Não é nada fácil o momento que estamos a viver. Não tanto pelo isolamento que nos foi imposto, mas pelas incertezas que pairam sobre nós. Sabemos como tudo começou, mas nada sabemos sobre o fim do pesadelo.
Já disse por aqui que até gosto de silêncios, de refúgios e de alguma solidão, desde que me não sejam impostos. A liberdade de ser e estar, de poder escolher e decidir, de ficar isolado e de sair faz parte da minha real independência. Nunca gostei de ser agrilhoado, dependente, menorizado. Contudo, nesta altura da pandemia sinto-me triste por não vislumbrar no horizonte saída para este estado de alma.
Leio e ouço pregar que depois deste pico nas curvas incertas dos atingidos pelo COVID-19, provavelmente ou garantidamente, como já ouvimos, outras se seguirão sem datas marcadas. E o medo que nos assalta a toda a hora, com notícias de terror, qual filme macabro para apreciadores, não deixam dúvidas de que a pandemia está para durar.
Para já, prometo que tenciono reduzir ao mínimo a informação sobre a guerra provocada por um vírus mais poderoso que todas as bombas atómicas e outras que a humanidade já sofreu.
Fernando Martins