Participei hoje, em Óis da Ribeira, no funeral do Diácono Permanente Fernando Reis, cuja dedicação à Igreja e trabalho pastoral conheço há muitos anos. Foi ordenado no dia 22 de maio de 1988, na Sé de Aveiro, pelo então Bispo da nossa diocese, D. Manuel de Almeida Trindade, estando presente D. António Marcelino que lhe haveria de suceder no pastoreio da Igreja Aveirense. Era o dia de Pentecostes, dia carregado de simbolismo cristão, de onde dimanou a graça que abençoou o primeiro grupo de diáconos permanentes da nossa diocese.
O diácono Fernando Reis irradiava uma simpatia natural e contagiante pela sua simplicidade e dedicação, com um dom especial para a música de cariz espiritual. Exerceu o seu ministério em especial no Arciprestado de Águeda, nomeadamente em paróquias serranas, Macieira de Alcoba e Préstimo, onde implementou a requalificação de alguns templos, sem descurar a atenção pelos doentes e a criação de estruturas pastorais. Depois, exerceu o seu ministério em Requeixo e na sua própria paróquia, Óis da Ribeira. Durante anos foi o responsável diocesano pelo Clube Stella Maris da Obra do Apostolado do Mar, na Gafanha da Nazaré.
Nas cerimónias fúnebres, presididas pelo Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, pudemos registar a presença de familiares e muitos amigos, bem como de cristãos das paróquias que serviu com empenho e entusiasmo, na fidelidade ao respeito e atenção que o Fernando Reis lhes dispensou. E D. António lembrou que, afinal, estávamos a celebrar «não o Deus da morte mas o Deus da vida, que é Jesus Cristo, o Ressuscitado, que partilhamos nesta celebração».
D. António frisou que Jesus está sempre presente a nosso lado para nos devolver a esperança, que se traduz na nossa resposta ao Seu convite : “Vem e segue-me!” E o Fernando acolheu esse apelo, dando muito da sua vida para a instauração do Reino de Deus por onde passou.
Apresentamos as nossas condolências à Igreja Aveirense, ao corpo diaconal e à sua esposa Margarida e demais família.
F. M.