terça-feira, 3 de outubro de 2006

José Hermano Saraiva celebra aniversário

PROF. JOSÉ HERMANO SARAIVA,
UM MESTRE DA COMUNICAÇÃO
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O Prof. José Hermano Saraiva faz hoje 87 anos. Linda idade para nos mostrar que há pessoas que não envelhecem e que a reforma não pode chegar para quem, como ele, tanto tem para dar à comunidade nacional.
Especialista na arte de comunicar, ninguém neste País, na minha óptica, soube tão bem sensibilizar o povo para as questões da História Pátria, por gestos e palavras, envolvidos por imagens, grandemente expressivos. Na televisão ele é um SENHOR a falar-nos das coisas do nosso passado colectivo. E fá-lo de tal modo que nos prende e nos acicata o gosto pela História de Portugal.
Eu penso que a aposentação não pode nem deve ser um tempo para dormir mais e para nada fazer. A actividade, mesmo que noutras áreas diferentes das que nos envolveram durante muitos anos, tem de ser uma constante na vida. Se quisermos, a reforma poderá ser um tempo de criatividade, de solidariedade, de atenção aos outros, de formação contínua, de contacto com mais gente e de procura de saberes.
O Prof. José Hermano Saraiva aí está para nos abrir os olhos a novos horizontes de uma vida cheia de alegria e de felicidade. A uma vida actuante e estimulante, para nós próprios e para quantos nos cercam, numa perspectiva de todos juntos enriquecermos a sociedade a que pertencemos.
Parabéns, Prof. José Hermano Saraiva, pelo aniversário e pelo seu exemplo.
Fernando Martins

Um poema das Carmelitas do Porto

SOLIDÃO Na hora do pôr do sol, uma gaivota desceu do bando e, no rochedo onde poisou, ficou sozinha a olhar o mar que o sol, ao despedir-se, vai tingindo, para que nele fique um rasto da sua presença luminosa. Na hora do pôr do sol, quem não sentirá o fascínio da solidão?... A solidão, que enche a cela da carmelita e a faz mergulhar em Deus, mar infinito que a atrai, amor sem margens nem ocaso onde ela encontra os irmãos, que só por Deus deixou. Na hora do pôr do sol, quem não sentirá o desejo dum encontro a sós com Deus? Quem não sentirá a nostalgia do Céu?
In “DESERTO… Lugar do Encontro”,
uma brochura editada
pelas Carmelitas do Porto

SEMANA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

Nota Pastoral da Comissão Episcopal da Educação Cristã para a Semana Nacional da Educação Cristã (1 - 8 de Outubro de 2006)
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A FAMÍLIA,
UM BEM NECESSÁRIO
E INSUBSTITUÍVEL
1. De 1 a 8 de Outubro próximo, decorrerá a Semana Nacional da Educação Cristã. É uma ocasião para os educadores cristãos, especialmente os pais e quantos a eles se associem, neste período particularmente favorável de início de mais um ano de actividades, reflectirem sobre a importância da educação e assumirem as responsabilidades próprias da missão que desempenham. Desejamos que o façam pessoalmente e com outros, promovendo as necessárias e variadas iniciativas, nesse sentido. Escolhemos para tema desta Semana Nacional a família, devido à sua permanente actualidade e intrínseca relação com a educação, e acolhendo, simultaneamente, o repto dirigido pelo Santo Padre Bento XVI no recente Encontro Mundial das Famílias: “Proclamar a verdade integral da família, fundada no matrimónio como Igreja doméstica e santuário da vida, é uma grande responsabilidade de todos” (Bento XVI, Palavras do Santo Padre durante a Vigília de Oração. Valência (V Encontro Mundial das Famílias), 8 de Julho de 2006. www.vatican.va).
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VOLUNTARIADO

PORTUGAL ESTÁ CHEIO DE GENTE MUITO BOA
Dirigente com uma idosa
(Foto de arquivo)
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Nas minhas passagens por algumas instituições particulares de solidariedade social, tenho-me apercebido da dedicação dos seus dirigentes e de quantos os acompanham nos seus trabalhos. É gente que não regateia esforços e vive ano após ano cultivando o espírito de servir quem mais precisa, lutando para conseguirem os apoios económicos e outros, sempre indispensáveis para as muitas despesas que é preciso pagar. Depois, e olhando para o lado, tenho tido a oportunidade de confirmar que o voluntariado social é uma realidade muito expressiva no nosso país, não obstante dizer-se que todos fazemos pouco pelos mais carentes de tudo. De dinheiro, de habitação condigna, de pão, de saúde, de afecto. Para além dos que trabalham nas instituições de solidariedade, que são muitos, se tivermos em conta as inúmeras organizações vocacionadas para ajudar quem mais necessitado está, há bombeiros, visitadores de doentes e das cadeias, há voluntários hospitalares, há membros das conferências vicentinas e da cáritas, das organizações não governamentais e de defesa dos animais. Mas também há simples cidadãos que cultivam, no dia-a-dia, o espírito de vizinhança, apoiando os mais doentes e os que estão na solidão, os marginalizados e os sem-abrigo, os refugiados, os imigrantes e os perseguidos, os idosos esquecidos pelas próprias famílias e os desempregados. Afinal, quando se ouve dizer que a sociedade é egoísta, temos de convir que não é bem assim. Portugal está cheio de gente boa, de gente que se dá em vez de dar apenas e sem esperar qualquer recompensa, gente que vive a solidariedade e a fraternidade, permanentemente em luta pela construção de um mundo mais justo e muito mais humano.
F.M.

