domingo, 21 de setembro de 2025

Nossa Senhora dos Navegantes - P.e Miguel Lencastre

A ideia da procissão pela Ria de Aveiro
veio do P.e Miguel Lencastre


O Padre Miguel Lencastre foi pároco da Gafanha da Nazaré entre 3 abril de 1973 e outubro de 1982, tendo exercido o seu múnus sacerdotal entre nós, cultivando o sentido da proximidade em elevado grau de entrega. Deixou saudades com muitos amigos na nossa terra e em todos os sítios por onde passou, nas suas andanças ao serviço da fé e dos homens e mulheres de boa vontade.

Padre Miguel


Natural de Paços de Ferreira, onde nasceu em 12 de junho de 1929, foi o último dos dez filhos de D. José Maria de Queiroz e Lencastre e de D. Maria Aidé da Silva Cardoso e Lencastre. Entrou na Universidade de Lisboa em 1949 para estudar engenharia, mas no ano seguinte transferiu-se para Coimbra, instalando-se da República “Os Kágados”, onde fez inúmeros amigos. Depois volta a Lisboa, faz a tropa e vive intensamente a vida.
Porém, o seu futuro já estava traçado nos livros de Deus. Em 1959 matricula-se em economia na Universidade de Lausanne, Suíça, e nesse mesmo ano descobre a sua vocação religiosa. A partir daí, assume a espiritualidade mariana e em 15 de outubro de 1966 é ordenado presbítero, ingressando logo no Instituto dos Padres de Schoenstatt.
Ligado ao Padre Domingos por afinidades schoenstattianas, vem para a Gafanha da Nazaré como coadjutor. Em abril de 1973 passa a Prior da nossa terra.
Para além dos trabalhos pastorais que desenvolveu entre nós, os quais, direta ou indiretamente, não deixarão de ser referidos, embora sucintamente, no meu trabalho [Gafanha da Nazaré — 100 anos de vida], importa salientar que o Padre Miguel convidou, para trabalhar com ele na nossa paróquia, outros padres de Schoenstatt, todos eles impregnados duma vivência mariana muito forte.
Foi um Prior próximo e dialogante, sempre ansioso por levar à prática iniciativas de desenvolvimento comunitário e humano, abertas a todas as idades. Teve uma relação cativante com a juventude e com os idosos, que visitava frequentemente.
Outra faceta em que se distinguiu foi na convivência com pessoas pouco ou nada ligadas à Igreja e delas, muitas vezes, conseguiu colaborações que à comunidade diziam respeito.
Paralelamente, implementou, de forma intensa, a implantação de Schoenstatt entre nós.

Fernando Martins

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