terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

NO PARQUE INFANTE D. PEDRO: Centro de Educação Ambiental

O PÚBLICO informa que "Os antigos viveiros e estufas do Parque Infante D. Pedro, em Aveiro, vão ser recuperados e activados como um centro de educação ambiental, especialmente dirigido ao meio escolar. As estruturas até agora degradadas serão alvo de um reaproveitamento, por parte da autarquia, servindo de base à visita de escolas e grupos, que poderão usufruir, por exemplo, de aulas de Botânica no local. "É uma área com alguma extensão e que as pessoas não conhecem, um espaço bonito, com estatuetas e arranjos em pedra", refere o autarca de Aveiro, Alberto Souto." Posted by Hello

A beleza e a riqueza da democracia

A beleza e a riqueza da democracia ficaram bem visíveis nas últimas eleições. Mais uma vez. E isto, não obstante as vozes que por aqui e por ali se ouvem a dizer o contrário. Como tantas vezes já se disse, de todas as formas de governo da cidade e dos povos, todas imperfeitas, a democracia é, sem sombra de dúvidas, a mais perfeita. 
Vejam a beleza e a riqueza desta simplicidade com que o povo faz valer a sua opção política, ora escolhendo um partido, ora outro, com naturalidade e determinação. E também com a convicção de que está a fazer o que deve, na hora própria, na certeza de que exerce um direito e de que o seu voto é absolutamente igual ao do Presidente da República ou de qualquer outro responsável. 
O povo é soberano em democracia. O povo vota, o povo manifesta o seu contentamento ou descontentamento, o povo diz o que pensa, o povo protesta, o povo apoia, o povo retira o apoio, o povo diz, afinal, o que quer. 
Em liberdade e ciente de que tem de ajudar a construir um futuro melhor para todos. Esta beleza e esta riqueza da democracia, que têm de ser mais valorizadas, já que estão em constante construção, precisam da ajuda de todos. Essa tarefa não acaba nas eleições. 
O povo pode e deve continuar a participar, em todos os momentos. O partido vencedor, qualquer que ele seja, sabe que tem de respeitar os que nele confiaram. Não pode, por isso, ficar indiferente aos alertas que brotam do povo. De aplauso ou de protesto. 

Fernando Martins

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

JUSTIÇA EM PORTUGAL é cara, cega e lenta

Citando a DECO - Associação de Defesa do Consumidor, o Diário Digital revela que a Justiça em Portugal é cara, cega e lenta.

Aveiro: Leitura

No PÚBLICO pode ler "Câmara de Aveiro e franciscanos unem-se para salvar duas igrejas", de Rui Baptista.

ELEIÇÕES: Leituras

No EXPRESSO online, pode ler "Vários vencedores e vários vencidos", de Nicolau Santos. NO PÚBLICO, pode ler "Poucas surpresas", de Vasco Polido Valente.

