quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Santiago de Compostela

Santiago de Compostela:
um caminho
de descoberta de Deus
O caminho de Santiago de Compostela tem ganho um grande dinamismo. Diz, quem já o fez, ser um caminho de reconversão e descoberta. O ano de 2004 foi ano de São Tiago.
Com o objectivo de chamar a atenção para este Ano Santo, a Associação Espaço Jacobeu, entretanto formalizada como associação católica, formou-se e muitos são os que a procuram. As principais preocupações variam consoante a altura mas são principalmente "sobre o caminho português, sobre o apostolo São Tiago, sobre o fenómeno em si. No Verão, o maior contacto é já feito por pessoas que desejam partir para a peregrinação, pedem a credencial do peregrino (documento a apresentar durante o caminho de Santiago, que a associação gere e distribuiu), procuram saber dos albergues, como fazer uma mochila...", afirma Amaro Franco da associação. E acrescenta: "estamos disponíveis via Internet, por telefone e também nos pontos de convívio que habitualmente organizamos."
Este fenómeno gera curiosidade também em alguns grupos não católicos, que querem fazer a experiência do caminho e procuram informações sobre quem era São Tiago, o porquê do caminho e o seu lado mais histórico ou cultural.
O objectivo é preparar pessoas para fazer a peregrinação. Desde o início, perceberam o receio de alguns em fazer o caminho sozinhas. "Tentamos encaminhar as pessoas. A própria associação promove uma peregrinação mais profunda com o lema "Não passes pelo caminho, deixa antes que o caminho passe por ti, com grupos mais pequenos", onde se privilegia não os quilómetros percorridos por dia mas antes os quilómetros percorridos interiormente.
Refere que têm "algumas dificuldades em estabelecer os grupos, porque tentamos que todas as peregrinações sejam acompanhadas por guias voluntários, pessoas que já tenham feito o caminho, mas é difícil encontrar pessoas disponíveis".
Reconhce, no entanto, que o trabalho tem sido frutífero. "Temos testemunhado o surgir de vocações no caminho e é interessante constatar um despertar religioso por parte de muitos", aponta Amaro, que finaliza, dizendo, que "o caminho é cristão. Apoiamos quem nos procura, mas consideramos que este pode ser um caminho de pré e de nova evangelização, um caminho de descoberta de Deus".
Para mais informações consultar www.jacobeus.web.pt
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Fonte: Ecclesia

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Concurso de fotografia "A VER A RIA"

ENTREGA DOS TRABALHOS ATÉ DIA 9 DE SETEMBRO
No âmbito do Programa "Sorria - Jornadas da Ria de Aveiro, a Câmara Municipal de Aveiro informa que o Concurso de Fotografia “A ver a Ria” se encontra a decorrer até ao dia 9 de Setembro.
Com o objectivo de promover a Ria de Aveiro e permitir que as mais diversas pessoas possam mostrar um novo olhar sobre a mesma, a Câmara Municipal de Aveiro e as Juntas de Freguesia de Aradas, Cacia, Esgueira, Glória e Vera Cruz promovem um concurso de fotografia intitulado “A ver a Ria”.
O concurso de fotografia “A ver a Ria” surge no âmbito do programa “Sorria – Jornadas da Ria de Aveiro” que tem como principal objectivo sensibilizar os aveirenses para o património cultural e natural que é necessário proteger, revitalizar e promover – a Ria de Aveiro.
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Leia mais em CMA

Um artigo de António Rego

Os momentos
luminosos
O mundo rola com os seus dramas e progressos, na história que prossegue em cada minuto, indiferente aos tropeços de fundo ou de circunstância que cada tempo propicia. O tempo de Verão, entre nós mais institucionalizado como de férias, origina situações pessoais e sociais de grande complexidade. Teoricamente é um tempo de encontro também para as famílias que passam grande parte do ano distantes dos idosos com a patriótica desculpa que o trabalho está acima de tudo. Essa frase deve ser particularmente irritante para aqueles que levaram uma longa vida de trabalho e, agora, mesmo na circunstância (excepcional) duma reforma desafogada, sentem o acumular da solidão, da aparente inutilidade e da falta de resposta para uma pergunta estimulante em cada dia: o que tenho hoje para fazer? A esperança de vida como que se voltou contra a própria vida ao oferecer tempo de sobra para nada fazer. E se os governos se inquietam a fazer contas com pouca gente jovem a trabalhar para muitos idosos, mais complexa é a teia de sofrimentos oriundos duma vida que parece ter perdido o sentido. E não é fatal que assim seja. As contas da natalidade são, por vezes, mal feitas no mundo com maiores recursos. A perspectiva do que é útil ou inútil padece frequentemente de desfoques imediatistas, esvaziados de perspectiva. E os afectos familiares dissipam-se, quantas vezes, por redundância de objectos que se tornam substitutos de pessoas. Não é fatal que o prolongamento de vida gere a maldição da tristeza e do isolamento. Os momentos luminosos de cada existência projectam-se nos tempos onde parecem imperar as sombras. Não é uma teoria de circunstância dizer que a velhice se prepara com o mesmo empenho e carinho com que se prepara o apogeu da vida. A cena da Transfiguração descrita nos Evangelhos transporta-nos a essa luminosidade transcendente de Jesus que no seu próprio coração e no dos discípulos encontrou sentido para as etapas da morte e da ressurreição. Ninguém entende a sua vida sem a referência aos grandes tempos luminosos da sua existência. E em boa verdade ninguém pode dizer que os não viveu.

