terça-feira, 27 de dezembro de 2005

Um poema de José Saramago

  


É TÃO FUNDO O SILÊNCIO 


É tão fundo o silêncio entre as estrelas. 
Nem o som da palavra se propaga, 
Nem o canto das aves milagrosas. 
Mas lá, entre as estrelas, onde somos 
Um astro recriado, é que se ouve 
O íntimo rumor que abre as rosas. 

n “Provavelmente Alegria”

DIRECTORA DA "XIS" no CUFC

Posted by Picasa Laurinda Alves Laurinda Alves em Aveiro com cinco ideias para se ser feliz
A jornalista Laurinda Alves vai estar no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), em Aveiro, em mais uma sessão do “Fórum Universal”, um espaço mensal de debate e encontro de ideias com figuras de relevo. O encontro está marcado para o dia 4 de Janeiro de 2006, quarta-feira, às 21 horas, e tem entrada livre.
Laurinda Alves, que vai estar no CUFC pela segunda vez, é directora da revista “XIS", onde propõe sempre ideias para pensar. "XIS" é uma revista que sai com o jornal "Público", ao sábado, apostando num jornalismo pela positiva, que dá gosto ler semana a semana.
No CUFC, a jornalista vai partilhar os seus projectos sobre “escrever pela vida, o gosto de existir”, esperando-se que ofereça, ainda, aos que comparecerem, cinco ideias para se ser feliz.

Morte de João Paulo II marcou o ano televisivo

Posted by Picasa JOÃO PAULO II: o Papa mais mediático
O “ano televisivo” que está prestes a terminar foi marcado pela morte do Papa João Paulo II, ocorrida no início do mês de Abril, personalidade a quem todos os canais portugueses deram grande destaque, quer no acompanhamento informativo da sua doença, que se agravou consideravelmente no primeiro trimestre de 2005, quer durante o longo período da sua agonia e morte. As exéquias do Papa polaco mereceram, inclusivamente, uma das mais prolongadas emissões da história da televisão. Desde a sua morte até ao momento da sepultura na Basílica de São Pedro, todos os canais nacionais deram ainda grande destaque à vida e à mensagem do “Papa Peregrino”, apresentando diversos documentários, reportagens e entrevistas relacionadas com a personalidade do Sumo Pontífice.
Considerado por muitos como “a mais importante figura do século XX”, João Paulo II é tido como o “Papa mais mediático” da História da Igreja, sendo acompanhado, no seu sofrimento e morte, por biliões de telespectadores em todo o planeta. Não admira, pois, que durante esta semana, em que as televisões fazem um “balanço” dos acontecimentos mais importantes ocorridos durante o ano de 2005, a figura de João Paulo II esteja de novo em destaque. Mas se o Papa polaco marcou o “ano televisivo”, também outros acontecimentos mereceram realce nos canais portugueses ao longo dos últimos doze meses, acontecimentos que durante esta semana serão recordados por todas as estações televisivas.
De entre esses eventos, evidenciamos, no que diz respeito ao mês de Janeiro, a morte do actor português Henrique Canto e Castro, falecido aos 74 anos de idade.
No mês de Fevereiro, outra morte marcou os espaços informativos das televisões: o falecimento da Irmã Lúcia, ocorrido dias depois da morte de Adriano Cerqueira, um dos rostos mais conhecidos da televisão portuguesa e bracarense de origem.
O mês de Março ficou marcado, sobretudo, por um sismo ocorrido na Indonésia, na sequência do qual morreram cerca de duas mil pessoas e que, pela sua intensidade (8,7 graus na escala de Richter) fez temer por uma “reedição” do tsunami ocorrido em Dezembro de 2004 no sudeste asiático, e que matou 280 mil pessoas.
Em Abril, para além da morte de João Paulo II, o destaque televisivo foi para a eleição do novo Sumo Pontífice (Bento XVI), que recaiu sobre o Cardeal alemão Joseph Ratzinger, de 78 anos, que ocupara, durante o pontificado do Papa polaco, o cargo de Prefeito da Congregação da Fé.
Ainda durante o quarto mês do ano, a televisão deu especial realce à morte do Príncipe Rainier, do Mónaco, embora o facto de este óbito ter ocorrido aquando do falecimento de João Paulo II lhe tenha retirado grande parte do “impacto mediático”.
Fonte: Ecclesia, citando Diário do Minho

ANTÓNIO GUTERRES eleito personalidade do ano

Posted by Picasa IMPRENSA ESTRANGEIRA QUE TRABALHA EM PORTUGAL ESCOLHE ANTÓNIO GUTERRES PARA PERSONALIDADE DO ANO NO NOSSO PAÍS
A Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal (AIEP) escolheu António Guterres como personalidade portuguesa do ano de 2005, informou a TSF. Segundo o presidente daquela associação, Ramón Font, a escolha ficou a dever-se, sobretudo, à nomeação do ex-primeiro-ministro de Portugal para a missão de Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). A AIEP sublinha que “A nomeação para este cargo representa um reconhecimento do prestígio internacional e do perfil humanista do ex-primeiro-ministro e ex-presidente da Internacional Socialista”. E diz, também, que a chegada de um português ao cargo da ACNUR “eleva ainda mais o prestígio e a notoriedade internacional de Portugal”. Quando é certo que nem sempre somos justos para com os nossos compatriotas que se distinguem pelo seu trabalho em prol dos outros, esta escolha da Imprensa Estrangeira que trabalha no nosso País veio mostrar que, por vezes, os que estão de fora vêem melhor os nossos valores do que nós próprios. Permitam-me que enalteça esta escolha pela justiça que representa para um homem que, para além de político, nunca deixou de ser um cristão com enormes preocupações sociais, sendo hoje considerado um grande humanista, de quem depende o futuro de milhões de refugiados em todo o mundo. F.M.

