A abrir o Ano Novo
"Que Maria, a Virgem Mãe de Jesus, o Príncipe da Paz, seja a estrela que nos guia ao longo do Ano novo que começa cheio de sonhos promissores e nos encoraje a prosseguir sempre nos caminhos da paz assente na justiça. Boa caminhada em 2019!"
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"Que Maria, a Virgem Mãe de Jesus, o Príncipe da Paz, seja a estrela que nos guia ao longo do Ano novo que começa cheio de sonhos promissores e nos encoraje a prosseguir sempre nos caminhos da paz assente na justiça. Boa caminhada em 2019!"
Maria, por meio da mão amiga da Igreja, surge, no início do Ano civil, com o seu rosto materno a dar-nos as boas-vindas e a acolher o tempo novo. Surge como a mãe de Jesus, o Filho de Deus, que no calvário será confiada a João, representante de toda a humanidade. Por isso Ela é, também, nossa mãe. E, como o Papa Francisco perante a imagem da Senhora do Rosário e da Paz, podemos afirmar convictamente: “Temos Mãe!”. Não somos órfãos. Nem Ela é uma santinha qualquer. O seu olhar acolhedor, a sua disponibilidade e proximidade, a sua bondade e prontidão, constituem caminho aberto para a nossa confiança filial e assimilação do seu estilo de vida. A segredar-nos sempre: “Fazei o que ele vos disser”.
Lucas apresenta-a, hoje, no relato da visita dos pastores à gruta de Belém onde José os acolhe (Lc 2, 16-21). Vêm para confirmar o anúncio dos Anjos e proclamar a sua mensagem de paz na terra, reflexo da glória divina. Vêm para adorar o Menino e felicitar Maria, Sua Mãe. Vêm para saudar José e admirar o seu serviço discreto e eficaz. “E todos os que ouviam os pastores ficavam maravilhados”.
O texto adianta que Maria não apenas ficava admirada, mas “conservava todos estes factos e meditava sobre eles no seu coração”. Dir-se-ia que vivia o presente como o pólo de convergência de tantas outras maravilhas, momento singular das bênçãos de Deus, pré-anúncio de um futuro cheio de surpresas a exigir-lhe atenção redobrada a tudo o que vier a acontecer. E será tanto e, por vezes, tão desconcertante!
O nome de Jesus é da responsabilidade de Gabriel, o anjo da anunciação que faz a comunicação da parte de Deus e revela a missão do Recém-nascido: Ser o Salvador. Nome que revela a experiência originária de Jesus é a de ser precedido, como a de todo o ser humano. “Precedido por pais, precedido pela história de um povo, precedido por Deus”. E Manicardi, o autor desta reflexão, reconhece que será essencial ao recém-chegado para alcançar o acolhimento da sua própria história de precedência “o acolhimento amoroso que os pais farão ao filho, assim como o acolhimento que lhes preparará o povo com as suas instituições religiosas e os seus ritos, os seus gestos e as suas palavras”. E conclui afirmando que a precedência, “seja qual for, remonta em última instância a Deus Pai”.
Jesus insere-se na história da salvação que decorre, entre luzes e sombras, sob as bênçãos de Deus e a responsável colaboração humana. Estas bênçãos têm um lugar especial na liturgia como nos é recordado, hoje: “O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”. E a oração conclui: “E Ele os abençoará”. Garantia que nunca será retirada. Não somos aventureiros na vida, nem anónimos perdidos no tempo. Temos um rumo definido e um horizonte rasgado e com sentido preciso: Ser portadores da paz de Deus, construtores de relações humanas que expressem e robusteçam a nossa dignidade original. São Paulo, na carta aos cristãos da Galácia, desvenda esta originalidade: a de sermos filhos de Deus por adopção e, por isso, irmãos uns dos outros, sem qualquer discriminação. Os acordos nas sociedades e respectivos documentos estão chamados a consignar esta dignidade e a configurá-la nos diversos contextos históricos e culturais, mas não a distorcê-la ou negá-la.
