quinta-feira, 24 de março de 2022

Uma cultura sinodal leva tempo

Miguel Panão
"A crise ambiental, ou até a que estamos a viver com a guerra na Ucrânia, têm a sua raiz numa crise antropológica mais profunda: uma cultura em que as pessoas deixaram de saber falar umas com as outras. Com tanta coisa que temos para fazer, pouco tempo sobra para um exame regular de consciência sobre o nosso modo de viver em Deus e sermos comunidade em Igreja. Se as coisas estão bem assim, por que razão haveremos de mudar? Mas com todos os escândalos a acontecer, o crescente desânimo espiritual, o acentuar das visões radicais de vivência da fé, a necessidade de mudar tornou-se uma exigência da consciência. Mas se cedermos à pressa com que queremos mudar, arriscamo-nos a manter o ritmo que levou à crise antropológica em que nos encontramos."

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