sexta-feira, 7 de janeiro de 2005

El-Rei D. Dinis (1261 - 1325) Cantiga de Amor Ai, flores, ai, flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo? ai, Deus, e u é? Ai flores, ai, flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado? ai, Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amigo, aquele que mentiu do que pôs comigo? ai, Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amado, aquele que mentiu do que mi há jurado? ai, Deus, e u é? - Vós me perguntades pelo vosso amigo? E eu bem vos digo que é são e vivo: ai, Deus, e u é? Vós me perguntades pelo vosso amado? E eu bem vos digo que é vivo e são: ai, Deus, e u é? E eu bem vos digo que é são e vivo e será vosc'ante o prazo saído: ai, Deus, e u é? E eu bem vos digo é vivo e são e s(e)erá vosc'ant'o prazo passado: ai, Deus, e u é? Versão do livro "800 anos de poesia portuguesa" D. Dinis: o nosso rei, grande político e homem culto, também foi inspirado poeta. Os seus poemas, que fazem parte, com toda a justiça, da História da Literatura Portuguesa, podem ser sempre apreciados por quem gosta da beleza e da arte. Um leitor pediu-me a remessa do poema que há dias publiquei, por o ter encontrado numa estação de serviço da área de Leiria. Aqui o ofereço a todos, agora mais de forma mais visível. Posted by Hello

quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

Patriarca de Lisboa em entrevista à VISÃO

Os partidos políticos têm de ter mais qualidade Em entrevista à revista VISÃO, publicada hoje, D. José Policarpo, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), defende mais qualidade no interior dos partidos políticos, enquanto sublinha que o Papa João Paulo II mantém intactas as suas capacidades fundamentais. Ao defender a qualidade dentro dos próprios partidos, não deixa de avançar com uma questão pertinente: “Será justo que alguém competente, que tenha algo para dar ao país, seja obrigado a aderir a um partido para o poder fazer?” Mais uma vez, o presidente da CEP condena o aborto, “por motivos éticos, de respeito pela vida humana”, e recorda que “quando se fala de despenalização, fala-se de legalização”, situação a que se opõe “completamente”. Quanto à restrição do uso de símbolos religiosos, D José Policarpo denuncia que se chegou a um ponto “de falta de bom senso, radicalizando-se a questão”. Referindo-se ao Papa, sublinha que ele lê sem óculos e que “tem uma cabecinha a funcionar que é uma coisa impressionante”. Sobre a catolicidade da população portuguesa, o patriarca de Lisboa considera que, “mesmo que não seja praticante, uma percentagem muito grande da população portuguesa é católica e a Igreja toma isso a sério”, porque os portugueses têm “referências fundamentais”. Aliás, recordou que cerca de 70 por cento das grandes instituições sociais pertencem à Igreja. Disse que “Portugal é um país de tradição católica e onde o catolicismo tem uma função colectiva comum”, tendo salientado que as pessoas não vão todos os domingos à missa, mas vão de vez em quando. D. José frisou ainda que “a cultura ocidental ficou prisioneira de uma racionalidade lógica”, tendo perdido “a vertente da contemplação do belo e a expressão dos sentimentos e das ideias através da beleza. A dimensão estética desapareceu da cidade e da vida”. E acrescentou: “Costumo dizer que os artistas constituem uma espécie de reserva ecológica do espírito.”

Na UA e no CUFC

Festa dos Reis e Ano Novo No próximo dia 8, sábado, pelas 14.30 horas, no Grande Auditório da Reitoria da UA e no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), vai ter lugar a Festa dos Reis e do Ano Novo, com a participação de 350 idosos da região aveirense, num ambiente de diálogo e de partilha. A organização é de várias organizações ligadas ao CUFC e conta com o apoio da Universidade de Aveiro. Autos e Cantares de Natal apresentados pelos lares que aderiram e a actuação da Magna Tuna Cartola, bem como mensagens e outras intervenções recreativas, constituirão bons momentos de convívio fraterno, no Grande Auditório. Depois será o lanche de confraternização, com Cantares dos Reis, no CUFC. Os idosos virão de Águeda, Aguada de Baixo, Albergaria-a-Velha, Alquerubim, Avanca, Aveiro, Cacia, Canelas, Eixo, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oiã, Ouca, Pardilhó, São Bernardo, Sever do Vouga e Vagos.

