sábado, 6 de janeiro de 2007

IMAGENS DA RIA

COSTA NOVA
COM SUAS CORES
Pintura a óleo de Carlos Fragoso. Trabalho de 1921, com assinatura do autor, no canto inferior direito.
A composição revela-nos um belíssimo conjunto de palheiros da Costa Nova, que delimitam a obra. Predominam as tonalidades frias, em azul, que entram em harmonia com as tonalidades quentes de castanhos e dourados.
Esta peça foi doada ao Museu Marítimo de Ílhavo pelo autor e integra as colecções desde 1934.
Este é mais um bom motivo para visitar o museu ilhavense.
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Fonte: "Viver em", edição da CMI

NAVIO-MUSEU SANTO ANDRÉ

Navio-Museu Santo André

REABERTURA
NO PRÓXIMO SÁBADO
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Concluídos os trabalhos de restauro, o Navio-Museu Santo André encontra-se novamente atracado no Canal de Mira, junto ao Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, com data de abertura marcada para o próximo dia 13 de Janeiro (Sábado). Nesse dia, e para assinalar a data, o Navio-Museu Santo André encontrar-se-á em regime de Dia Aberto, entre as 14 e as 20 horas. Às 16 horas, assista à apresentação do programa comemorativo dos 70 anos do Museu Marítimo de Ílhavo. Não perca!
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Nota: Ontem passei pelo Navio-Museu Santo André, a que me ligam tantas recordações, desde que este navio chegou à Empresa de Pesca de Aveiro, destinado à pesca do bacalhau. Gostei de o ver já preparado para receber visitantes.
Permitam-me, no entanto, um reparo: a área envolvente, que não é, ao que suponho, da responsabilidade das autarquias, mas sim da APA (Administração do Porto de Aveiro), precisa de ser remoçada. Tal como está, não passa de um espaço morto e abandonado, mesmo à espera de quem olhe para ele. E dele faça, então, um jardim que atraia as pessoas e proporcione, também, condições para os visitantes do Navio-Museu se sentirem bem, antes ou depois da visita.
Falta, de facto, por ali qualquer coisa que torne mais digno todo o enquadramento do Santo André. Os arquitectos saberão melhor do que eu o que é necessário que se faça.
O apelo aqui fica, na esperança de que alguém o leia.
F.M.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

CORTEJOS DOS REIS

GAFANHAS DA NAZARÉ
E ENCARNAÇÃO
CUMPREM TRADIÇÃO
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As paróquias da Gafanha da Nazaré e Gafanha da Encarnação continuam, e bem, a cumprir a tradição. No domingo, dia 7, os Cortejos dos Reis vão animar as ruas daquelas cidade e vila, com os autos de Natal a mostrarem, sem cansar, uma tradição verdadeiramente popular.
Penso que este cunho popular é que garante a repetição, ano após ano, dos Cortejos dos Reis, em favor daquelas paróquias. O povo participa mesmo, quer na preparação dos autos e no ensaio dos cânticos, quer incorporando-se nos cortejos que percorrem as principais ruas das freguesias. E depois, claro, no leilão dos presentes.
Confesso que gosto de ver esta movimentação em torno do Cortejo dos Reis. Não só porque dá vida a tradições com muitas décadas, mas também por unir as pessoas, contribuindo, assim, para a valorização das comunidades cristãs.
Felicito, pois, todos os que cultivam o gosto pela preservação das boas tradições dos nossos avoengos.
F.M.
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Foto do boletim "Viver em", da CMI

BOCA DA BARRA

FUI VER O MAR
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Hoje tive saudades de ver o mar. Numa fugida, fui à boca da Barra para respirar o ar puro que ainda vem do oceano... Foram apenas uns minutos para apreciar a serenidade do mar, que o princípio de tarde, sem vento, proporciona. Outros por lá andavam também. Foi muito bom.
À boca da Barra há sempre barcos que entram e saem, normalmente guiados pelos pilotos.
Nesta foto, pode ver-se a lancha dos pilotos a acompanhar mais um barco que se dirige ao Porto de Aveiro.
Este gosto que tenho de ir ver o mar e barcos que entram e saem não é só meu. Há muita gente que nunca se cansa de admirar esta vida do Porto de Aveiro, com as suas valências comercial, industrial e pesca.
Recomendo a quem anda cansado que saia de casa para ver o mar calmo ou mais agitado. Um e outro emprestam-nos forças para derrubar o stresse.

FILARMÓNICA GAFANHENSE

A Filarmónica Gafanhense, constituída em 1836, é a mais antiga associação do concelho de Ílhavo. Nesta entrevista, Carlos Sarabando Bola, presidente da direcção, traça os objectivos da colectividade
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Filarmónica Gafanhense

