terça-feira, 7 de março de 2006

Um poema de João de Barros

João de Barros

Invocação à terra 

Oh! terra! Oh! terra sã da minha Pátria! 
Eu ouço 
No peito, a crepitar, teu riso fresco e moço, 
No meu corpo a canção dos teus ritmos leais. 
Tudo o que em ti é vida e juventude eterna, 
Sinto-o na minha carne e em meu sangue mortais. 
Tua seiva amorosa e tua força terna 
Traz quimeras à alma e rosas aos rosais … 
Aprendi a chorar com o teu chorar de fontes, 
Aprendi a ambição olhando os horizontes 
E escutando o fragor do teu mar de epopeia! 
E, na volúpia ardente ou na divina ideia, 
No orgulho que exaspera ou na glória que vence, 
Sei que nada, afinal, criei ou me pertence: 
– Sei que triunfa em mim somente essa energia 
Que é pomar, é vergel, é canto matinal, 
É onda que palpita, é sol que me alumia, 
É brisa da manhã, é doçura e alegria 
É tudo o que tu és, terra de Portugal! : 

João da Barros (1881 – 1960), 
in “Oração à Pátria”

Os meus destaques

No DN, pode ler "Responsabilidade partilhada", um artigo do Prof. Adriano Moreira. No mesmo jornal, vale a pena ler, também, "Jorge Sampaio, o Presidente-cidadão", do Prof. José Medeiros Ferreira.

Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

Los Angeles,
o Retrato
de uma Cidade O thriller, filme de acção e contexto geralmente policial, é hoje um dos géneros mais frequentes no cinema americano. Quando possível procura-se fugir às linhas mais batidas, de forma a que o espectador não seja levado a sentir-se a rever obras anteriores. «Colisão» é, sob este aspecto, um caso muito particular. O filme contém todos os elementos para se incluir no género referido. Tem acção, muita polícia e muitos criminosos, e vê-se bem a luta entre as duas frentes. Mas, habilidosamente, o realizador Paul Haggis evita qualquer situação de violência gratuita e limita a acção ao que se torna necessário em termos da narrativa.
Não há excessos, não há uma concentração excessiva sobre qualquer das personagens, diversificando-se a acção por múltiplas pequenas histórias que se cruzam entre si.
O que se obtém é o retrato de Los Angeles e da sua população, dos choques sociais em que se realça o racismo, seja ele da maioria sobre as minorias seja a inversa, também ela bem viva na população.
Para defesa do povo há a polícia, mas também esta tem elementos de carácter mais que duvidoso, o que torna difícil a sobrevivência dos mais fracos.Dentro de um contexto bastante sombrio o filme deixa saída para algum optimismo, mostrando inclusivamente a possibilidade de regeneração quando obtidas as condições adequadas. Aprofunda o estudo do carácter de alguns intervenientes, mesmo quando estes passam no filme em sequências relativamente breves, mas que não deixam por isso de ser muito expressivas.
«Colisão» distingue-se assim pela originalidade e eficiência na forma de tratamento e, sobretudo, por um conteúdo temático muito equilibrado, que nos dá o retrato vivo da cidade, dos seus problemas raciais e dos processos de actuação policial, que variam entre a dedicação exemplar e a defesa de interesses pessoais em prejuízo de terceiros.

Quaresma: Mensagem do Bispo de Aveiro

Levanta-te e anda!... Longo caminho te resta para andar
"É meu dever denunciar a presença, triste e ruinosa, do pecado em nós e no nosso mundo e anunciar, ao mesmo tempo, o mistério do amor misericordioso de Deus Pai, manifestado e realizado em seu Filho Jesus, para a salvação de todos. Apelar, por fim, à esperança, que é a luz que comanda a vida do espírito, neste mundo onde escasseia o amor e a paz."
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(Para ler toda a mensagem, clique aqui)

segunda-feira, 6 de março de 2006

D. José Policarpo: Nem tudo o que é legal é moral

Cardeal-Patriarca de Lisboa apela à objecção de consciência contra leis imorais

O Cardeal-Patriarca de Lisboa abordou ontem a relação da Fé com a legislação civil, criticando “uma tendência facilitante” que considera que é moral tudo aquilo que é legal.“Nem tudo o que é legal é moral. Esta é uma tendência facilitante, a de considerar que o que é legal é moral. E pode haver leis civis, que se os cristãos as aplicarem a si mesmos, pecam, ofendendo gravemente a Deus. Em certas circunstâncias devem mesmo recusar-se, através do estatuto de ‘objectores de consciência’, a participar na sua aplicação”, explicou.

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(Para ler mais, clique aqui)

Os meus destaques

No Diário de Aveiro, pode ler "Perda de regalias sociais e fiscais inviabilizam casamento católico", um texto de Eduardo Jaques.
No Diário de Notícias, vale a pena ler "A arte como ferramenta essencial da educação", um texto de Maria João Caetano Paulo Thai.

domingo, 5 de março de 2006

As minhas escolhas

1 - Um artigo de Anselmo Borges no DN Poder dominar ou criar?
"O poder pode corromper. O poder absoluto corrompe absoluta-mente. Daí, a necessidade da divisão e separação dos poderes."
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2 - Um artigo de Luís Queiró, no DN
"Há momentos em que a defesa dos nossos interesses, em particular da língua portuguesa, é simples de concretizar. Basta decidir."