quinta-feira, 22 de junho de 2006

Um poema de Armor Pires Mota

PRECISO DAS PALAVRAS Preciso das palavras como da lua e do vento para me desnudar, no antigo tormento ou lúcida ânsia de inteiro em mim me achar. Preciso das palavras, do seu ouro e fragrância, e dos nenúfares amarelos para no meu rio acordar as luminosas águas da infância.
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In "Tristes Pássaros de Babilónia"

Um artigo de D. António Marcelino

SERÁ TUDO
ASSIM TÃO FÁCIL?
Sempre me mereceram atenção e, por vezes, me preocuparam bastante, os problemas do ensino e da escola. Todos sabemos que são problemas que mexem com a vida das pessoas no seu presente e futuro, e que têm sempre repercussão na sociedade, na vida que se vive e no que dela se espera. Quando a escola não funciona e o ensino não tem projecto, tudo nas pessoas vai empobrecendo e perdendo o seu sentido. Vi com entusiasmo a democratização do ensino e as escolas mais perto das pessoas; vi com alegria muita gente humilde a fazer cursos superiores e a ocupar lugares cimeiros em instituições sociais; pareceu-me ver que o interesse pela cultura já ia, em alguns, para além do emprego futuro, sempre justificado, como é óbvio, e estava ganhando lugar em mais gente do que a privilegiada de outras eras e classes sociais. Ao longo de meses, a preocupação inicial pelo ensino e pela escola foi redobrando. Desde há tempos, já podemos falar de anos, me vai parecendo, no entanto, que, em campo de tanta responsabilidade, mais dominam a superficialidade, a perturbação e o pessimismo, do que a preocupação de construir com objectividade, realismo e esperança e em colaboração clara. As últimas medidas do Ministério, se aparecem com algum realismo em aspectos diversos do diagnóstico dos problemas emergentes, aparecem, também e muitas vezes, desadequadas e provocando lutas evitáveis, que prejudicam o entendimento e a cooperação, ante os problemas que se torna urgente enfrentar. Nunca será medida acertada levantar muros e provocar suspeitas e divisões entre pais e professores. Nem entregar os problemas mais graves e salientes, bem como as suas soluções, apenas a técnicos jovens, com conhecimentos estreitos em relação ao passado, e horizontes que parecem não ter nem balizas, nem regras, em relação ao futuro. Não creio que se resolva o problema da matemática com dois professores por turma, nem o do português, clamando que os alunos não raciocinam e que é preciso fazê-los raciocinar… Como não me parece ver os alunos do básico todos bem comportados e aliviados por não terem trabalhos de casa, ou bem preparados para a vida porque aprendem no jardim-de-infância a mexer no computador ou a falar inglês, com uma ajuda de um professor importado de uma qualquer escola de línguas, pondo de lado tantos de igual saber, com horário zero nas escolas do Estado. Ou fiquem melhores alunos e cidadãos quando, por força de um laicismo cego, se dificulta o ensino da educação moral e religiosa nas escolas básicas, com os pais a pedi-la para os filhos. Tudo isto me parece não passar de mezinhas baratas de quem não vai ao fundo das questões, vive à margem da vida real e não tem a visão larga e liberta de querer mesmo proporcionar uma educação com os valores, indispensáveis a uma vida séria e honesta. Um dia, o meu professor de matemática, homem sábio das coisas da vida, perante a minha interrogação de que servia a matemática para quem queria apenas ser padre, respondeu-me assim: “A matemática, meu rapaz, serve para lubrificar a inteligência.” Nunca mais o esqueci, porque a vida me tem mostrado que a nossa gente nova está hoje mais influenciada pelo que anestesia a inteligência e dispensa de raciocinar. Daí a dificuldade da matemática e do português, o considerar-se dispensável a filosofia e fazer da história contrapeso cultural, que ocupa uma menosprezada faculdade, a memória… As coisas por onde passa a vida não são tão fáceis como se pode pensar, mas parece que se pensa cada vez menos, nas coisas que fazem parte da vida. Creio que não vamos a parte nenhuma, neste como noutros campos, se não se desfaz o fosso que separa as cúpulas das bases, e se não aproveita o saber de muita gente que não aprendeu apenas nos livros. Ter o poder, não é sempre ter o saber, em exclusivo.

RELIGIÕES EM PORTUGAL

Um contributo
para conhecer
a religião em Portugal
Um contributo para a compreensão do fenómeno religioso em Portugal. É desta forma que a socióloga Helena Vilaça caracteriza a obra "Da Torre de Babel às Terras Prometidas". A publicação, lançada no Porto, resulta de um trabalho de pesquisa sobre o pluralismo religioso em Portugal, uma forma de conhecer a evolução do fenómeno no nosso país. Helena Vilaça, socióloga e autora do livro, diz tratar-se de um tema que tem sido pouco estudado e justifica: "Porque é uma sociedade quer do ponto vista religioso e estatístico, quer do ponto de vista cultural, profundamente católica". O tema da pluralidade está presente no título - "Da Torre de Babel às terras prometidas": Cada grupo religioso constrói a sua «terra prometida», independentemente da crença que a pessoa possa ter", sublinha a socióloga.
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Fonte: RR

