Foto de há uns 65 anos |
A vida é como o tempo, sempre em mutação. E corre tanto que nem tempo nos deixa para olhar o passado, que é reviver.
Às vezes fico a recordar o que vivi, alegrias e tristezas, trabalhos e canseiras. Mas ainda trago para o presente amigos com quem partilhei emoções de passeios, de livros que lemos, de espetáculos que nos faziam pensar e rir, ao lado de emoções que permanecem até hoje.
Vem isto a propósito das fotografias a preto e branco, de pessoas e paisagens que nos entusiasmaram, metidas em caixas, de onde mais tarde hão de cair nos caixotes do lixo.
Que valem os velhos retratos amontoados em gavetas e caixas ao lado das fotografias a cores de todos os tons que possuímos nos telemóveis que as captam e editam, para não falar das extraordinárias formas de registo que as novas tecnologias, permanentemente em evolução, nos proporcionam a velocidades incríveis?
Fernando Martins