domingo, 24 de dezembro de 2006

GOTAS DO ARCO-ÍRIS - 45

LENHA AMARELA? VERDEAVERMELHADAAZULADA?
Caríssimo/a:
“Em 1900 ainda era frequente
queimar à noite o cepo de Natal.”
Assim escreve o padre João Vieira Resende, na página 257, da “Monografia da Gafanha”. E quando muito se fala em “voltar às origens”, aqui deixo esta imagem de encantamento, como prolongamento da Ceia. Voltaremos a encontrar este “culto do fogo” lá mais para o Verão na inesquecível noite de S. João, quando meninos e moços, saltávamos a fogueira das palhas das favas que se guardavam. Mas fogo aconchegador era o que vomitava as chamas pela porta do forno, mudando as cores do barro das paredes para preparar a fornada do pão ou o assado do carneiro. Menos violento e mais próximo o que acariciava a panela que, nesta Noite, sempre esconderá alguma maravilha (quem sabe, talvez umas enguias...). E nós lá íamos atrás dessas chamas que subiam, desciam, se encolhiam, se retorciam, mudavam de cor, se extinguiam. Pegar no fogo, da bica ou do cavaco, era perigoso!... Onde o encanto do sopro quente que nos fazia proteger os olhos e defender a cara do calor? Uma boa Noite da Ceia! Feliz Natal! Manuel

1 comentário:

  1. Gostei da sua recordaçao.
    E acho todos os seus postes muito interessantes.

    Um abraço do seu assíduo leitor:
    Tomas

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