Estávamos mesmo a precisar de fugir de alguma monotonia da vida. Deixámos para trás os ares marinhos para podermos respirar as tranquilidades serranas. Os ares do oceano e da laguna, que nos acompanham desde o desabrochar para a existência terrena, voltarão quando descermos das serranias, em São Pedro do Sul, rumo ao mar, com o rio Vouga a tiracolo.
Quando nos afastámos da ria, uma boa hora depois uns chuviscos refrescaram o ar, mas o sol, fulcro de vida e doce companheiro, que acompanhamos desce o seu nascer até se esconder no oceano, à tardinha, voltará à ribalta onde quer que estejamos. E as férias verdadeiramente começaram.
Não há projetos de almoço nem de jantar, não há horários a cumprir, não há gatos a correr nem cães a ladrar à roda da nossa residência de todos os dias, desde há 54 anos, não há jardim nem árvores para regar (outros o farão), não há galinhas a cacarejar, não há campainha nem telefone a tocar... Eu e Lita estamos por aqui. E disso darei nota ao sabor do vento que passa, mansinho até ver.
F. M.
Nota: Reeditado em 18-09-2019, pelas 18h14
Nota: Reeditado em 18-09-2019, pelas 18h14