Fogos florestais

Cavaco Silva
apela ao contributo
dos cidadãos
na prevenção
contra incêndios
O Presidente da Republica, Aníbal Cavaco Silva, apelou hoje a um maior "sentido de responsabilidade" por parte dos cidadãos de modo a diminuir o risco de fogos florestais. "O combate aos incêndios é um desafio colectivo e por isso apelo à consciência e sentido de responsabilidade dos portugueses para que actuem de forma a diminuir os riscos" de incêndios, afirmou o Presidente da República, acrescentando que, nesse sentido, é necessário o "cumprimento das regras e orientações, sendo essa a responsabilidade de todos". Em visita ao Serviço Nacional Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), em Carnaxide, Cavaco Silva disse que "aos bombeiros e protecção [civil] exige-se muito, mas cada um dos cidadãos tem o dever de contribuir para actuar e ajudar a fazer face ao flagelo que são os incêndios", referiu o chefe de Estado. O Presidente da República destacou o esforço de melhoramento da organização, meios e coordenação do SNBPC. "Hoje, estamos melhor preparados para atacar à nascença os fogos que podem surgir, mas nunca podemos garantir os controlo de todos os fogos", declarou.
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Fonte: "PÚBLICO" online

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Prevenir Riscos Naturais

Estrutura congrega Universidade e entidades públicas

Nasce no Porto centro para estudar e prevenir riscos naturais

A Universidade do Porto (UP) criou um centro de investigação para estudar e prevenir riscos naturais, tendo em conta a importância crescente desta problemática nas sociedades contemporâneas. O Centro de Estudos de Risco da Universidade do Porto (CERUP) insere-se numa «lógica de reforço da capacidade institucional da Região Norte no domínio da relação entre riscos naturais e tecnológicos, património e ordenamento», explica a UP em nota informativa.
Conta desde já com a participação de um leque variado de entidades como a Câmara Municipal do Porto, Instituto da Água, Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), Associação Florestal de Portugal e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.
Este centro interdisciplinar terá como principal objectivo realizar estudos, trabalhos laboratoriais e investigação científica em áreas como gestão de riscos em centros históricos, preparação de cartas de risco e estudos sobre o litoral e as paisagens atlânticas e mediterrânicas, formação de profissionais do património e da protecção civil ou análise comparativa de políticas, procedimentos e instrumentos de prevenção e intervenção em situações de emergência.
Segundo a UP, o resultado prático do conhecimento produzido no âmbito do CERUP «revelar-se-á em propostas às instâncias e entidades oficiais competentes, bem como a organizações e empresas privadas, para a adopção de medidas, procedimentos ou normas que possam concorrer para a consciencialização dos riscos que envolvem a sociedade e das formas de os controlar».
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Leia mais em "Jornal Digital"

Parceria UA, CMA e TA

"Viver Aveiro"
é a nova
agenda cultural
da cidade
Uma renovada agenda cultural está desde 16 de Junho disponível a todos os aveirenses e turistas que visitam a cidade. Resultado de uma parceria entre a Universidade de Aveiro, Câmara Municipal e Teatro Aveirense, a agenda passa a dar-lhe mensalmente, e de forma integrada, toda a informação sobre a oferta cultural da cidade. Chama-se "Viver Aveiro", é de distribuição gratuita, tem uma periodicidade mensal e pode encontrar-se em quiosques, juntas de freguesia, hotéis e outros espaços da cidade. A agenda cultural engloba informações relativas a dança, cinema, colóquios, feiras e festas, exposições, música, espectáculos infanto-juvenis, teatro, livros e leituras, e dedica ainda um espaço a informações sobre a oferta de restauração e alojamento na cidade. De acordo com o Vice-Reitor da UA, Prof. Manuel Assunção, a cidade passa a dispor de “um livrinho que permite às pessoas de Aveiro e aos seus visitantes terem uma ideia concreta, integrada e actual sobre a oferta cultural da cidade. Não se trata apenas de compilar as propostas dos vários agentes parceiros, mas de caminhar para a concepção da oferta cultural de forma integrada, para termos propostas complementares em vez de sobreposições”.
A agenda cultural foi apresentada no passado dia 16 de Junho à imprensa pelos representantes das três instituições parceiras: Prof. Manuel Assunção (UA), Vereador Miguel Capão Filipe (CMA) e Directora do Teatro Aveirense, Dra. Maria da Luz Nolasco.
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Fonte: UA on-line

Mais apoios para quem mais precisa

GOVERNO QUER
REFORÇAR APOIOS
A PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA
O Governo quer reforçar o apoio às pessoas com deficiência, tanto no que toca à pensão como à sua reinserção mais fácil no mercado de trabalho. Esta é uma das propostas que constam do último documento que o ministro Vieira da Silva entregou aos parceiros sociais. Também os abonos das crianças de famílias monoparentais podem crescer e os órfãos vão ver as pensões aumentadas. As pensões para os órfãos de pai ou mãe vão aumentar em 25 por cento, no caso de um descendente, 40 por cento quando forem dois, ou 50 por cento quando houver três ou mais filhos sem um dos progenitores. Quanto aos cônjuges sobrevivos, o Governo quer introduzir o princípio da diferenciação positiva, o que implica a apresentação da prova de rendimentos. Para as pensões de invalidez, o Governo propõe o aumento no caso de grande ou total incapacidade dos indivíduos. Mas também quer rever o regime de acumulação de pensão de invalidez com rendimentos do trabalho, de forma a que as pessoas que tenham condições físicas, continuem no mercado de trabalho. Quanto aos portadores de deficiência, o Governo quer diferenciar a atribuição da prestação em função da idade: menores ou maiores de 18 anos, grau de deficiência e rendimentos do agregado familiar. Finalmente, também os filhos de famílias monoparentais podem receber um abono um pouco mais alto do que o normal. Em média, 10 por cento a mais, mas tendo em conta os rendimentos do agregado familiar e a sua composição.
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Fonte: RR

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