terça-feira, 24 de maio de 2005

António Guterres é o novo alto comissário da ONU para os refugiados

Posted by Hello
O antigo primeiro-ministro de Portugal, António Guterres, foi escolhido para o cargo de alto comissário para os refugiados das Nações Unidas, tendo agora de abandonar o posto de presidente da Internacional Socialista, que ainda ocupa neste momento. Guterres sucede ao holandês Ruud Lubbers.
O anúncio oficial vai ser feito esta tarde.

Um artigo de António Rego

TESTEMUNHAS DA HISTÓRIA
Talvez valha a pena voltar um pouco atrás. E revisitar, com alguma distância e serenidade, o passado mês de Abril. A partir de Roma foram transmitidos factos e notícias que marcarão certamente a história dos meios de comunicação social da nossa época. Não falaremos das técnicas utilizadas, das horas de emissão, das páginas preenchidas, das fotos carregadas de efeitos, das análises e comentários sobre a Igreja que proliferaram pelos grandes media do planeta. Ninguém se sentiu de fora, estivesse ou não de acordo com os factos (ainda há quem se arrogue o direito de estar acima das evidências) e interpretações que escorreram sobre algo que não deixou o mundo indiferente: a morte de João Paulo II e a eleição de Bento XVI.
Os media envolveram e foram envolvidos, andaram atrás dos acontecimentos e foram acontecimento, gerando uma cadeia sequencial de causas e efeitos que nem os próprios controlaram.
E no meio de tudo isto o facto religioso. Por isso a oportunidade de algumas perguntas:
- Teria sido possível liquidar, pelo silêncio, estes acontecimentos?
- A exibição do religioso não terá surgido como seta provocatória da indiferença secular?
- Estaremos perante o simples facto do todo João Paulo II e Raztinger terem sido oiro sobre azul para a sofreguidão de audimetria dos media?
- Terá sido este o acontecimento mais forte do início do século, cuja narrativa se transformou em acção catequética única da Igreja Católica a nível planetário?
Muitas mais perguntas são possíveis. Mas nunca se poderá esquecer a importância desta lição da Igreja dada ao mundo e do mundo dada à Igreja. Foi um pacto de interesse comum pelos grandes valores espirituais do Ocidente que se foram revelando progressivamente nos rituais e palavras que os media seguiram e transmitiram profusamente. E não se diga que foram os códigos secretos (Da Vinci ou não) do Vaticano que geraram todo esta procura inexplicável. Foi, antes, o sentido profundo da vida dum homem como João Paulo II, que não se entende sem o cristianismo, ou duma Igreja que se perpetua e renova na eleição dum novo Pontífice.
Todos, do lado da Igreja e dos media, temos que ensinar e aprender estas lições da história de que somos protagonistas e testemunhas. Ser protagonista da história é um privilégio e uma responsabilidade.

SCHOENSTATT: Peregrinação de doentes

Santuário de Schoenstatt No próximo domingo, dia 29 de Maio, vai realizar-se uma peregrinação ao Santuário de Schoenstatt, com início marcadao para as 10 horas, sendo a organização da Equipa Diocesana dos Visitadores dos Doentes e dos responsáveis paroquiais.
Do programa constam bons motivos de interesse, para além do convívio de que todos os participantes poderão usufruir, no ambiente sereno e tranquilizante do Santuário. Todos poderão, também, encontrar-se com Nossa Senhora, que ali está sempre disponível para acolher quem a Ela se dirige. O encontro termina com a Eucaristia, presidida pelo Padre João Gonçalves, coordenador diocesano da Pastoral da Saúde. A bênção final será às 16.30 horas.

Globalização desregulada entrava desenvolvimento justo

A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) promoveu no passado dia 21 de Maio a conferência “Por uma cidadania activa na construção de um desenvolvimento justo e sustentável", na qual se contestaram os efeitos perniciosos de uma globalização desregulada.“Estamos em fase de profundas transformações na economia e na sociedade, que não poderão ficar entregues, exclusivamente, à mera lógica dominante da maximização do lucro e dos interesses financeiros dos actores mais poderosos, como presentemente vem sucedendo”, assegura a CNJP.
O papel do mercado, “um elemento axial da economia contemporânea”, esteve no centro da reflexão, tendo-se considerado que o mesmo não é tudo: “o mercado é incapaz de resolver o impacto negativo das flutuações económicas; o mercado não corrige as desigualdades de rendimento ou a excessiva concentração do poder económico empresarial, antes tende a agravá-las; o mercado pode ser muito ineficiente na afectação de recursos entre as actividades que geram custos ou benefícios externos, assim como não garante a provisão de bens públicos e bens de utilidade social indispensáveis ao próprio desenvolvimento da economia e ao progresso social”.
Os elementos privilegiados na reflexão apresentada pela CNJP foram a economia do conhecimento no processo de globalização em curso e sua incidência na mudança de paradigma económico-social; a importância de novas vias de regulação social, quando desaparecem, ou grandemente enfraquecem, as unidades organizativas formais; o alcance de um novo conceito de empresa como bem social e de responsabilidade social da empresa.
A conferência ressaltou também a importância crescente de que se reveste uma “cidadania activa”, participante e responsável do nosso futuro colectivo. “A complexidade com que se desenvolve a economia e a sociedade e a aceleração com que ocorrem as mudanças exigem que exista, por parte dos cidadãos e cidadãs, um regular acompanhamento responsável dos processos de mudança em curso e permita uma previsão atempada de novos problemas emergentes e provisão dos meios para lhes fazer face”, defende a CNJP.
Fonte: Ecclesia

