Largo de São Braz
No largo de São Braz
a vendedora de castanhas
sorria os dentes podres
e patos marrecos
dançavam a dança dos mancos
No largo de São Braz
as crianças adormeciam
nos ramos das árvores
e os cães vigiavam as pombas
O largo de São Braz
era muito pequenino
e não era largo
As pessoas eram muito felizes
porque se sentavam no chão
e cruzavam os braços
Quem me dera voltar
ao largo de São Braz
Orlando Jorge Figueiredo
No largo de São Braz
a vendedora de castanhas
sorria os dentes podres
e patos marrecos
dançavam a dança dos mancos
No largo de São Braz
as crianças adormeciam
nos ramos das árvores
e os cães vigiavam as pombas
O largo de São Braz
era muito pequenino
e não era largo
As pessoas eram muito felizes
porque se sentavam no chão
e cruzavam os braços
Quem me dera voltar
ao largo de São Braz
Orlando Jorge Figueiredo