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Na segunda-feira, no edifício do Farol de Aveiro, foi celebrado o 125.º aniversário da sua entrada em funcionamento, que aconteceu, precisamente, no dia 15 de outubro de 1893, depois da inauguração, com data de 31 de agosto do mesmo ano. Na cerimónia, em que tive o privilégio de participar, vivi, também, o momento de poder apreciar, lá no alto, a paisagem circundante, apesar das nuvens negras que resolveram impedir o gozo pleno de os nossos olhares poderem chegar mais longe, muito mais longe, não tanto, contudo, como a sua luz rotativa, que, realmente, avisa a navegação à distância de 23 milhas (42,5 Km).
As imagens possíveis, sem as marcas de quem sabe explorar devidamente as capacidades de máquinas fotográficas mais recentes, dão uma pálida ideia da emoção que senti na varanda que circunda o foco luminoso do farol mais alto de Portugal, segundo na península ibérica, figurando na lista dos 26 maiores do mundo, como se lê num desdobrável elaborado para estas comemorações.
A minha incapacidade física de percorrer os seus 271 degraus, degraus esses que algumas vezes me levaram até ao cimo do nosso farol a correr, mereceram a compreensão e a generosidade do Comandante da Capitania, Carlos Isabel, e do subchefe faroleiro, Nogueira da Silva, usufruindo eu da utilização do ascensor, montado em 1858, tendo a sua automatização a data de 1990, refere o desdobrável. Agradeço reconhecido a gentileza.
No alto, os meus pulmões respiraram o ar fresco da noite que se avizinhava a passos largos, antecipada pelas nuvens ameaçadoras. E então, olhos na paisagem e no sistema rotativo, apreciei o asseio de tudo, a perfeição do funcionamento do maquinismo e refleti sobre a importância dos sinais luminosos e sonoros que são preciosos contributos para quem navega, quer tenha por meta o Porto de Aveiro, quer demande outras paragens. Só não ouvi a ronca que na minha infância tanto assustava, sobretudo no sossego da noite.
Fernando Martins
Nota: Das minhas memórias do Farol e da Barra hei de escrever um dia destes.