terça-feira, 4 de janeiro de 2005

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Listas de deputados com a mesma gente Os partidos políticos andam atarefados, tendo em vista a formação das listas para deputados à Assembleia da República, recentemente dissolvida por razões que o Presidente Jorge Sampaio considerou válidas para tomar essa decisão. Logo depois, os partidos políticos, que são o suporte da democracia, iniciaram a campanha eleitoral, embora oficialmente só o pudessem fazer lá mais para diante. Mas todos compreendemos que não é possível perder tempo e até gostamos que os candidatos a primeiro-ministro, sobretudo Pedro Santana Lopes (PSD) e José Sócrates (PS), venham dizer, depressa, o que propõem ao eleitorado. À medida que as listas vão sendo conhecidas, facilmente se deduz que vai ficar tudo na mesma. As mesmas caras, os mesmos argumentos e os mesmos ataques sistemáticos aos adversários, tidos como inimigos a abater, alimentam o dia-a-dia político. É a conversa habitual sobre o que de mal todos fizeram nos últimos Governos. Inovações, novas ideias e novos desafios não se vislumbram. As listas são constituídas, na sua maioria, por políticos profissionais ou dos aparelhos partidários, com provas dadas de incapacidade para enfrentarem os desafios do futuro, sabendo todos nós que o País está de rastos, sob o ponto de vista económico e social. O desemprego vai subindo, a instabilidade profissional é enorme, a pobreza vai crescendo em número, enfim, como alguém dizia, se não olharmos o futuro com determinação e poder criativo, poderemos cair na bancarrota. E isso ninguém o quer. É chegada a altura de nos questionarmos sobre o que devemos exigir aos políticos, durante a campanha eleitoral, para então decidirmos em função das respostas e promessas que nos oferecem. Em breve aqui deixaremos algumas pistas. F.M.

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