Resolvemos fazer hoje uma visita a Aveiro. A ideia resumia-se a caminhar um pouco, tomar café, apreciar o ambiente e regressar a casa a tempo da sesta. Dia bonito com sol a brilhar, sem vento nem chuva. Uma tarde primaveril, a meu ver. Muita gente. Tanta, que nem possibilidades tivemos de arranjar lugar, com calma, para tomar café. As imagens que publico dão para ver que foi agradável deambular pela urbe.
As castanhas, quentes e boas, nem as provei. Por mais que fizesse sinais à Lita para que entrasse no negócio, ela nada percebeu e ficámos a imaginar o sabor das castanhas a sair do assador. Fica para a próxima, que o tempo delas ainda não acabou.
Os moliceiros ou aparentados andavam numa fona, como se dizia antigamente. Reparei que alguns já se apresentam mais asseados por dentro e por fora com os tradicionais painéis da proa e da ré a mostrarem a brejeirice da praxe. Quando puder voltarei ao tema dos painéis, para memória futura.
Não há festa sem foguetes, dizia-me há anos um amigo marcado pelas tradições minhotas. E é verdade. Contudo, os foguetes também fazem parte da alegria das nossas gentes. Atualmente, tanto quanto sei, alguns foguetes já não precisam das canas. Há outras formas de eles subirem e estralejarem. Perigosos no verão? É verdade. Mas no inverno até aquecem!
Pessoal não faltava e o Forum estava a abarrotar. Sem cadeiras e mesas para tomar café, sair para as ruas da cidade foi a melhor solução. Ainda passámos pela Bertrand, porque tinha uns trocos para receber, mas achei por bem não comprar qualquer livro. Ainda tenho muito que ler do meu aniversário e do Natal. Fica para a próxima.
Quando passamos pela Rua Direita, há um ponto de paragem relacionado com a amizade e com a arte da Maria João Cravo. A loja tem por título "Pássaro de Seda", nome que faz todo o sentido porque os artigos que tem à venda, de sua lavra e doutros, são um convite aos sonhos de voar e de viajar à cata de trabalhos de outras eras, recriados com saber e bom gosto.
A Av. Dr. Lourenço Peixinho, outrora a sala de visitas de Aveiro, estava a abarrotar. Carros para um lado e para o outro, com gente a encher os passeios, fizeram recordar outros tempos. Com a família, tantos domingos por ali passeámos sem canseiras. Agora, cada um vai para o seu lado, que todos têm as suas vidas. Mas eu e a Lita compreendemos isso. E sabe-nos bem evocar esses momentos em que cada um escolhia as últimas modas...