Bar e praia do Oudinot |
Neste primeiro dia de agosto, o mês por excelência de férias, até parece que o tempo brinda à sua chegada, com promessas de calor escaldante. Os técnicos, talvez um pouco confusos com as alterações climáticas notórias que se têm verificado, ainda não nos disseram se estas temperaturas altas vêm mesmo para ficar. Talvez muitos quisessem que assim fosse, embora os fogos florestais nos levem a desejar umas boas chuvadas de vez em quando. Não vou ao ponto de pedir sol na eira e chuva no naval, mas se tal fosse possível, seria ouro sobre azul.
Quando abordo temas de férias, refletindo o prazer que elas nos dão, nunca deixo de lembrar os que, por razões diversas, não as podem gozar, anos após anos, ficando limitados a quotidianos repetitivos, monótonos, tristes e sem horizontes . Sinto-me incapaz de indicar pistas inovadores, de viagens abertas a outros povos e culturas, ficando por saídas limitadas ao raio de vários ângulos do campanário da freguesia. Sugiro a leitura de livros, a descoberta de recantos por onde passamos a correr e uma visitas a amigos doentes ou a familiares que raramente encontramos.
É certo que a felicidade não assenta só em grandes périplos, em festas caras, em estadas nas zonas turísticas ou historicamente apelativas, mas pode ser encontrada em pequenos prazeres que a nossa capacidade criativa saberá descobrir e programar.
Boas férias para todos.