domingo, 12 de março de 2006

Um artigo de Tiago Mendes, no Diário Económico

Deficiências
Um desejo:
que o tema dos direitos dos deficientes não fique apenas na agenda da Primeira Dama. Há uma magistratura de influência por cumprir
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Muitas coisas separam Portugal de Inglaterra. Uma é evidente: a forma como os deficientes se integram na sociedade. Algo que põe à prova, mais do que o sentido de justiça social, o valor da cidadania de um país. Em Oxford, não se sente o ostracismo relativamente aos deficientes que há em Portugal. Apercebemo-nos disto um pouco por toda a parte: das universidades aos teatros, das discotecas aos ginásios. E, claro, na rua, onde reaprendemos a olhar o deficiente como um cidadão igual aos outros. Sem qualquer reacção especial. Sem a escolha angustiante entre olhar e não olhar. A ”normalidade” no tracto social é um dado adquirido. O exemplo maior? Enquanto o português discute o politicamente correcto da denominação ”pessoa com deficiência” face a ”deficiente”, os ingleses têm, na famosa série ”Little Britain”, um personagem que anda de cadeira de rodas sem precisar dela, divertindo-se à custa do amigo. Já dizia Pessoa que um dos traços distintivos entre os homens é a qualidade da ironia, marca superior da civilidade.
O sentido de justiça para com os deficientes diz muito do país que somos. Sobretudo em relação aos que não têm qualquer responsabilidade pela deficiência que possuem. Em Portugal, existe uma miríade de leis por cumprir. Na Inglaterra, não. Os edifícios têm acessos adequados e os passeios estão rebaixados. As universidades garantem igualdade de oportunidades no acesso, na frequência e na avaliação dos estudantes. É comum vermos cadeiras de rodas mecanizadas e cães-guia pela cidade. Um cão-guia custa três anos de treino e cerca de 20 mil euros. As cadeiras não serão baratas. A diferença nos níveis de vida é real, mas acaba por ser uma questão menor: o importante é a igualdade de oportunidades na sociedade em que se vive.
Na política portuguesa há pouco interesse no tema, não obstante a minoria silenciosa de 500 mil portugueses com algum tipo de deficiência poder mudar uma eleição. Três razões ajudam a perceber o porquê disso. Primeira: a inveja, pouco convidativa a olharmos para aqueles que têm menos ”projecção social” do que nós. Segunda: uma débil consciência cívica, favorável à continuação do estado das coisas. Terceira: a dependência do Estado, uma forma de alívio rápido para as consciências de muitos. A Inglaterra notabiliza-se também aqui, por ter visto crescer, a par da liberdade, um forte espírito de comunidade, onde a participação do cidadão no espaço público é uma imagem de marca. E onde os ‘lobbies’ têm um papel natural, havendo alguns que lutam pelos direitos dos deficientes, algo pouco visto em Portugal. O que nos leva - no contexto da tomada de posse do novo Presidente da República - a juntar ao desejo de ”boa sorte”, este outro: que o tema dos direitos dos deficientes não fique apenas na agenda da Primeira Dama. Há uma magistratura de influência por cumprir.
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Publicado no Diário Económico, a 8 de Março de 2006

GOTAS DO ARCO-ÍRIS - 8

E DEUS FEZ UMA ALIANÇA!...
Caríssimo/a:
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Andávamos nós muito divertidos, quando fomos confrontados com a doença... Ainda bem que tudo parece ultrapassado pois, de repente, surge-nos um texto que responderá ou não às nossas inquietações e perplexidades: traz-nos a própria voz de DEUS.
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“DEUS disse a Noé e seus filhos: Estabelecerei a minha aliança convosco, com a vossa descendência e com todos os seres vivos que vos acompanham: as aves, os animais domésticos, os animais selvagens que estão convosco, todos quantos saíram da arca e agora vivem na terra...
DEUS disse ainda: Este é o sinal da aliança que estabeleço convosco e com todos os animais que vivem entre vós, por todas as gerações futuras: FAREI APARECER O MEU ARCO SOBRE AS NUVENS, QUE SERÁ UM SINAL DE ALIANÇA ENTRE MIM E A TERRA. Sempre que eu cobrir a terra de nuvens e aparecer nas nuvens o ARCO, recordarei a minha aliança convosco e com todos os seres vivos e nunca mais as águas formarão um dilúvio para destruir todas as criaturas.”
E se DEUS disse, está dito!...
Sobre a semana que passou apenas duas pequenas gotas que, na sua frescura, me permitam prestar homenagem sentida a João Cidade e à Mulher.
João Cidade, português, mais conhecido no Mundo por S. João de Deus, é um exemplo vivo de louco pelo Homem! Arco altaneiro que abrigou e continua a abrigar os mais de menos que a sociedade enjeita e repele...A sua obra aí está para quem quiser ver.
À Mulher e da Mulher outros dirão o que é bom que se diga; por mim, levanto aqui o meu arco a todas as Mulheres que me têm ajudado (e continuam a ajudar) a crescer. E se as actuais o permitirem, gostaria de trazer para junto de nós aquelas heroínas que, na sua humildade e no seu labor silencioso, fizeram a nossa Terra. Bem hajam!
Manuel

