sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

JOVENS EM ZAGREB

40 000 jovens em Zagreb para o Encontro Europeu animado pela Comunidade de Taizé
Zagreb, na Croácia
UM CRISTIANISMO EM FESTA
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A cidade de Zagreb acolhe o 27º Encontro Europeu de Jovens promovido pela Comunidade de Taizé. De 28 de Dezembro de 2006 a 1 de Janeiro de 2007, a Croácia vai ver os rostos e as cores de um Cristianismo em festa. 40 000 jovens de toda a Europa e representantes de outros continentes são esperados na capital croata. Um dos momentos mais simbólicos acontece na noite de passagem de ano, quando os participantes, nas paróquias, promovem uma vigília de oração pela paz “em comunhão com os povos que sofrem”, seguida de uma “Festa dos povos”. À chegada cada um receberá, na sua língua, uma carta do irmão Alois, Prior de Taizé. Nesse texto, intitulado “Carta de Calcutá” (que se segue a um encontro de Taizé nesta cidade indiana, teve lugar em Outubro de 2006), o sucessor do irmão Roger escreve: “Os imensos problemas das nossas sociedades podem alimentar o derrotismo. Quando escolhemos amar, descobrimos um espaço de liberdade para criar um futuro para nós mesmos e para aqueles que nos são confiados”. Na carta do Ir. Alois, Prior da Comunidade de Taizé, destaca-se a necessidade de dar uma resposta concreta e cristã aos que “aspiram hoje a um futuro de paz, a uma humanidade livre das sombras da violência”. Aos jovens é lançado o desafio de fazer espalhar “por toda a Terra” uma “parábola de partilhas”, com o objectivo de “criar comunhão na família humana.”
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Fonte: ECCLESIA
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Nota: Quando tantos jovens se juntam, em ambiente ecuménico, para conviver e rezar, numa altura em que tantos outros vivem indiferentes à força do espírito, julgo que vale a pena pensar um pouco sobre esta realidade, ano após ano repetida num qualquer ponto do mundo, por iniciativa da Comunidade de Taizé.
A Comunidade de Taizé (localidade francesa) é de expressão inicial protestante, mas desde o princípio alimentou, de forma exemplar, o espírito ecuménico. Hoje, tem no seu seio cristãos de todas as tendências, numa demonstração clara de que, pela oração e abertura de coração (e não pelas altas teologias), é possível a convivência e a caminhada em comum de cristãos de todas as denominações.
Já não tenho idade nem condições para uma visita a Taizé, onde pudesse estar com cristãos de diversas correntes, para aí sentir a força da unidade em torno do mesmo Senhor. Mas se não posso ir, fisicamente, lá estarei com eles, durante este fim-de-semana, em Zagreb, para mostrar ao mundo que a paz entre todos os homens e mulheres de boa vontade é possível.

F.M.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

MUSEU DE ÍLHAVO

IMAGEM DA RIA
O Museu Marítimo de Ílhavo, dos mais notáveis no seu género, merece perfeitamente uma visita em dias de férias para alguns, como são os dias correntes. Tenho visto gente que anda por aí, quase sem programa, que bem podia aproveitar umas horinhas para visitar este Museu que retrata, com muita nitidez, o amor que os ílhavos têm ao mar e a tudo o que lhe diz respeito. Ali, podem descobrir facetas curiosas da nossa Ria, enriquecendo, por essa forma tão simples, o espírito.

GAFANHA ANTIGA

PORTO DE PESCA LONGÍNQUA
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Aqui fica mais uma foto da GAFANHA ANTIGA. Trata-se de uma Seca de Bacalhau de há décadas. Agora, pelo que sei, o bacalhau é seco em estufas, com temperaturas e humidades controladas, para sair no ponto. No ponto, quer dizer de acordo com os gostos dos portugueses, gostos esses criados há meio milénio. Que estas coisas não podem ser feitas à sorte.
Não sei em que ano foi tirada esta fotografia. Estava por aqui, por casa, perdida no meio de papelada. Penso que já a publiquei, mas não tive tempo de o confirmar. De qualquer forma, o registo é sempre importante, ou não fosse a quadra que atravessamos marcada por umas boas postas de bacalhau, com batatas e couves das terras gafanhoas, mais um ovinho cozido e uns dentes de alho, e tudo bem regado com azeite de qualidade. Claro que nunca falta um bom tinto (tinto, sim senhor, que faz bem ao coração, segundo dizem), mais boa broa.
Se querem um conselho de amigo, esta será uma excelente proposta para a passagem do ano. Há quem vá para outros pratos que nada trazem de novo. Cá por mim, juro que fico por este. No fim de contas, é o que me dá mais gosto saborear. Sempre.
F.M.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

GAFANHA ANTIGA

RESPOSTA A UM DESAFIO
Leitor que gosta de rever o passado desafiou-me a publicar fotos da GAFANHA ANTIGA. Para recomeçar (Já o fiz várias vezes), aqui vai uma foto, com uma informação e um desafio. Foi tirada na década de 40 do século passado. Dou um doce a que souber o nome destas mulheres e em que seca do bacalhau trabalhavam...

