Hoje, na Eucaristia das 10h30, celebrada na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, evoquei a voz bem timbrada da Dona Arminda Ribau, de seu nome completo Arminda Dias da Silva Ribau, que foi viúva do Dr. Maximiniano Ribau. A sua voz sobressaía das demais pela clareza do tom e pela afinação, em consonância com o grupo coral de que fez parte durante a sua vida ativa.
A Dona Arminda faleceu ontem no Hospital dos Cuidados Continuados da Misericórdia de Ílhavo, gerando o seu desaparecimento uma onda de consternação entre os que a conheciam e dela beneficiaram da sua prestimosa ação no consultório de seu marido e depois dela, quando o Dr. Ribau deixou de exercer clínica.
Era eu jovem acamado com doença pulmonar que, à partida, seria de cura difícil, quando a conheci, alegre e comunicativa. Era a Dona Arminda que diariamente me dava as injeções por determinação do Dr. Ribau, de manhã e ao fim do dia. Ainda não era enfermeira, mas estava suficientemente habilitada para o fazer. Depois formou-se em Coimbra.
Desde sempre tive pela Dona Arminda uma admiração muito grande, marcada pela tenacidade com que enfrentou a vida e pela bondade e jovialidade que a caracterizavam no contacto com toda a gente, sobretudo junto dos doentes e dos mais fragilizados.
Na cerimónia fúnebre, o nosso prior, Pe. César, evocou o encontro que teve com a Dona Arminda, na hora em que lhe ministrou o sacramento da Unção dos Doentes. «Mostrou uma serenidade que revela grandeza de alma, sem qualquer medo», disse. E acrescentou: «Foi uma pessoa que esperou sem aflição, sem angústias, com alguma confiança, a sua hora de se encontrar com Deus, Pai de Misericórdia; não há medo onde há amor», frisou o nosso prior.
As minhas condolências a toda a família, na certeza de que a Dona Arminda já está no coração maternal de Deus.
Fernando Martins
Era eu jovem acamado com doença pulmonar que, à partida, seria de cura difícil, quando a conheci, alegre e comunicativa. Era a Dona Arminda que diariamente me dava as injeções por determinação do Dr. Ribau, de manhã e ao fim do dia. Ainda não era enfermeira, mas estava suficientemente habilitada para o fazer. Depois formou-se em Coimbra.
Desde sempre tive pela Dona Arminda uma admiração muito grande, marcada pela tenacidade com que enfrentou a vida e pela bondade e jovialidade que a caracterizavam no contacto com toda a gente, sobretudo junto dos doentes e dos mais fragilizados.
Na cerimónia fúnebre, o nosso prior, Pe. César, evocou o encontro que teve com a Dona Arminda, na hora em que lhe ministrou o sacramento da Unção dos Doentes. «Mostrou uma serenidade que revela grandeza de alma, sem qualquer medo», disse. E acrescentou: «Foi uma pessoa que esperou sem aflição, sem angústias, com alguma confiança, a sua hora de se encontrar com Deus, Pai de Misericórdia; não há medo onde há amor», frisou o nosso prior.
As minhas condolências a toda a família, na certeza de que a Dona Arminda já está no coração maternal de Deus.
Fernando Martins