EFEMÉRIDES AVEIRENSES

D. JOÃO EVANGELISTA FALECEU HÁ 47 ANOS Por avaria técnica, não pude ontem recordar D. João Evangelista de Lima Vidal, cujo falecimento ocorreu no dia 5 de Janeiro de 1958. Diz o Calendário Histórico de Aveiro, baseando-se em notícia publicada no Correio do Vouga, que o venerando arcebispo-bispo de Aveiro faleceu cerca do meio-dia no hospital da Santa Casa da Misericórdia, onde se encontrava internado desde 11 de Dezembro do ano anterior. A infausta notícia causou profunda consternação na diocese que ele ajudou a restaurar, em 1938, tendo sido, desde então, arcebispo-bispo de Aveiro até à sua morte. Sucedeu-lhe D. Domingos da Apresentação Fernandes. No mesmo dia, mas em 1965, Sua Santidade o Papa Paulo VI, atendendo à súplica do bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade, confirmou ou constituiu e declarou oficialmente a Princesa Santa Joana como padroeira principal da Cidade e Diocese de Aveiro, celebrando-se a sua festa em 12 de Maio.

A FESTA DE SEMPRE - Domingo, dia 9

Cortejo dos Reis na Gafanha da Nazaré Como todos os anos, de há muito tempo a esta parte, vai realizar-se o Cortejo dos Reis na Gafanha da Nazaré, no próximo domingo, dia 9. Trata-se de uma tradição bem enraizada nesta paróquia, muito vivenciada pela comunidade católica e que, no primeiro domingo depois da Epifania, anima as ruas com inúmeros figurantes que oferecem os seus presentes ao Menino Jesus. Durante o cortejo, que começa manhã cedo no lugar de Remelha (ou Romelha?), com a aparição do anjo a anunciar aos pastores o nascimento do nosso Salvador, não falta quem cante e quem apresente autos natalícios, elaborados há muitas décadas, com base na obra “O Mártir do Gólgota”, do escritor espanhol Perez Escrich. As ruas da Gafanha da Nazaré tornam-se mais animadas ao som de cânticos lindíssimos, muitos deles antigos e exclusivos deste povo, ao mesmo tempo que se vão enchendo os carros enfeitados com os presentes, garças à generosidade dos gafanhões, nunca regateada. A fechar o cortejo, lá vão os Reis Magos, montados nos seus cavalos, que seguem a estrela que os guia até ao Menino-Deus. Os autos de Natal costumam ser presenciados por muita gente e todos os participantes, no final, no Centro Cultural, vão beijar do Menino Jesus. No mesmo local, vai realiza-se, logo a seguir, o leilão das muitas ofertas, cujo rendimento reverterá para as despesas da comunidade paroquial da Gafanha da Nazaré, cuja igreja matriz tem andado em obras de profunda remodelação. F.M.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2005

AVARIA NO COMPUTADOR

Com problemas técnicos por resolver no meu computador, só amanhã, provavelmente, retomarei o contacto com os cibernautas. Apresento o meu pedido de desculpas Fernando Martins

terça-feira, 4 de janeiro de 2005

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Listas de deputados com a mesma gente Os partidos políticos andam atarefados, tendo em vista a formação das listas para deputados à Assembleia da República, recentemente dissolvida por razões que o Presidente Jorge Sampaio considerou válidas para tomar essa decisão. Logo depois, os partidos políticos, que são o suporte da democracia, iniciaram a campanha eleitoral, embora oficialmente só o pudessem fazer lá mais para diante. Mas todos compreendemos que não é possível perder tempo e até gostamos que os candidatos a primeiro-ministro, sobretudo Pedro Santana Lopes (PSD) e José Sócrates (PS), venham dizer, depressa, o que propõem ao eleitorado. À medida que as listas vão sendo conhecidas, facilmente se deduz que vai ficar tudo na mesma. As mesmas caras, os mesmos argumentos e os mesmos ataques sistemáticos aos adversários, tidos como inimigos a abater, alimentam o dia-a-dia político. É a conversa habitual sobre o que de mal todos fizeram nos últimos Governos. Inovações, novas ideias e novos desafios não se vislumbram. As listas são constituídas, na sua maioria, por políticos profissionais ou dos aparelhos partidários, com provas dadas de incapacidade para enfrentarem os desafios do futuro, sabendo todos nós que o País está de rastos, sob o ponto de vista económico e social. O desemprego vai subindo, a instabilidade profissional é enorme, a pobreza vai crescendo em número, enfim, como alguém dizia, se não olharmos o futuro com determinação e poder criativo, poderemos cair na bancarrota. E isso ninguém o quer. É chegada a altura de nos questionarmos sobre o que devemos exigir aos políticos, durante a campanha eleitoral, para então decidirmos em função das respostas e promessas que nos oferecem. Em breve aqui deixaremos algumas pistas. F.M.