Falta de sinalização pode dificultar acesso às praias

A falta de sinalização para as praias no nó da A25 com a A17, junto ao estádio municipal de Aveiro, tem prejudicado os comerciantes das praias da Barra e da Costa Nova. Quem o garante é João Marcelino, da Associação dos Amigos da Praia da Barra (AAPB), afirmando que o fluxo de turistas «baixou significativamente, tal como a utilização dos parques de campismo, restauração e hotelaria», após a abertura ao tráfego automóvel do troço da A17 até Mira.Para o dirigente dos Amigos da Praia da Barra, esta situação deve-se à falta de sinalização para estas praias, que é inexistente na intersecção da A17 com a A25. No local, alega João Marcelino, onde deveria estar colocado um sinal de trânsito a indicar «Praias» e «Porto de Aveiro», pode-se ler somente «Aveiro», o que faz com que quem não conheça a região nem a nova auto-estrada «possa ficar um tanto perdido e sujeito a ir dar uma volta até Mira, ou em última instância até à Figueira da Foz».
(Para ler o texto na íntegra, clique Diário de Aveiro)

Um artigo de Sarsfield Cabral, no DN

O mito
As inovações tecnológicas têm dado enormes impulsos ao crescimento económico. Recorde-se o papel da máquina a vapor na primeira revolução industrial, no séc. XVIII. Mas a tecnologia, por si só, não leva ao desenvolvimento. Existiu essa ilusão nos anos 60, quando os computadores começaram a ter importância. Nesse tempo de forte crescimento das economias (em Portugal, não houve outro semelhante) não faltou quem pusesse todas as esperanças nas novas tecnologias. As quais, pensava-se, não só iriam trazer a prosperidade e a democracia, como o fariam ultrapassando a querela ideológica entre capitalismo e comunismo. Uma via consensual, evitando a luta de classes e até o combate às corporações imobilistas. Uma solução indolor, sem exigir grandes esforços nem afrontamentos. A tecnologia mudaria o mundo por nós era só deixá-la funcionar.
A ilusão durou pouco. Os choques petrolíferos dos anos 70 abalaram o optimismo do progresso. O mesmo optimismo que acreditava ir o crescimento económico eliminar a pobreza. Viu-se. Mas o fascínio pela tecnologia é persistente. António Guterres esperava da informática e da Internet a reforma da Administração pública que politicamente não conseguia promover.
Pela mão de Sócrates, a tecnologia está de novo na berlinda. Será que voltou o mito de que as novas tecnologias resolverão os nossos problemas? Há esse risco, de facto. Mas o primeiro-ministro moderou o entusiasmo pelo choque tecnológico que manifestara antes das eleições. A sua atitude parece agora mais sensata. O plano tecnológico é um passo indispensável, mas não milagroso, numa economia como a nossa, assente na fraca qualificação das pessoas e nos baixos salários. Algo que não dispensa a política, única maneira de vencer os interesses instalados. Tal como no défice orçamental.

Efemérides aveirenses

24 de Maio  


1956 – Foi solenemente inaugurado o novo edifício da Escola Industrial e Comercial de Aveiro, no Bairro do Liceu, com a presença do ministro das Corporações e Previdência Social, em representação do Governo.


1972 – Faleceu em Fátima a Madre Maria de S. João Evangelista de Lima Vidal – no século, Zulmira de Lima Vidal – irmã do Arcebispo D. João Evangelista de Lima Vidal, que nascera em Aveiro e, de 1930 a 1937, exercera o cargo de superiora-geral da Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena.


1982 – Faleceu em Lisboa o ilustre aveirense Dr. Mário Duarte, homem de fino trato, grande desportista e prestigiado diplomata: desempenhou o cargo de embaixador de Portugal em Cuba, na Alemanha, na França, no Brasil e no México.

Fonte: Calendário Histórico de Aveiro