Aqui estamos a apanhar o ar fresco do nosso mar |
O Dia Internacional do Idoso comemora-se hoje, 1 de outubro. É, portanto, o nosso dia, meu e da Lita. Sem complexos o afirmo e nem preciso que me felicitem por isso. O prazer de viver com a minha mulher, há mais de meio século, dá-me a alegria de esperar todos os dias o nascer do sol e de aguardar a chegada da noite para dormir sem stresse, com a consciência tranquila e sem problemas que me roubem o sono.
Este dia foi instituído em 1991 pela ONU com o «objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e da necessidade de proteger e cuidar a população mais idosa. A mensagem do dia do idoso é passar mais carinho aos idosos, muitas vezes esquecidos pela sociedade e pela família». É isso… E se nós nos sentimos felizes, há que reconhecer que muitos velhos vivem sozinhos, dramaticamente sozinhos, porventura atormentados pelo abandono ou pelo esquecimento.
Há filhos e netos ingratos noutras famílias? É óbvio que há, pela simples razão de que são gente sem sentimentos, sem capacidade de amar, talvez egoístas, decerto pouco inteligentes. Esquecem-se de que um dia, quando velhos, se lá chegarem, possam reconhecer a marginalização a que votaram os seus pais e avós.
Um abraço para todos os velhos, meus leitores e amigos. Mais forte, se estiverem amargurados pela solidão.
Fernando Martins