terça-feira, 3 de outubro de 2006

Um poema das Carmelitas do Porto

SOLIDÃO Na hora do pôr do sol, uma gaivota desceu do bando e, no rochedo onde poisou, ficou sozinha a olhar o mar que o sol, ao despedir-se, vai tingindo, para que nele fique um rasto da sua presença luminosa. Na hora do pôr do sol, quem não sentirá o fascínio da solidão?... A solidão, que enche a cela da carmelita e a faz mergulhar em Deus, mar infinito que a atrai, amor sem margens nem ocaso onde ela encontra os irmãos, que só por Deus deixou. Na hora do pôr do sol, quem não sentirá o desejo dum encontro a sós com Deus? Quem não sentirá a nostalgia do Céu?
In “DESERTO… Lugar do Encontro”,
uma brochura editada
pelas Carmelitas do Porto

1 comentário:

  1. A solidão, como momento procurado e sentido, é sempre motivo de encontro connosco e com outros.

    M. Rui

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