Os Reis Magos já vêm a caminho para adorar o Menino

Menino com Maria e José

Rei Herodes no seu trono

Pastores vão adorar o Menino 

Nas Eucaristias, foi anunciado que os Reis Magos vêm a caminho para adorar o Menino e até já está marcado o dia, 12 de janeiro, para o esperado encontro com o Filho de Deus, na Gafanha da Nazaré. Os poderosos, depois de os humildes pastores O terem adorado, também desejam conhecer o Salvador prometido, que está ao colo de sua Mãe, ambos bem protegidos por José, um homem bom e justo, sempre atento aos desígnios de Deus. 

Os Reis com seus séquitos não conhecem os caminhos, mas não faltarão gafanhões com uma estrela à frente para iluminar os caminhantes até Belém. 

Durante o cortejo, outros se incorporarão, cantando e revivendo alguns autos natalícios, como reza a tradição. É preciso, no entanto, sensibilizar os menos avisados de que estamos em dia de festa na paróquia e que a Sagrada Família já sabe que haverá muita gente com ânsias de beijar o Menino, que a todos acolhe com santa ternura. 

A fila vai engrossando durante o trajeto, e todos, ricos e pobres, com ofertas, produtos das suas colheitas e frutos dos seus labores, desejam presentear o Menino-Deus que se fez homem para nossa salvação.

A jornada termina com muita gente a beijar o Menino Jesus, na Igreja Matriz, ao som de cânticos melodiosos que vêm dos nossos antepassados. Dos vários autos natalícios, sobressai o encontro dos Reis Magos com o rei Herodes, no seu palácio, onde se percebe perfeitamente a maldosa intenção de matar o Menino, um perigo para o seu trono, na opinião do tirano. Os Reis Magos, porém, souberam dar-lhe a volta. Ainda bem. 

O Cortejo dos Reis, para além da tradição que o tem mantido, será um bom motivo para exibirmos as tradições que nos foram legadas pelos nossos avoengos, no vestir e calçar, no pentear e adornar. Espera-se que, dentro do possível, tudo isso sobressaia neste Cortejo dos Reis, em jeito de homenagem aos que fizeram a freguesia e paróquia de Nossa Senhora da Nazaré: Lavradores, pescadores, mulheres das secas, lavadeiras, leiteiras, costureiras, artistas, marinheiros e de tantas outras profissões. E nessa linha, seria muito bom que o Grupo Etnográfico da nossa terra colaborasse, como o tem feito, não só exibindo alguns trajes, mas levando outros a fazerem o mesmo, com o rigor possível. 

O Cortejo dos Reis é uma excelente forma de instituições, escolas, empresas, clubes e associações contribuírem para a unidade dos gafanhões, naturais ou aqui residentes. 

O leilão dos presentes será no mesmo dia, à tarde, encaminhando-se o resultado para as múltiplas despesas da comunidade paroquial. 

Fernando Martins

Nota: Fotos dos meus arquivos