Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré |
Saí hoje para uma consulta médica na USF Beira Ria num espaço arejado e arrumado no centro da freguesia da Gafanha da Nazaré. Cheguei à porta de entrada passando por algumas pessoas que, descontraídas, por ali andavam. Solícita, uma empregada aproxima-se e pergunta-me ao que ia. Tinha consulta marcada para daí a meia hora. Indicou-me o caminho onde deveria confirmar a inscrição. Confirmação feita, a empregada convidou-me a esperar, na sala ao lado, sentado numa cadeira. Seria chamado na minha hora, tal como aconteceu.
Enquanto esperava pude confirmar a boa organização do serviço e o modo delicado como orientavam os pacientes. Não se aproxime de ninguém, não tire a máscara, desinfete as mãos. Num placar li diversas recomendações. Uma delas dizia que nos podíamos levantar, sem nos afastarmos da cadeira. Uma outra funcionária tinha por missão limpar tudo. Mal uma pessoa era chamada para a consulta, apressava-se a desinfetar a cadeira. Não podendo nem devendo entrar em pormenores sobre a consulta, como se compreende, direi que decorreu com a simpatia e a compreensão de sempre.
Venho com esta nota apenas para sublinhar a importância do SNS e a forma como somos atendidos. No meu caso, não houve demoras, confirmei a organização afinada, o atendimento delicado e o profissionalismo responsável, sobretudo neste tempo de pandemia.
Cá fora, no Jardim 31 de Agosto, enquanto aguardava o transporte, respirei o ar fresco e agradável da manhã. Ao centro, a estátua do Prior Sardo, um dos que mais contribuíram para a criação da freguesia e paróquia de Nossa Senhora da Nazaré, em 1910. À direita, a Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré, antigo Centro Cultural. Ao fundo, lá está a torre da Igreja Matriz. À esquerda, o cemitério. E regressei a casa satisfeito pela consulta e pelas memórias que durante um tempinho revivi.
F. M.