Imagens da Ria

Museu de Aveiro:
"Mulheres da região de Aveiro",
aguarela de Alberto de Sousa

Um poema de Sebastião da Gama

NAUFRÁGIO 
Não era por mal… 
A onda que vinha 
não vinha por mal. 

Mas veio, mas veio… 
E logo a barquinha 
partiu pelo meio. 

Nem homens, nem velas. 
– : Quanto a bordo ia, 
com fé abalara, 
morreu já sem ela. 

Mas, se a onda veio, 
não veio por mal: 
era irmã daquela 
que chegou à praia, 
que embala barquinhos 
de meninos pobres. 

Os meninos brincam. 
Navegam em barcos 
feitos de cortiça, 
feitos de jornal. 
Quase à mesma hora, 
longe, os pais naufragam 
sem nenhuma ajuda. 

Mas não é por mal…
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 In "Cabo da Boa Esperança"

Museu de Ílhavo celebra aniversário

Homem do Leme, foto de "Faina Maior",
de Francisco Marques e Ana Maria Lopes
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Museu Marítimo com entradas gratuitas hoje ::
O Museu Marítimo de Ílhavo comemora, hoje, o seu 69º aniversário com a inauguração de uma exposição que fará um «Tributo aos Homens que foram para o Bacalhau». Durante o dia de hoje, as entradas são gratuitas, das 10 às 24 horas, como forma de assinalar a data.
O Museu Marítimo de Ílhavo nasceu no dia 8 de Agosto de 1937, começando por assumir uma vocação etnográfica e regional. Constitui o testemunho da forte ligação dos habitantes de desta terra ao mar, e à Ria de Aveiro. Este museu constitui, no edifício que habita deste Outubro de 2001, um belo exemplar da arquitectura moderna em tons de preto e branco.
As comemorações deste 69º aniversário têm início às 18 horas, com a inauguração de uma exposição temporária denominada «Caixa da Memória – Tributo aos Homens que foram ao bacalhau» (instalação e fotografia). Trata-se de um memorial em forma de cubo, onde estão presentes centenas de rostos de protagonistas da «faina maior» (pesca do bacalhau à linha com dóris de um só homem) e respectivos nomes. Esta ideia invulgar, inovadora, e intensa, resultou de um processo de restauro e digitalização do espólio de 20 mil fotografias e fichas de tripulantes de navios bacalhoeiros.
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Leia mais no Diário de Aveiro

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Encontros com a arte

Pintura de Amadeo de Souza-Cardoso
O Caramulo
fica à sua espera
O "EXPRESSO", na sua revista "ACTUAL" desta semana, recomendou encontros com a arte e com a tecnologia, propondo um passeio até ao Caramulo e uma visita ao seu "eclético museu". Diz assim:
"A saída aponta para a N-234 em direcção a Mortágua e ao IP-3. Mas antes, espreite-se a Praia do Curval na Barragem da Aguieira. Depois, em Tondela, procure-se 'Os Três Pipos' para um bom almoço. Por fim, já no Caramulo, o Museu da Fundação Abel de Lacerda fará as honras e a surpresa. Antes de se visitar a colecção de automóveis de todas as épocas - do Peugeot de 1896 ao Lamborghini Miura, passando pelos carros de Salazar -, veja-se o óleo que Picasso ofereceu a este museu, os Vieira da Silva, Amadeo de Souza-Cardoso, um Dali, um Léger, peças de porcelana Ming e outros objectos de igual interesse."