quinta-feira, 28 de julho de 2005

PORTO DE AVEIRO

Posted by Picasa Portal do Porto de Aveiro apresentado a José Sócrates
O novo Portal do Porto de Aveiro foi seleccionado como um dos projectos de excelência do Programa Aveiro Digital, integrando o grupo de projectos a serem apresentados ao Primeiro-Ministro José Sócrates, este sábado.Depois de adiamentos originados pela agenda de José Sócrates, o chefe do executivo assiste, no próximo sábado, dia 30, no Teatro Aveirense, à apresentação do novo Programa Nacional para a Sociedade da Informação. A cerimónia, com início previsto para as 10.30 horas, contará ainda com a presença do Ministro para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.
O novo PORTAL pode ser apreciado em PORTO DE AVEIRO.

quarta-feira, 27 de julho de 2005

Um pensamento

A fé é uma ânsia,
a esperança é uma ambição,
a caridade é puro amor.

Coelho Neto

"Arte Religiosa e Património Cultural"

Mais um livro de Mons. João Gonçalves Gaspar

Acaba de me chegar às mãos a segunda edição, revista e ampliada, de “Arte Religiosa e Património Cultural”, um livro de Mons. João Gonçalves Gaspar. Trata-se de uma obra que reflecte os conhecimentos do autor sobre um tema nem sempre muito bem compreendido e abordado por quem está ligado à Arte Sacra e ao património cultural, em especial de matriz religiosa. Por isso, este livro, de apenas 48 páginas, merece ser lido por todos os membros do clero, mas também pelos demais agentes de pastoral e pelos arquitectos, engenheiros, artistas e decoradores de templos, na certeza de que ali poderão colher preciosos ensinamentos. 
Mons. João Gaspar, no respeito absoluto pelas orientações da Igreja sobre estas matérias, escreve sobre projectos, disposição do templo e sua finalidade, lugar dos fiéis, presbitério, altar, ambão, fonte baptismal, reserva eucarística, espaço penitencial, imagens e bens preciosos, sem deixar de indicar a bibliografia correspondente. 
Há ilustrações sobre ampliações de igrejas, construções novas, fachadas e imagens, que poderão servir como motivos de reflexão, para se não ofender a Arte Sacra e para se respeitarem as orientações estabelecidas pela Igreja Católica. 
D. António Marcelino lembra, num texto a abrir a obra, que “A arte, pela sua função, significado e valor, tem lugar importante na celebração eucarística e na vida da Igreja. Ela é, neste campo e ao mesmo tempo, expressão poética que deve procurar coerência com o rito que se celebra e com louvor a Deus pelo reconhecimento dos seus dons; que assume ainda o seu verdadeiro sentido ao participar, de modo escrupuloso, na manifestação dos seus sinais sagrados com a sua qualidade de adaptação e de medida adequada”. 
O Bispo de Aveiro recorda ainda que a história mostra o cuidado da Igreja “na edificação dos lugares de culto, na beleza e nobreza das alfaias litúrgicas, na qualidade do canto, na dignidade referencial dos gestos e expressões de quem preside à celebração e no sentido de comunhão visível de quem nela participa”. 

Fernando Martins

Recado aos gafanhões espalhados pelo mundo

Posted by Picasa Entrada da barra Fico à espera dos vossos contactos
Soube, há dias, que alguns emigrantes gafanhões espalhados pelo mundo enviam, aos seus familiares e amigos, referências ao meu blogue, como sinal de simpatia e de saudades pela sua e minha terra. É sempre agradável saber que sou lido e comentado longe da Gafanha da Nazaré, por gente que de certo me conhece bem. A todos o meu muito obrigado, com desejos, muitos sinceros, de que estejam felizes, embora com o pensamento no torrão natal. Há bastante tempo que trazia na ideia a vontade de a todos me dirigir, no sentido de provocar uma maior aproximação e de lhes pedir que me sugiram qualquer referência à Gafanha da Nazaré, e não só. Quando alguém me lembra ou propõe um tema, haverá sempre, de minha parte, dentro do possível, a preocupação de ser agradável, pois estou no ciberespaço para isso. Aqui deixo então o desafio de me escreverem, em especial por via e.mail (rochamartins@hotmail.com), para eu aqui fazer eco dos vossos sentimentos e emoções, das vossos gostos e saudades, numa procura de todos contribuirmos para um mundo mais fraterno. E para matar saudades, aqui fica uma foto da entrada da barra, com o Farol à vista. Fico à espera. Fernando Martins

Economistas publicam manifesto

O risco de fantasias

Treze economistas portugueses contestam hoje num manifesto publicado no Diário de Notícias a eventual concretização de grandes obras públicas, que «poderá ser desastrosa» para Portugal, um país que «vive uma profunda crise». Apesar de os economistas nunca especificarem a que grandes obras públicas se referem no manifesto, o Governo de José Sócrates anunciou recentemente que vai concretizar os projectos do novo aeroporto internacional na Ota e do comboio de Alta Velocidade TGV, avaliados em mais de 25 mil milhões de euros. O grupo de economistas, alguns dos quais estiveram com José Sócrates nas Novas Fronteiras, questiona no manifesto a qualidade do investimento público, escreve o DN. O manifesto é subscrito pelo presidente da Vodafone, António Carrapatoso, o ex-secretário de Estado do Tesouro e Finanças, António Nogueira Leite, o professores catedráticos Augusto Mateus e Fátima Barros, o presidente da RSE Portugal, Fernando Ribeiro Mendes, e o advogado e fiscalista, Henrique Medina Carreira.