Hoje, a Igreja celebra o Dia Mundial da Paz. Faz-se porta- voz do valor da pessoa humana e da responsabilidade de todos, sobretudo dos responsáveis das Nações. Prossegue a feliz iniciativa de Paulo VI, agora santo de altar, proposta em 1967. O ambiente internacional era de guerra fria. Agora, é de guerra aberta em muitas partes. Guerra aberta… e milhares de mortos, estropiados, fugitivos, escravizados. Guerra com muitos rostos, que escondem tantos outros interesses.
O Papa Francisco dá à sua mensagem para este Dia o título auspicioso: “A boa política ao serviço da Paz”. É a primeira vez que fala explicitamente da política e lhe atribui uma nobre missão: servir a paz. Vamos acompanhar e, se possível, fazer nossa a sua reflexão.
"A Paz esteja nesta casa!" Casa que é o coração de cada um/a, a família, as organizações da sociedade, as nações do mundo, toda a terra, nossa casa comum. Paz que é dom que nos responsabiliza.
Uma boa política constitui um desafio de resposta urgente. Política ao serviço do bem comum universal, concretizado nos bens indispensáveis à vida de cada pessoa a todos os níveis, desde o nascimento à boa morte, da liberdade em segurança à responsabilidade solidária e construtiva. Com destaque especial para os que recebem o mandato do povo em eleições livres para servir o país e promover as condições de um futuro digno e justo. Política ao serviço dos direitos humanos e da paz. Política que favorece a participação dos jovens e a confiança nos outros
Não à guerra nem à estratégia do medo. Este brado torna-se dramático, infelizmente, face à ameaça que pesa sobre a humanidade. A ânsia de poder e a indústria militar reafirmam-se, hoje, com novo vigor. Gastam-se milhões e milhões, que são indispensáveis aos agonizantes de todas as fomes. As armas de morte proliferam e refinam a sua capacidade.
Um grande projecto de paz que se baseia na responsabilidade mútua e na interdependência dos seres humanos. Projecto que é desafio a ser abraçado em cada dia. Projecto que exige conversão do coração e se configura em três dimensões indissociáveis: A paz consigo mesmo; a paz com os outros; a paz com a criação. O Papa oferece este brinde admirável a todos os homens/mulheres de boa vontade, sobretudo aos cristãos.
Vamos acolher este brinde e alinhar nesta causa. A começar por mim, por ti, o espaço mais próximo de todo o universo.
Que Maria, a Virgem Mãe de Jesus, o Príncipe da Paz, seja a estrela que nos guia ao longo do Ano novo que começa cheio de sonhos promissores e nos encoraje a prosseguir sempre nos caminhos da paz assente na justiça. Boa caminhada em 2019!
Lucas apresenta-a, hoje, no relato da visita dos pastores à gruta de Belém onde José os acolhe (Lc 2, 16-21). Vêm para confirmar o anúncio dos Anjos e proclamar a sua mensagem de paz na terra, reflexo da glória divina. Vêm para adorar o Menino e felicitar Maria, Sua Mãe. Vêm para saudar José e admirar o seu serviço discreto e eficaz. “E todos os que ouviam os pastores ficavam maravilhados”.
O texto adianta que Maria não apenas ficava admirada, mas “conservava todos estes factos e meditava sobre eles no seu coração”. Dir-se-ia que vivia o presente como o pólo de convergência de tantas outras maravilhas, momento singular das bênçãos de Deus, pré-anúncio de um futuro cheio de surpresas a exigir-lhe atenção redobrada a tudo o que vier a acontecer. E será tanto e, por vezes, tão desconcertante!
O nome de Jesus é da responsabilidade de Gabriel, o anjo da anunciação que faz a comunicação da parte de Deus e revela a missão do Recém-nascido: Ser o Salvador. Nome que revela a experiência originária de Jesus é a de ser precedido, como a de todo o ser humano. “Precedido por pais, precedido pela história de um povo, precedido por Deus”. E Manicardi, o autor desta reflexão, reconhece que será essencial ao recém-chegado para alcançar o acolhimento da sua própria história de precedência “o acolhimento amoroso que os pais farão ao filho, assim como o acolhimento que lhes preparará o povo com as suas instituições religiosas e os seus ritos, os seus gestos e as suas palavras”. E conclui afirmando que a precedência, “seja qual for, remonta em última instância a Deus Pai”.