PORTUGUESES apontam novo rumo

Sobre as últimas eleições, que ontem mobilizaram o País e mostraram que é possível afastar o fantasma das abstenções, quando há razões que põem em causa o bem-estar das pessoas, já toda a gente sabe que o PS ganhou com maioria absoluta. Isto significa que vai ter condições para levar por diante o seu programa eleitoral, sem entraves de maior. Mas será importante que ninguém se iluda. Portugal ainda não saiu da crise económica e social profunda em que se encontra desde há seis anos. Agora chegou a vez de o PS mostrar quanto vale, isto é, se é capaz de avançar com reformas que têm sido sistematicamente adiadas, se é capaz de vencer o défice orçamental crónico em que temos estado, se é capaz de acabar com a evasão fiscal, se é capaz erradicar a pobreza que grassa no País, com mais de dois milhões portugueses a viverem no limiar da pobreza. Agora chegou a vez de o PS mostrar que é capaz de reduzir o desemprego, criando, durante a legislatura, os 150 mil postos de trabalho que anunciou como objectivo fundamental, que é capaz de atrair investimento, que é capaz de estimular a produtividade e a competitividade, que é capaz de eliminar a burocracia que tudo emperra, que é capaz de investir na modernização do País, a todos os níveis, que é capaz levar os portugueses a terem confiança no futuro. Agora chegou a vez de o PS mostrar que é capaz de olhar para os mais desfavorecidos, para os mais idosos, para os mais solitários, para os desempregados, para os que lutam pelo primeiro emprego, para os doentes sem médicos, para os imigrantes explorados, para os portugueses com medos ancestrais. Agora chegou a vez de o PS mostrar que é capaz de dialogar com as outras forças políticas, com as forças cívicas, com as instituições, com o povo sem vez e sem voz, respeitando sempre as diferenças legítimas que marcam a sociedade portuguesa, propondo soluções que não ofendam as convicções das pessoas. Sem caça às bruxas, sem inundar os cargos públicos com os seus correligionários, mas dando preferência, nas suas escolhas, aos competentes, aos mais capazes, tendo em conta, apenas, os méritos de cada um, tudo isto para melhor servir Portugal. Fernando Martins
Foto: José Sócrates, o grande vencedor das eleições legislativas
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DIÁCONO PERMANENTE: Símbolo da Igreja servidora

Seminário de Aveiro

O diácono permanente tem de ser símbolo da Igreja servidora, fazendo dos dons recebidos doação aos outros, lembrou o padre Georgino Rocha no encontro de reflexão quaresmal que decorreu no Santuário de Schoenstatt, no passado sábado. 
Os diáconos permanentes, três dos quais se fizeram acompanhar de suas esposas, debruçaram-se sobre a tríplice diaconia que devem viver no dia-a-dia, ao nível da Caridade, da Palavra e da Liturgia, situando-se o mais próximo possível da realidade laical e do protagonismo dos leigos. Estes consagrados têm de ser “despertadores” de serviços na Igreja, sublinhou o padre Georgino, delegado episcopal para o diaconado permanente, ao mesmo tempo que frisou a necessidade de todos crescerem “tendo como referência Jesus Cristo”. 
Por outro lado, devem assumir a preocupação de se tornarem “educadores da fé” junto daqueles com quem trabalham, vivem e convivem, estando sempre atentos aos mais empobrecidos e às vítimas das injustiças. Dos diáconos permanente se espera que sejam pessoas “renovadas no seu espírito” e que apostem em ser porta-vozes no mundo dos valores defendidos pela Igreja, expressando a sua fé no modo como “olham” os outros, num esforço sempre inacabado de serem “espelho de Deus”, nas comunidades em que vivem e trabalham. 
Entretanto, o padre Georgino lembrou que o diácono casado não pode descuidar as obrigações do seu lar, “sob pretexto do exercício do ministério que exerce”. Também deve desenvolver uma “autêntica espiritualidade matrimonial”, em que marido e esposa sejam espelho um do outro, na caminhada de serviço a quem mais precisa, testemunhando os valores do Evangelho em todos os momentos da vida.
Neste encontro, foi referido que os diáconos permanentes não são profissionais da Igreja, sendo certo que devem estar plenamente disponíveis para servir e acolher, desfazendo barreiras e criando pontes no mundo, em todas as situações, num espírito de humildade, prudência, simplicidade, competência e seriedade. 
Ainda foi salientado que o autêntico espírito de serviço do diácono está na doação radical aos outros, com testemunho de vida, por ter sido amado e escolhido por Deus, ungido e enviado, tornando-se “eucaristia” que o predispõe a ir até “às últimas consequências” na sua entrega, como sublinhou o delegado episcopal para o diaconado permanente na Diocese de Aveiro. 

F.M. 

NB: Este texto pretende divulgar o múnus do diaconado permanente, que existe na Diocese de Aveiro desde 1988. Presentemente há, nesta diocese, 28 diáconos permanentes (27 casados e um viúvo), que servem a Igreja em vários campos. Fazem parte do clero, porque receberam o primeiro grau do Sacramento da Ordem.