quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Fui ao quintal para apalpar o tempo


Fui ao quintal para apalpar o tempo. Aragem fresca e húmida bateu-me no rosto descoberto. Tudo o mais estava resguardado. Pisei a relva molhada e vi as galinhas que passam o dia todo a comer e a bebericar. Sem vento, sol tímido ou envergonhado, pouca vontade de sair. Dou uma volta a pensar num dia primaveril de manhã e outonal à noitinha. Pensamento frustrado. E regresso para umas páginas de leitura de um livro da Cris Lopes (Millennials – cidadãos do mundo) sobre as suas venturas e desventuras. Suas e de mais quatro amigos. Forte em aventuras, que só a capacidade de sonhar e o gosto de conhecer mundo, com gentes e hábitos diversos, dão certo substrato à vida. Uma pausa para rever papelada e pensar num amanhã diferente. Sempre para melhor… é o ideal. E abro o computador no sótão para ver como param as modas nos jornais online. Dramas nas primeiras filas. A alegria e o bem também lá moram, em gavetas,  mas só as abro de vez em quando. Vou  ficar mais atento por acreditar que o mundo vale mesmo a pena ser vivido e sonhado. Ou não? 

F. M.

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