Jesus insere-se na história da salvação que decorre, entre luzes e sombras, sob as bênçãos de Deus e a responsável colaboração humana. Estas bênçãos têm um lugar especial na liturgia como nos é recordado, hoje: “O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”. E a oração conclui: “E Ele os abençoará”. Garantia que nunca será retirada. Não somos aventureiros na vida, nem anónimos perdidos no tempo. Temos um rumo definido e um horizonte rasgado e com sentido preciso: Ser portadores da paz de Deus, construtores de relações humanas que expressem e robusteçam a nossa dignidade original. São Paulo, na carta aos cristãos da Galácia, desvenda esta originalidade: a de sermos filhos de Deus por adopção e, por isso, irmãos uns dos outros, sem qualquer discriminação. Os acordos nas sociedades e respectivos documentos estão chamados a consignar esta dignidade e a configurá-la nos diversos contextos históricos e culturais, mas não a distorcê-la ou negá-la.
Hoje, a Igreja celebra o Dia Mundial da Paz. Faz-se porta- voz do valor da pessoa humana e da responsabilidade de todos, sobretudo dos responsáveis das Nações. Prossegue a feliz iniciativa de Paulo VI, agora santo de altar, proposta em 1967. O ambiente internacional era de guerra fria. Agora, é de guerra aberta em muitas partes. Guerra aberta… e milhares de mortos, estropiados, fugitivos, escravizados. Guerra com muitos rostos, que escondem tantos outros interesses.
O Papa Francisco dá à sua mensagem para este Dia o título auspicioso: “A boa política ao serviço da Paz”. É a primeira vez que fala explicitamente da política e lhe atribui uma nobre missão: servir a paz. Vamos acompanhar e, se possível, fazer nossa a sua reflexão.
"A Paz esteja nesta casa!" Casa que é o coração de cada um/a, a família, as organizações da sociedade, as nações do mundo, toda a terra, nossa casa comum. Paz que é dom que nos responsabiliza.
Uma boa política constitui um desafio de resposta urgente. Política ao serviço do bem comum universal, concretizado nos bens indispensáveis à vida de cada pessoa a todos os níveis, desde o nascimento à boa morte, da liberdade em segurança à responsabilidade solidária e construtiva. Com destaque especial para os que recebem o mandato do povo em eleições livres para servir o país e promover as condições de um futuro digno e justo. Política ao serviço dos direitos humanos e da paz. Política que favorece a participação dos jovens e a confiança nos outros
Não à guerra nem à estratégia do medo. Este brado torna-se dramático, infelizmente, face à ameaça que pesa sobre a humanidade. A ânsia de poder e a indústria militar reafirmam-se, hoje, com novo vigor. Gastam-se milhões e milhões, que são indispensáveis aos agonizantes de todas as fomes. As armas de morte proliferam e refinam a sua capacidade.
Um grande projecto de paz que se baseia na responsabilidade mútua e na interdependência dos seres humanos. Projecto que é desafio a ser abraçado em cada dia. Projecto que exige conversão do coração e se configura em três dimensões indissociáveis: A paz consigo mesmo; a paz com os outros; a paz com a criação. O Papa oferece este brinde admirável a todos os homens/mulheres de boa vontade, sobretudo aos cristãos.
Vamos acolher este brinde e alinhar nesta causa. A começar por mim, por ti, o espaço mais próximo de todo o universo.
Que Maria, a Virgem Mãe de Jesus, o Príncipe da Paz, seja a estrela que nos guia ao longo do Ano novo que começa cheio de sonhos promissores e nos encoraje a prosseguir sempre nos caminhos da paz assente na justiça. Boa caminhada em 2019!