terça-feira, 17 de maio de 2005

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Hello Aveiro: Paços do Concelho

Crianças maltratadas: Portugal nos primeiros lugares

Portugal, a nível mundial, é o sexto país com maior número de mortes de crianças por maus-tratos, segundo revelou a presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens, Dulce Rocha.
A responsável citou um relatório da UNICEF, publicado em 2004, considerando «horrível» que Portugal conste nos primeiros lugares num ranking de 26 países.Como reacção, Dulce Rocha defendeu um «maior investimento» na defesa dos direitos das crianças, sendo que a necessidade de clarificar o conceito de perigo é um factor importante.
«Se valorizarmos a relação afectiva que a criança estabelece com os seus prestadores de cuidados, será a prevalência da relação afectiva sobre a biológica» afirmou a responsável no seminário «Justiça de Proximidade».
Dulce Rocha exigiu do novo Governo «uma grande discussão» na área da defesa dos direitos das crianças, dizendo que «não é admissível que já tenhamos determinados conhecimentos e não os utilizemos na lei.

Portugal: o problema financeiro é grave

O Governador do Banco de Portugal considera que é necessário tomar medidas “difíceis” para combater o défice orçamental do Estado. Sem revelar números, Vítor Constâncio reiterou que o problema é “mais grave” do que previa em Janeiro. “As medidas são necessariamente difíceis, diversificadas, abrangentes e portanto exigem bastante pedagogia para que os portugueses possam compreender plenamente a situação, que se apresenta com dificuldade”, afirmou o economista, no final de um encontro com o Presidente da República, no Palácio de Belém.Vítor Constâncio realçou que a resolução do problema é uma tarefa “necessariamente para alguns anos”, mas que se afigura incontornável. “Nós temos que resolver este problema financeiro para que nos possamos dedicar plenamente às tarefas do crescimento económico”, apontou. O governador do Banco de Portugal afirmou ainda que o caminho para a consolidação financeira deve ser traçado pelo Governo, escusando-se, por isso, a especificar iniciativas concretas: “Não vou falar de medidas (…) cabe ao Governo defini-las”.
Fonte: PÚBLICO

Biografia de Bento XVI já publicada em Portugal

Posted by Hello
Com a chancela da Editorial Presença, será publicada hoje, dia 17 de Maio, a biografia do novo Papa, intitulada "O Papa Bento XVI - O Guardião da Fé". As únicas obras existentes no nosso mercado referiam-se, até agora, a ensaios e um conjunto de entrevistas do então Cardeal Joseph Ratzinger. Da autoria de Andrea Tornielli, jornalista italiano, esta biografia aborda questões tanto do foro profissional como pessoal. Por que linhas orientadoras se regia o novo Papa? Em que consistia a sua acção pastoral? Que mensagem queria passar aos seus congéneres e aos milhares de fiéis? Publicada originalmente em 2005, esta é uma biografia actualizada sobre o percurso do Papa, com constantes referências biográficas e trechos dos textos do próprio.

Fonte: Ecclesia

Portugal em baixo nas Políticas Familiares

Ao nível das políticas familiares, “os países do Norte da Europa estão mais desenvolvidos” – é o resultado do «Estudo comparativo das políticas familiares na Europa dos 15», apresentado no II Serão Nacional da Família, em Lisboa, dia 14 de Maio. Em declarações à Agência ECCLESIA Joana Pereira, uma das autoras do estudo juntamente com Maria Luisa Toledo Gomes, salientou que “a Dinamarca tem condições de defesa das famílias muito superiores a Portugal”. A própria cultura portuguesa não “tem muita sensibilidade de as próprias empresas fomentarem medidas de apoio à família”. E acrescenta: “se um pai, apesar da licença de paternidade estar legislada, pede 5 dias a entidade patronal fica um pouco reticente”.
Esta falta de sensibilização “é um problema gravíssimo” – critica Joana Pereira. Ao efectuar o estudo, a investigadora refere que “não estamos em último lugar no ranking dos 15” mas “Portugal, Espanha, Grécia e Itália” são os países mais preocupantes. No topo está a Dinamarca porque tem “uma política que ajuda a família”.
Para inverter esta lógica, Joana Pereira pede uma “consciencialização do Estado” e a fomentação “do trabalho em part-time”. Tópicos que promovem a família.Se não existir uma “boa conciliação” entre o papel familiar e profissional, o trabalhador “não rende a 100%”. As empresas “não têm essa noção” quando exigem “o trabalho ao fim de semana” – denuncia. Factores que fazem com que Portugal tenha “uma taxa de natalidade baixíssima”. E conclui: “as políticas têm de dar as mãos e valorizar a família”.

