Cheguei à idade que me permite, não com a frequência que desejaria, fugir da rotina. O fazer sempre as mesmas coisas, tantas vezes sem mudar um ponto ou uma vírgula ao que se pensa e diz. Desde o levantar ao deitar. Acho que tenho de aprender a ser criativo, renovando tantas vezes quantas as desejadas o que faço ou deixo de fazer.
O problema é que, quando me levanto de sonos normalmente tranquilos, caio na rotina e continuo sem coragem ou habilidade para fugir dela. Já tentei, mas caio sempre no mais do mesmo.
Hoje, por não poder sair de casa por incómodos de saúde, pensei que seria agradável ouvir música com utilização das novas [para mim] tecnologias, mas já é uma hora da tarde e ainda não ouvi nada.
Escrevinhei umas coisas para o nosso Timoneiro, onde colaboro sem grandes responsabilidades, mas não passei disso. Estou no meu sótão onde impera o silêncio. Temperatura amena, alguns livros a desafiarem-me com a música da passarada a cirandar pelo telhado metálico que me protege. E nada mais. Quando meditei nisso, chegou a hora do almoço. Boa tarde, para um domingo solarengo.