Reuniu, na semana passada, a Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), da qual destacamos a eleição do Presidente e outros membros dos diversos órgãos, a questão dos abusos e do modo como serão continuadas as ações do Grupo de Acompanhamento e a formação de Clérigos e Leigos para lidar com menores e pessoas fragilizadas, a revisão da formação nos Seminários, a situação de carências e de crise económico social grave que o país atravessa e as jornadas mundiais da juventude (JMJ).
A esperada continuidade do Bispo José Ornelas como Presidente e da recomposição dos Órgãos da CEP foram conhecidas, bem como o resumo das reflexões e decisões sobre as temáticas analisadas e constam do comunicado divulgado (206.ª Assembleia), mas não nos permite conhecer e refletir, em profundidade, sobre o que de comum foi estudado, discutido e concluído relativamente aos temas mais controversos – a questão do acompanhamento e formação de clérigos e leigos e também das propostas para a formação nos Seminários.
A maioria da Igreja, que somos nós, os leigos, fica muito à margem do que analisam, discutem e concluem os Bispos e se reflete na vida das Dioceses. Pensamos que é preciso dar passos, muitos passos em frente, para que se partilhe e se ponha em comum com sacerdotes e leigos o que os Bispos discutem e decidem entre si, abandonando progressivamente o excessivo secretismo que os envolve. É preciso partilhar e comunicar, de modo novo, criativo e eclesial!
Flausino Silva
No "Correio do Vouga" desta semana