quarta-feira, 30 de março de 2005

Natalidade continua a descer na UE


A UE, que passou a ter uma população de 260 milhões de habitantes com o alargamento, corre o risco de ver reduzido esse número, se os europeus continuarem a demonstrar uma grande aversão a terem filhos, revelou um relatório publicado recentemente e divulgado pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN).
A Comissão Europeia alerta, por isso, para o facto de a Europa estar perante uma "alteração demográfica sem precedentes", porque "os europeus têm uma taxa de fertilidade insuficiente para a substituição da população". 
O relatório recomenda que o "regresso ao crescimento demográfico" seja assumido como prioridade "essencial" para a Europa, e que os Governos deverão incentivar taxas de fertilidade mais elevadas através do fortalecimento das famílias. 
O estudo da UE, intitulado "Confrontando a alteração demográfica: uma nova solidariedade entre as gerações", denuncia que, "em todos os países europeus, o índice sintético de fecundidade está abaixo do valor mínimo para renovar a população (cerca de 2,1 por mulher), tendo caído para 1,5 crianças por mulher em muitos Estados-membros, e mesmo para menos de 1,3 crianças por mulher em certos países do sul e leste europeu. 
Face a esta realidade, o relatório sublinha que "serão necessários maiores fluxos de migrações para satisfazer as necessidades de trabalho e salvaguardar prosperidade europeia", esperando-se que a imigração em alguns países da UE assegure o crescimento populacional e seja responsável pelo previsto aumento ligeiro da população em 2035. 
Entretanto, e referindo-se a Portugal, a APFN criticou a falta de incentivos aos casais com filhos no programa de Governo, ao mesmo tempo que atribui a diminuição da taxa de natalidade a uma "cultura antinatalista", relacionada com os regimes fiscais, que prejudicam as famílias com mais filhos. 

F. M.

Postal ilustrado

Posted by Hello Aveiro: Canal central

terça-feira, 29 de março de 2005

AVEIRO: Oficina de dança

A Oficina de Dança, "Do Corpo à Criação", organizada pela Casa Municipal da Juventude, tem inscrições abertas até ao próximo dia 02 de Abril de 2005. A iniciativa surge no âmbito dos "Ciclos Temáticos" que consistem em promover um conjunto diversificado de actividades, especificamente nas áreas do teatro, dança, artes plásticas e cinema, e tem como objectivo envolver os jovens e a comunidade em geral, bem como promover a formação de futuros públicos activos e participativos. A Oficina de Dança, "Do Corpo à Criação", tem início marcado para o dia 9 de Abril e prolonga-se até dia 30, funcionando na Companhia de Dança de Aveiro, aos Sábados, das 16.30 às 19.45 Horas. A iniciativa destina-se a jovens com mais de 14 anos de idade e está a cargo de Cláudia Capela, Lara Pereira, Sandra Leite e Flávia Burlini. As inscrições podem ser feitas na Casa Municipal da Juventude de Aveiro, na Rua Engº Silvério P. Silva, das 9.30 às 19.00 Horas, até ao próximo dia 02 de Abril de 2005. Para mais informações podem ainda contactar a Casa da Juventude através do telefone 234 406 522 ou enviar um e-mail para cmjuventude@cm-aveiro.pt.

Um em cada seis portugueses dedica-se a ajudar os outros

O mensário SOLIDARIEDADE insere na sua edição online um artigo encorajador, onde revela que um em cada seis portugueses se dedica a ajudar os outros.
De todas as idades, dedicados a causas diferentes por diferentes razões e unidos pela sensibilidade e vontade de ajudar, os voluntários constituem já cerca de 16 por cento da população portuguesa, segundo um estudo de 1999.

LEIS ANTITABACO

Quando há um ano a Irlanda decretou a proibição de fumar nos locais públicos, não faltaram opiniões a contestar a decisão, talvez por influência dos lóbis ligados à indústria do tabaco. Um ano depois, 98 por cento dos irlandeses, afinal a esmagadora maioria, está de acordo com a proibição. Hoje, estou convencido de que, se a proibição fosse aplicada em Portugal, também os portugueses estariam satisfeitos, porque teríamos um ar mais respirável nos locais públicos. Penso que muitos dos frequentadores do meu blogue já passaram pela experiência de estar num restaurante, onde foram para saborear uma refeição diferente num ambiente de calma e de ar puro, com gente que resolve fumar a meio e no fim do repasto. A mim já me aconteceu várias vezes e só não saí por não ter outra sala de ar mais limpo e por estar com o prato pedido à minha frente. Eu sei que será aborrecido para o fumador não poder alimentar o seu vício, mas também sei que não podemos ser obrigados a fumar, quando sabemos que isso nos faz mal. Urge, pois, que os não fumadores comecem a exigir o direito de poderem estar nos locais públicos e nos empregos sem o fumo a incomodá-los. Mas urge, também, que os fumadores respeitem quem não quer e não pode fumar. F.M.

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Hello Aveiro: Fórum

O aborto

Leitor pronuncia-se sobre o aborto, assunto que está de novo na berra e com promessa de novo referendo. O leitor está devidamente identificado, pois a sua opinião veio por e.mail. A ideia de referendar mais uma vez o aborto (ou melhor a interrupção voluntária da gravidez ou, ainda mais pomposamente, a IVG) está errada e serviu apenas para o PS dar um ar de radical para piscar o olho aos eleitores descontentes com o PC ou Bloco. De facto, a legislação portuguesa contempla já aqueles casos polémicos que todos se lembram de usar como argumento para defender a liberalização do aborto. Isto é, em Portugal, uma utente pode abortar de forma sigilosa em local oficial se foi vítima de violação, se o bebé tem deficiência grave, e se há perigo de vida ou dano para a saúde (física e psíquica) da mãe. Ficam então de fora as mães que, sem culpa, têm poucas condições socioeconómicas para criar um(a) filho(a). A essas cidadãs tem o Estado o dever de poupar em submarinos e estádios de futebol, e de investir numa Segurança Social que apoie os mais fracos.
opensador