FILARMÓNICA GAFANHENSE
DÁ MÚSICA DESDE 1836
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A Filarmónica Gafanhense é a mais antiga colectividade do concelho de Ílhavo. Depois de ter estado relativamente parada, regressou em força ao activo. Como tem sido estes últimos tempos?
Este último ano, 2006, foi um ano de arranque com uma perspectiva de cativar os jovens, de procurar ensinar a mais jovens a cultura musical e, ao mesmo tempo, dar-lhes condições para eles poderem apanhar mais gosto, incentivo e amor à causa que é a Filarmónica Gafanhense, para a desenvolver no seu todo. Uma banda filarmónica requer um número considerável de executantes.
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Neste momento, quantos músicos é que tem a Filarmónica Gafanhense?
Neste momento, já podemos contar com um número de sensivelmente 40 executantes. Em Março de 2006, quando iniciámos o mandato, propusemo-nos terminar o ano com 40 executantes, e conseguimos alcançar esse objectivo. Agora, vamos procurar alcançar o maior número possível de músicos. Temos mais quatro que estão a aprender o solfejo e o instrumento que eles mais gostam, para os podermos integrar na banda.
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Qual a percentagem de músicos jovens?
Cerca de cinquenta por cento dos executantes têm entre 9 e 17 anos de idade, o que nos dá uma satisfação muito grande, embora também nos dê uma responsabilidade maior. Para podermos contar com eles, temos que dar-lhes melhores condições, mas também devemos exigir mais deles, na medida em que cada um deles quer fazer mais por si.
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Leia mais em Diário de Aveiro
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Um trabalho do jornalista Cardoso Ferreira

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

UM TEXTO DE TOLENTINO MENDONÇA

Teixeirá de Pascoaes
A DANÇA DIVINA DA POESIA
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A aproximação de Teixeira de Pascoaes ao teólogo de Hipona, a Jerónimo ou a São Paulo só deve ter surpreendido quem não tivesse notado como Pascoaes transforma qualquer tema, e o comentário é de Fernando Pessoa, num «degrau para a religiosidade». Pascoaes apontara, com a sua obra poética, um tremeluzente norte à poesia portuguesa, que fora, no século anterior, substancialmente clássica e com ele entrou, «com passo decidido, na pura linha romântica do irracional» . E o irracional é a paisagem onde o sagrado reflorescerá como categoria necessária. O conhecimento mítico-poético e o conhecimento religioso que a Modernidade colocou sob suspeita, considerando-os sombras da razão, regressam como uma arte inexplorada. Entre sentimento e mistério, entre nítido e indeterminado alumiam-se afinidades («Deus é, em nós, como uma lembrança» , há-de escrever Pascoaes. «A atitude divina é anti-racional» ). Busca-se numa experiência originária aquilo que as estratégias do pensar deixam em silêncio e que vem guardado na linguagem densa dos símbolos. Ganha verdade a declaração de Jung: «O século das luzes nada apagou». Mas não é exactamente de cristianismo que se trata. Já na recepção às biografias que Pascoaes escreveu, criticava-se o facto de ele «tratar os santos com um simples processo poético» . Num artigo dos anos 50, Manuel Antunes classificava tanto Pessoa e Régio como Pascoaes de poetas do sagrado, profundamente religiosos, mas avisando que «nenhum deles conhece o cristianismo (...) existencializado, sensibilizado. Apenas mostraram «através de tenteios, do caminhar nas sombras, do dualismo inquieto, do ansioso interrogar do mistério sentido ou pressentido (...), grande, secreta e inextinguível nostalgia de Deus» . De facto, ao pisar o invulgar território que tinha em S. João de Gatão seu centro magnético, estamos longe da elaboração teológica ou mesmo de uma retórica da experiência religiosa. A Pascoaes a santidade interessou enquanto fantasmagoria. Cada uma das biografias aborda, não a história propriamente dita, nem sequer os meandros labirínticos da legenda, mas a representação imaginária de uma prática da alma. Pois é isso que ele repete: «só me interessam as almas».
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Para ler todo o texto, clique aqui

GESTO BONITO

Padre João Gonçalves, à direita,
presidente das Florinhas do Vouga,
num ambiente da instituição
CivilRia apoia
Florinhas do Vouga
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Enquanto tanta comunicação social se gasta a sublinhar o negativo, o escandaloso e outras coisas sem qualquer interesse, li no "Correio do Vouga" desta semana uma notícia que merece ser divulgada e apontada como exemplo a seguir. Diz assim:
“Em plena época de troca de presentes, quando a maior parte das empresas gasta rios de dinheiro em lembranças para colaboradores, fornecedores e clientes, a CivilRia, empresa do ramo da construção civil, destinou o dinheiro que gastaria em ofertas à instituição particular de solidariedade social Florinhas do Vouga. Cinco mil euros foram já entregues no dia 21 de Dezembro, altura em que as duas entidades assinaram um protocolo com vista a repetir a iniciativa nos próximos anos. A instituição de solidariedade social de Aveiro compromete-se a usar o dinheiro recebido no combate à pobreza, nomeadamente na cozinha social que dispõe no Bairro de Santiago, na comparticipação da compra de medicamentos para mais carenciados ou na prevenção da toxicodependência juvenil.”
Não quero condenar, à partida, o bom hábito de presentearmos os nossos familiares e amigos. Mas acho que o podemos fazer sem exageros e sem grandes gastos, preferencialmente ofertando pequenas lembranças, com alguma utilidade. E se formos nós a fazê-las, com o nosso esforço e imaginação, tanto melhor. Com esta notícia do "Correio do Vouga", apetece-me (e faço-o mesmo) sugerir que no próximo Natal haja mais empresas a seguir a CivilRia. Em nome da solidariedade e da caridade cristã. F.M.

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