CÁRITAS PORTUGUESA e as vítimas do 'tsunami'

Cáritas agradece solidariedade dos portugueses para com as vítimas do sudeste asiático
No dia 26 de Dezembro assinalou-se o primeiro ano da tragédia que assolou o sudeste asiático. Foi um acontecimento que marcou a humanidade devido ao número de vidas ceifadas e à miséria que espalhou, mas também pelo “tsunami” de solidariedade que inundou todos os recantos do mundo.
Os portugueses deixaram-se envolver nesta enorme onda de solidariedade, manifestando, de novo, não serem indiferentes perante o sofrimento dos seus semelhantes, mesmo que não lhes conheçam o rosto e o nome. Nessa ocasião, sentimos a confiança que os portugueses depositam na Caritas, tendo-nos entregue os seus donativos que totalizaram a importância de 5.272.659,35€.
Com esta expressiva solidariedade realizámos, e continuamos a realizar, sob a coordenação da Caritas Internationalis, acções de socorro às vítimas e de reabilitação de habitações, de postos de trabalho e de equipamentos públicos.
É tudo isto que queremos dar a conhecer a todo o país, agradecendo tão generosa solidariedade. Não só é um dever, como um imperativo decorrente da necessidade de grande transparência que impõe a utilização de recursos que nos são confiados.
Nesta data não podemos esquecer todos aqueles que pereceram em consequência desta tragédia. Deste modo, no dia 26 de Dezembro, pelas 18 horas, foi celebrada uma Eucaristia, em todas as Dioceses de Portugal, de sufrágio pelas vítimas e de acção de graças pela solidariedade de todo o mundo, em particular dos portugueses.

sábado, 24 de dezembro de 2005

NATAL: Um texto do biblista Joaquim Carreira das Neves

Posted by Picasa Madona e o Menino, de Rafael O nascimento de Jesus segundo os Evangelhos
Todos os anos, ao celebrarmos o Natal de Jesus, nos encontramos com figuras e factos que evocam a memória desse Natal de há dois mil anos. Vivemos de memórias e somos uma memória viva. Não há história sem memória nem memória sem história. Ao lermos o Evangelho de S. Mateus, nos dois primeiros capítulos, cheios de encanto e significado, passam por nós os reis magos, a estrela, o encontro dos magos com Herodes, a adoração do Menino, a fuga para o Egipto, o massacre dos inocentes, o regresso do Egipto e a vinda para Nazaré, dois anos e tal depois de se refugiarem no Egipto. Porém, ao lermos o Evangelho de S. Lucas, também nos dois primeiros capítulos, deparamos com figuras e factos completamente distintos dos de S. Mateus: o anúncio do nascimento de S. João Baptista a seu pai Zacarias, o anúncio do nascimento e Jesus a sua mãe, através do arcanjo S. Gabriel, a visita de Maria a Santa Isabel, o nascimento e circuncisão de Jesus no Templo de Jerusalém, juntamente com Simeão e Ana, o regresso da Sagrada Família a Nazaré, apenas uns quinze dias depois do nascimento, e, finalmente, o encontro de Jesus no Templo.A apresentação destas figuras e factos tem um objectivo: fazer com que o leitor perceba que as figuras e factos narrados em S. Mateus não são os mesmos que em S. Lucas. De comum, os dois evangelistas só têm a conceição virginal de Jesus e o nascimento em Belém. Não seria mais normal que ambos apresentassem as mesmas figuras e factos? Não podemos, de modo algum, estabelecer uma concordância entre os dois evangelistas, pois o concordismo bíblico é mau conselheiro. Assim sendo, temos de concluir que o evangelista S. Mateus não conhecia S. Lucas e vice versa. Por outro lado, partindo do princípio que S. Marcos foi o primeiro a escrever um Evangelho, onde não aparece o “evangelho da infância”, significa que nas primeiras comunidades cristãs o problema não era abordado. S. Paulo é o primeiro a escrever, cerca de quinze anos antes de S. Marcos, e deixa-nos apenas dois breves apontamentos sobre o nascimento de Jesus. Na carta aos Romanos 1,3 escreve que Jesus “nasceu da descendência de David segundo a carne, constituído Filho de Deus em poder, segundo o Espírito santificador pela ressurreição de entre os mortos”, e na carta aos Gálatas 4,4 escreve que “Deus enviou o seu filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei, a fim de recebermos a adopção de filhos”.
(Para ler todo o texto, clique ECCLESIA)

NATAL: Um poema de Fernanda de Castro

Posted by Picasa NATAL Natal. Nasceu Jesus. O boi e a ovelha deram-lhe o seu alento, o seu calor. De palha, o berço, mas também de Amor. Desce luz, desce paz de cada telha. Nem um carvão aceso nem centelha de lume vivo. A dor era só dor, até que a mão trigueira dum pastor floriu em pão, em leite, em mel de abelha. Natal. Nasceu Jesus. Dias de festa. Até o cardo é hoje rosa, giesta, até a cinza arde, como brasa. E nós? Que vamos nós dar a Jesus? Vamos erguer tão alto a sua Cruz que não lhe pese mais que flor ou asa. In “Natais… Natais”