Tínhamos programado para o domingo que passou ficar por aqui no cumprimento das leis do confinamento, assumindo essa realidade como aconselhável ou até obrigatória. Alguém telefona, entretanto, a sugerir um almoço em comum, sem esquecer as regras impostas pelo bom-senso do distanciamento. Anuímos e assim aconteceu. Antes, porém, demos voltas à cabeça a pensar na melhor forma. O problema estava no modo de almoçar sem temores. E a solução, afinal, até foi fácil: fora de casa, sim senhor, até porque temos um relvado adequado à situação. Transmitida a ideia e tudo correu bem, graças a Deus. Consideramos que o difícil até se pode tornar fácil. Foi o que aconteceu.
Vem isto a propósito da necessidade que temos de reunir a família, de estar em família a conviver, a partilhar alegrias e alguns problemas, a degustar uns petiscos, a trocar impressões sobre o dia a dia de cada um e sobre projetos realizados ou idealizados, a contar histórias de outros tempos, a reviver momentos agradáveis, a olhar e sorrir sobre tudo e quase nada... a falar... falar... falar.
O coronavírus lá vinha à baila com a forma de o evitar, se é que tal é mesmo possível, sobre a maneira de se fugir de ambientes duvidosos... e assim se passou o tempo. Sentados por aqui e por ali, usufruímos da sombra do pinheiro e da nogueira, não faltando um ventinho que lavava o ar que íamos respirando. E tenho para mim que o Covid-19 não encontrou ambiente propício para nos estragar a vida. As famílias não podem descurar os convívios e os encontros, sob pena de se perder a riqueza da unidade e da proximidade, fundamental no amor.
Bom fim de semana.
F. M.