebdo Charlot Chave Chaves Claudete Albino Cláudia Ribau Conceição Serrão Confraria do Bacalhau Confraria dos Ovos Moles Confraria Gastronómica do Bacalhau Confúcio Congar Conímbriga Coreia do Norte Coreia do Sul Corvo Costa Nova Couto Esteves Cristianísmo Cristiano Ronaldo Cristina Lopes Cristo Cristo Negro Cristo Rei Cristo Ressuscitado D. Afonso Henriques D. António Couto D. António Francisco D. António Francisco dos Santos D. António Marcelino D. António Moiteiro D. Carlos Azevedo D. Carlos I D. Dinis D. Duarte D. Eurico Dias Nogueira D. Hélder Câmara D. João Evangelista D. José Policarpo D. Júlio Tavares Rebimbas D. Manuel Clemente D. Manuel de Almeida Trindade D. Manuel II D. Nuno D. Trump D.Nuno Álvares Pereira Dalai Lama Dalila Balekjian Daniel Faria Daniel Gonçalves Daniel Jonas Daniel Ortega Daniel Rodrigues Daniel Ruivo Daniel Serrão Daniela Leitão Darwin David Lopes Ramos David Marçal David Mourão-Ferreira David Quammen Del Bosque Delacroix Delmar Conde Demóstenes

Arquivo do blogue