LSJ - LUZ E SEMENTE DE JESUS

SER FERMENTO DA BOA NOVA
LSJ - Luz e Semente de Jesus é um grupo de jovens que, em espírito de amizade, alegria e verdade, se empenha, com dinamismo, em ser fermento da Boa Nova de Jesus Cristo, no meio do mundo. Nessa linha, todos os seus membros procuram responder ao desafio de Jesus, esforçando-se por ser luz no mundo, e por viver e semear a Sua PALAVRA. Encontram-se, quinzenalmente, para reflectir e orar, e, mensalmente, para conviver e partilhar experiências, normalmente com o auxílio de convidados. Tudo acontece na Casa das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, perto da Universidade aveirense e junto do ISCAA (Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro), em espírito de abertura à comunidade envolvente. Também colaboram em actividades promovidas pelo CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura) e pelo MJD (Movimento Juvenil Dominicano), desenvolvendo uma colaboração mútua com as Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena. Por outro lado, participam em campanhas de solidariedade, voluntariado e espiritualidade, enquanto festejam, em conjunto, os momentos fortes do Natal e da Páscoa. No fundo, os encontros do LSJ procuram ser espaços de abertura aos outros e à novidade das coisas, de encontro e de debate, com propostas de carácter cultural, artístico e pastoral.

segunda-feira, 16 de maio de 2005

D. Manuel Clemente diz que é pelo caminho que se dialoga

Posted by Hello D. Manuel Clemente INDEFINIÇÕES
É o tempo delas, de facto. Se não fosse a contradição dos termos, definiriam o tempo presente, culturalmente falando.
Peço desculpa, por juntar o testemunho pessoal: no último ano fui repetidamente convidado para falar sobre dois temas nas mais variadas instâncias, das académicas às paroquiais: as raízes cristãs da Europa e O Código Da Vinci… Em qualquer dos casos, é de indefinição que se trata. Ou, se quisermos, de questões de identidade.
Quanto às raízes cristãs da Europa, sabemos como João Paulo II repetidamente as lembrou, a propósito do primeiro esboço constitucional europeu, que acabou por esquecê-las. Injustamente, porque, além do (muito) mais, é uma questão de óbvia geografia, física e cultural. A Europa de que falamos hoje constituiu-se na Alta Idade Média pela progressiva adesão ao Cristianismo de vários chefes e povos “bárbaros”. Tal adesão recortou o espaço em que nos situamos, do Atlântico aos Urais, do Mediterrâneo ao Mar do Norte. E deu-lhe uma “alma”, mais ou menos distinta, mas com inegável referência evangélica. Diga ou não diga, negue ou afirme, pelo modo de se situar face aos outros e ao Mundo. Aí estão precisamente as “raízes”.
Com O Código Da Vinci, de Dan Brown, a questão é outra, mas de indefinição também. Antes de mais, do próprio estatuto da obra, que tanto se diz romance como reivindica base histórica. Tudo a (des)propósito da pretensa descendência de Jesus e Maria Madalena, que urgiria resgatar para com ela afirmar também uma feminilidade perdida… Mas a interrogação põe-se necessariamente, sobre o repetido êxito editorial dum livro onde não é difícil encontrar parágrafos em que os erros bíblicos e históricos se distribuem linha a linha… E ainda sobre a perturbação que tem causado em muitos crentes, que se deixam abalar por um texto tão inconsistente e medíocre.
- Afinal, perguntaremos, de que europeus se tratava acima e de que cristãos se fala agora?
Culturalmente, concluiremos, a tarefa é enorme. Inadiável também. Porque importa “cultivar” solidamente a todos e a cada um. Com informação sempre acrescentada e bases consistentes. Progredir doutro modo é impossível, porque não se caminha sem firmar um pé. E é pelo caminho que se dialoga também. Mesmo que a definição evolua.
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NB: Texto publicado no "site" da Comissão Episcopal da Cultura