Uma reflexão do padre João Gonçalves, pároco da Glória

Oferta estranha
Há quem dê do que sobra; há quem dê do que faz falta - já custa mais. Mas há quem se dê a si mesmo - em tempo, em presença, em vida por vida. Ao Patriarca Abraão foi pedido que oferecesse o próprio filho; a sua atitude interior foi de disponibilidade ainda que, certamente, de interrogações e sofrimento.
Deus fez o mesmo; quando entendeu necessário para nós, ofereceu-nos o Seu Filho Jesus. E se a Abraão Deus dispensou do acto da oferta de Isaac, com Jesus não fez o mesmo: deixou que o processo fosse até ao fim, e acabou em oferta de cruz.Era preciso salvar a Humanidade e recriar no Homem o sentido da esperança; e, quando se ama, faz-se tudo pelo amado, nem que vá até ao Calvário ou à morte.
Deus está por nós; está do nosso lado, apesar das nossas infidelidades; vem ao nosso encontro, por ruas e avenidas, pelos montes e vales; e não desiste de procurar quem se perdeu, e oferece sempre novas oportunidades, a maior das quais foi a oportunidade de Se fazer encontrar connosco, no Seu Filho muito amado, entregue em oferta por todos nós.
Da nossa parte há-de ficar sempre lugar para a gratidão, gentil e delicada. Afinal, amor paga-se com amor!
: In "Diálogo", 1065 - II DOMINGO DA QUARESMA - Ano B

sábado, 11 de março de 2006

AVEIRO: Feira de artes e ofícios

FEIRA ARTES E OFÍCIOS
12 DE MARÇO DE 2006
A Feira das Artes e Ofícios vai ter lugar no próximo Domingo, dia 12 de Março de 2006, das 8 às 19 horas, nas Praças 14 de Julho e Joaquim Melo Freitas.
De realçar que a Feira das Artes e Ofícios tem por objectivos reavivar tradições e mostrar o que de melhor se faz em artesanato, transmitindo cultura e saberes às gerações mais novas.

Presidente da CNIS aplaude José Sócrates

Rede Nacional de Equipamentos Sociais
vai ser alargada O Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) está satisfeito com as medidas hoje anunciadas por José Sócrates, para o Programa de Alargamento da Rede Nacional de Equipamentos Sociais (PARES). Este Sábado, o primeiro-ministro apresentou, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, o programa que prevê um investimento de 450 milhões de euros, verba a aplicar nos próximos quatro anos, e que irá criar mais de 15 mil postos de trabalho e 45 700 vagas em creches, centros de actividades ocupacionais, lares residenciais, serviço de apoio domiciliário a pessoas com deficiência, centros de dia, lares de idosos e serviço de apoio domiciliário a idosos.
Para o presidente da CNIS, Pe. Lino Maia, “estas medidas são muito oportunas”, disse à Agência ECCLESIA, sublinhando que “serão estas as áreas em que é mesmo preciso apostar”.
O Programa PARES vai-se realizar através de parcerias com as câmaras municipais e com as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e também com os privados.
Segundo o Pe. Lino Maia, não se trata de “apoio a instituições lucrativas” que, faz questão de salientar, “têm também um trabalho grande a desempenhar na área” mas, explica, “o que está em agenda é apoiar fundações que têm intervenção na área social e que não são propriamente lucrativas”. Esta foi, pelo menos, a explicação que o presidente da CNIS obteve do ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, num encontro que tiveram recentemente, revelou. “Do encontro que tive com o senhor ministro fiquei agradado e acho que está no caminho certo”.
O programa que José Sócrates hoje apresentou foi referenciado pelo próprio a 24 de Fevereiro no Parlamento, e sobre este o Pe. Lino Maia tinha manifestado à Agência ECCLESIA dúvidas em saber se os apoios anunciados para os equipamentos sociais contemplavam, ou não, as instituições com fins lucrativos. “Foram feitas afirmações que pareciam indiciar a disponibilidade para apoiar organizações lucrativas. Não houve um esclarecimento do que se pretendia de facto dizer”, comentou hoje o Pe. Lino Maia.
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Fonte: Ecclesdia
Foto de Dinis Alves, do Solidariedade

As minhas escolhas

No DN, pode ler "O Iraque e a revolução falhada", um artigo deFranc isco Sarsfield Cabral. No mesmo jornal, sugiro a leitura de mais este texto: "O que vai mudar nas nossas cidades" .
No Diário de Aveiro, há este texto que vale uma reflexão: "Sócrates pede a Aveiro para 'puxar pelo país'".

Desemprego não pode deixar-nos tranquilos

Consciências não podem sossegar perante a falta de emprego
O presidente da Comissão Coordenadora das Semanas Sociais Portugueses considera que as consciências não podem ficar sossegadas perante o drama do desemprego, que afecta pessoas de todas as idades.«Por respeito para quem está em situações dramáticas de falta de colocação, não é sério ficarmos agarrados a ideias feitas ou atribuindo responsabilidades a quem, com realismo, não pode resolver todos ou a maior parte dos problemas», afirmou Manuel Porto.
Este responsável manifestou algumas inquietações, ao falar do «orgulho » com que os europeus falam do seu modelo social. «Temos o direito de o manter sem nenhuma alteração quando as estatísticas mostram que na “eurolândia” a taxa de desemprego é de 8,3 por cento, com uma taxa de crescimento que se queda por 1,6 por cento? », interrogou.
Em contraponto, apontou o bloco norte- -americano «criticável a muitos propósitos, “desconhecendo” incompreensivelmente carências básicas de tantos cidadãos, mas com índices de crescimento anual muito mais elevados – 3,6 por cento – e uma taxa de desemprego de 4,9 por cento, quase metade da “eurolândia”». «Talvez o caminho correcto esteja de permeio, numa sociedade com uma ampla cobertura social que permita, por isso mesmo, uma flexibilidade e uma participação maiores», afirma.
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Fonte Ecclesia

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