Procuro o lento cimo da transformação
Um som intenso. O vento na árvore
fechada
A árvore parada que não vem ao meu
encontro.
Chamo-a com assobios, convoco os
pássaros
E amo a lenta floração dos bandos.
Procuro o cimo de um voo, um planalto
Muito extenso. E amo tanto
A árvore que abre a flor em silêncio.
Daniel Faria,
no livro POESIA