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

NATAL - 22

CRISTO,
PALAVRA DE DEUS Antes de o mundo ser mundo, aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e ele mesmo era Deus. Desde sempre ele esteve com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada foi criado. Nele estava a vida, e essa vida era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a venceram. Só aquele que é a Palavra era a luz verdadeira, que alumia toda a humanidade, luz que apareceu neste mundo. Ele veio realmente ao mundo, mas o mundo não o reconheceu, apesar de ter sido criado por meio dele. Veio para o seu próprio povo, que não o quis receber. Mas àqueles que o receberam e acreditaram nele deu o privilégio de se tornarem filhos de Deus.
Do Evangelho de São João

domingo, 24 de dezembro de 2006

A melhor prenda de Natal

O Albano acordou na segunda-feira com o firme propósito de resolver de uma vez por todas o problema das prendas de Natal. Todos os anos sentia o mesmo dilema, sem saber o que oferecer na noite de consoada aos seus familiares. A esposa, essa sim, tinha jeito para tais coisas. Sempre estava mais disponível e não tinha preocupações que a incomodassem. O Albano era diferente. A empresa ocupava-o todos os momentos de todos os dias, ou não o obrigassem a isso a crise económica que domina o país e alguns conflitos com um ou outro trabalhador, que há sempre quem esteja insatisfeito com o ordenado que recebe, como ele tantas vezes dizia. Por isso, escasseava-lhe o tempo para pensar em prendas. Mas o Natal ainda o motivava para se mostrar generoso com quem mais o ajudava nos negócios e com os familiares mais próximos. Restos de uma educação cristã que havia recebido em criança e do ambiente solidário que a época natalícia propicia. 
As prendas dos mais directos colaboradores eram fáceis de encontrar. Mais uns dinheiros, para além do subsídio do Natal e do habitual salário mensal, e não era nada mau. Assim, receber quase três meses de uma só vez sempre será muito bom para que os trabalhadores bem comportados possam passar esta quadra mais folgadamente, costumava dizer o empresário, em jeito de quem gosta de mostrar a sua generosidade. Os outros, os que levam a vida a protestar, esses que aprendam a viver e para o ano logo se verá, sublinhava o Albano, quando alguém o criticava por só olhar para alguns. Agora, com a esposa, filhos e pai é que é mais complicado. 
Com os primeiros, porque ficam sempre descontentes e à espera de mais, e com o velho, internado num Lar da Terceira Idade, porque nunca reclama nada. Que está tudo bem, que os netos é que precisam, que há pobres a quem falta tudo, que há gente que passa fome, que há refugiados de guerra, que há imigrantes entre nós sem trabalho. Mas para ele, que tem cama, mesa e roupa lavada, nada mais é preciso, garantiu no ano passado ao Albano, quando lhe foi levar um livro como prenda de Natal. 
Um livro que o velho afinal nunca abriu. Olhos cansados, uma melancolia que o tem invadido, um gosto pela solidão que ninguém entende, diz a família a quem pergunta por ele. O pai do Albano, Alberto Ferreira, funcionário numa Repartição de Finanças durante uma vida, sempre foi uma pessoa amável e prestável. No fim da carreira, já ajudava a resolver problemas de filhos e netos de contribuintes que o viram entrar na repartição. Conhecia toda a gente e para todos os que se abeiravam dele tinha palavras amigas, entrecortadas pelas últimas anedotas políticas, de que era um exímio mas prudente coleccionador.

GOTAS DO ARCO-ÍRIS - 45

LENHA AMARELA? VERDEAVERMELHADAAZULADA?
Caríssimo/a:
“Em 1900 ainda era frequente
queimar à noite o cepo de Natal.”
Assim escreve o padre João Vieira Resende, na página 257, da “Monografia da Gafanha”. E quando muito se fala em “voltar às origens”, aqui deixo esta imagem de encantamento, como prolongamento da Ceia. Voltaremos a encontrar este “culto do fogo” lá mais para o Verão na inesquecível noite de S. João, quando meninos e moços, saltávamos a fogueira das palhas das favas que se guardavam. Mas fogo aconchegador era o que vomitava as chamas pela porta do forno, mudando as cores do barro das paredes para preparar a fornada do pão ou o assado do carneiro. Menos violento e mais próximo o que acariciava a panela que, nesta Noite, sempre esconderá alguma maravilha (quem sabe, talvez umas enguias...). E nós lá íamos atrás dessas chamas que subiam, desciam, se encolhiam, se retorciam, mudavam de cor, se extinguiam. Pegar no fogo, da bica ou do cavaco, era perigoso!... Onde o encanto do sopro quente que nos fazia proteger os olhos e defender a cara do calor? Uma boa Noite da Ceia! Feliz Natal! Manuel

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