(Para ler comentários, clique EXPRESSO)

Um artigo de Laurinda Alves, no Correio do Vouga

O valor da fidelidade
Alain Etchegoyen, filósofo francês, acaba de publicar um livro sobre a força da fidelidade (“La force de la fidélité dans un monde infidèle”, editions Anne Carrière), onde fala de uma ideia nova.
Interrogado pela revista Psychologies sobre a novidade de uma questão tão antiga como o próprio homem, o filósofo declarou que o facto de ter passado a ser uma escolha faz toda a diferença.
Etchegoyen explica: “A fidelidade não só deixou de nos ser imposta como, pelo contrário, hoje em dia tudo nos convida à infidelidade: a Internet e os encontros facilitados, o Viagra, o individualismo, a aceleração do tempo, a mobilidade geográfica, enfim, tudo apela ao desejo e à satisfação imediata”.
A fidelidade é e será sempre uma decisão pessoal mas, num mundo onde é tão fácil ser infiel, importa perceber onde reside o seu valor e a sua força.
Permanecer fiel a si próprio e aos outros é extraordinariamente difícil. Assumir compromissos, criar laços, estabelecer critérios e viver com prioridades nem sequer apetece mas, na realidade, é a única estratégia que nos permite viver com verdade e coerência.
Talvez para muitos, a verdade e a coerência não sejam valores em alta mas assunto que, para mim, são decisivos. Gosto de amizade com verdade, amo a coerência nas pessoas e valorizo a constância nas relações. Neste sentido, concordo inteiramente com Alain Etchegoyen quando diz que “a fidelidade é essencial para a construção da nossa identidade e ser fiel também é permanecer igual a si próprio ao longo do tempo”.
A fidelidade está, acima de tudo, ligada ao compromisso. Seja numa relação amorosa, de amizade ou outras, o compromisso só é possível se houver muita vontade e verdade. Podia acrescentar ainda a liberdade mas, para não criar equívocos, sublinho que se trata de liberdade interior para decidir, em consciência, o que é melhor para mim, e não da liberdade para fazer hoje uma coisa e amanhã o seu contrário. Aliás, em matéria de relações afectivas esta liberdade de agir confunde-se muitas vezes com leviandade e daí a necessidade de perceber do que falamos quando falamos em liberdade.
Voltando à fidelidade, é interessante ler o que escreve Etchegoyen a este propósito: “A fidelidade protege-nos de nós mesmos e dos nossos excessos; a fidelidade (a nossa e a do outro) é uma vitória do narcisismo na medida em que reforça e assegura o nosso próprio valor; a fidelidade dever ser ‘negociada’ por cada casal pois todos têm circunstâncias e caraceterísticas diferentes.”
Estes três pressupostos são radicalmente importantes para perceber a substância da fidelidade e para tomar consciência de que qualquer forma de traição ao outro começa sempre por ser uma traição a nós próprios.
Todo o livro de Alain Etchegoyen é muito realista e provocador no sentido mais clássico do termo. Provoca a discussão e eleva o pensamento e, neste sentido, revela a sua condição de filósofo.

terça-feira, 26 de julho de 2005

Uma opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, no DN

Posted by Picasa Marcelo Rebelo de Sousa (Foto do DN) "Que raio de ideia"
As presidenciais estiveram esta semana no centro das atenções com a definição de novas potenciais candidaturas. Hoje regressei e muita gente me fez chegar logo "Que raio de ideia"... Mas no fundo bastava ter alguma informação e conhecer a natureza humana - eu ando nisto, a fazer comentários, há 33 anos - e, que diabo, hei-de conhecer minimamente a natureza dos examinados e comentados. As presidenciais são objectivamente importantes. As pessoas começam a dizer que as autárquicas é que são, mas no nosso sistema de governo as presidenciais foram sempre importantes e, numa situação de crise, obviamente são mais. O papel do presidente não é o de um rei parlamentar ou do presidente italiano. O que é que se passou? O PCP já tinha dado a entender que tinha o seu candidato. Eu tenho para mim - mas não tenho informação nenhuma - que é Carlos Carvalhas o nome pensado; o Bloco de Esquerda insiste em ter um candidato. Em qualquer caso, o PS percebeu que devia unificar a esquerda e portanto mexeram-se os três candidatos a candidatos esta semana. Pelo que eu vi, lendo retrospectivamente, Manuel Alegre disse-se disponível, ainda teve uns apoiozinhos de sampaístas - de Alberto Martins e de Vera Jardim -, mas foi mais forte a vontade de Mário Soares. Diogo Freitas do Amaral mexeu-se, a meu ver numa entrevista infelicíssima, eu sei que ele caiu em Bruxelas e que está com uma vértebra fracturada, não sei se foi antes se foi depois da entrevista.
(Para ler o texto na íntegra, clique aqui)