domingo, 1 de outubro de 2006

IDOSOS

Mais de um milhão vive com menos de 300 euros/mês
Em Portugal, mais de um milhão de idosos vive com um rendimento mensal inferior a 300 euros, denunciou, no Porto, a presidente da Associação VIDA - Valorização Intergeracional e Desenvolvimento Activo. "Os idosos representam 17 por cento da população e mais de 20 por cento do eleitorado, mas a pobreza monetária e literária retira-lhes a força que a sua vantagem numérica lhes poderá conferir", frisou Teresa Almeida Pinto.
A presidente da Associação VIDA, defendeu a inclusão dos idosos na agenda política e nas prioridades nacionais, por considerar que "uma sociedade que se diz desenvolvida não pode continuar a manter vivos, sem expectativas de vida, aqueles que contribuíram para a sua evolução e desenvolvimento".
"Os esforços para produzir mais e melhores anos de vida devem concentrar-se em medidas práticas e não em exercícios demagógicos ou de lamentação infrutífera", disse a responsável pela associação que representa em Portugal a Plataforma Europeia das Pessoas Idosas. Acrescentou que "mais de metade dos portugueses que vivem sós (58 por cento ou cerca de 321 mil pessoas), têm idade igual ou superior a 65 anos".
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Um poema de Nuno Júdice

AS AVES
Afluem às margens, jogam
como se a água lhes pertencesse,
pousam no meio dos arbustos
como se tivessem todo o tempo! No
entanto, sabem que as nuvens
vão encher o céu; e que o norte
irá enviar o vento frio que as
há-de arrastar para sul, deixando
atrás de si o silêncio
nos campos. Mas pouco lhes importa
isso, quando se juntam, e
cantam a efemeridade do
instante.

Um artigo de Anselmo Borges, no DN

Cristianismo e bioética (1)
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"O cristianismo, o catolicismo, não é um amontoado de proibições, mas uma opção positiva. E é muito importante que isto se veja de novo. Creio que se deveria corrigir a imagem segundo a qual semeamos à nossa volta rígidos NÃOS."
Estas afirmações não são de nenhum teólogo progressista, mas de Bento XVI, em Agosto passado, numa entrevista à Deutsche Welle (televisão alemã), à Rádio Baviera e à Rádio Vaticano. O Papa acrescentou: "A Igreja - sabemo-lo pelos inquéritos - é considerada a maior parte das vezes só como uma voz que admoesta ou que inclusivamente trava." E perguntou: "A Igreja não deveria sair desta posição defensiva e assumir uma atitude mais positiva quanto ao futuro e à sua construção?"
Foi com estas citações papais que o teólogo José María Castillo abriu o XXVI Congresso da Associação de Teólogos e Teólogas João XXIII, que teve lugar em Madrid de 7 a 10 de Setembro sobre o tema "Cristianismo e bioética" e no qual tive a oportunidade de participar.
O teólogo jesuíta queria sublinhar que a teologia tem sido frequentemente "um pensamento cativo". Apesar das suas pretensões de cientificidade, tem-se visto dirigida e submetida por uma instância autoritária que, por mais justificada que seja a partir de uma determinada crença religiosa, é "uma instância extracientífica". Ele próprio acabava de ver proibida pela Conferência Episcopal Espanhola a publicação de um livro.
Deste modo - continuou - a teologia católica, depois da grande geração de teólogos que fizeram o Concílio Vaticano II, entrou num empobrecimento crescente. "Ficámos só com uma coisa: o medo. Há hoje muito medo na Igreja. Medo de pensar, de falar, de escrever", um medo tanto mais forte quanto menos consciência se tem dele. A consequência é uma teologia bloqueada, que passou a ser "um pensamento marginal", de tal modo que o que dizem os padres, os bispos, os teólogos "interessa cada vez menos e a menos pessoas".
No entanto, a teologia tem hoje muito a dizer e a muita gente. Aumenta o número de pessoas que fazem "perguntas teológicas": sobre Deus, Jesus Cristo, o sofrimento e a felicidade, o sentido da vida e da morte.
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